Demonstrando Misericórdia
“…Bem aventurado os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia…”
Bom dia amigos irmãos e leitores, depois de alguns dias longe das escritas aqui estou eu novamente para propor um tema que julgo de suma importancia para nosso dia a dia, quero compartilhar com voces algo que li há alguns dias atras e me facinou.
Hoje aqui em Mogi das Cruzes, está um dia nublado, como meus leitores devem saber já terminou meu voto e estou novamente tomando café, e quero agradecer aqui aos meus verdadeiros amigos que me enviaram a maior variedade de chás, que Deus os abençoe ricamente.
Bem exercer misericórdia não é algo muito facil, pois sempre estamos esperando que alguem tenha por nós, mais e quando é para que nós tenhamos a misericórdia por alguém? Me parece que ela está atrelada ao perdão, e justificação de culpabilidade não é mesmo?
Pois bem, no clássico de Victor Hugo, “LES MISERABLES” (os Miseráveis) Jean Valjean, recentemente liberto da prisão, é incapaz de encontrar alimento ou abrigo por causa da desconfiança e o ódio das pessoas. Finalmente, ele bate à porta de um bondoso bispo.
“Meu nome é Jean Valjean, sou um prisioneiro em liberdade condicional. Já cumpri dezenove anos na prisão. Fui liberado a quatro dias… estou pronto a pagar, não me importa quanto, pois tenho dinheiro. Encontro-me cansado, pois andei doze léguas (72 quilometros) a pé e estou faminto. O senhor pode me hospedar…”?
O Bispo chama a “MADAME MAGLIORE” e diz: “…por favor prepare outro lugar a mesa…”
Porem, depois da grande bondade daquele bispo, Valjean roubou toda a prataria do bispo durante a noite e escapa pela janela.
Quando a policia francesa faz uma investigação de rotina sobre Valjean, descobre a prata e arrasta-o de volta à catedral, onde o bom Bispo o saúda entusiasticamente: “…Eis ai voce, estou muito feliz em lhe ver. Voce se esqueceu que eu tambem lhe havia dados os castiçais? Eles são de prata como todo o resto e valem ao menos uns duzentos francos…”
O Bispo dispensa os policiais atônitos, coloca os castiçais na sacola de Valjean, e diz calmamente: “…Não se esqueça que voce prometeu que utilizaria este dinheiro para se tornar um homem honesto…”
Depois de vinte e quatro horas, Valjean encontra-se, ajoelhado, convertido não só ao cristianismo como a um estilo de vida honesto.
A misericordia, tal demonstrada pelo bispo de Victor Hugo, tem grande poder sobre a vida das pessoas. Como muitas das outras atitudes e qualidades que Cristo ordenou nas bem-aventuranças tais como: Mansidão; Pobreza espiritual; Pureza de coração.
A misericordia ela é enganosa; ela frequentemente é interpretada como fraqueza, em vez de força, mais é preciso ser muito forte para ser misericordioso. Apesar disto, ela é incapaz de transformar vidas.
John Stott define a misericordia como: “COMPAIXÃO PELAS PESSOAS EM NECESSIDADE”. The Expositor’s Bible Commentary, ele explica que misericordia engloba tanto o perdão para os culpados como a compaixão pelos que sofrem e passam necessidades. Em sua exposiçãosobre o SERMÃO DA MONTANHA, James Montgomery Boice escreve: “…Misericórdia é o amor que se estende para ajudar os desamparados que precisam de salvação. A misericordia identifica-se com os miseráveis em sua miséria…”
Eu gosto de dividir a palavra Misericórdia em duas partes: MISERI que me lembra Miséria ou despojamento, ou ainda, esvaziamento e nada; e CÓRDIA: que me lembra cardia, coração, portanto misericordia para mim é antes de mais nada a miséria do coração, é necessario um coração miseravel, no sentido de não possuir avareza, ganancia, lascivia e tantos males que trazem prejuizos ao ser humano para que o homem verdadeiramente possa amar o seu proximo, é impossivel cumprir as Sagradas Letras que diz: “…amaras o seu proximo como a sí mesmo…” se o seu cortação não estiver miserávelmente vazio para as paixões deste mundo, nossos corações devem sim estar cheios, porem de alegria, amor e principalmente compaixão para com o proximo.
A misericórdia é um atributo tanto real como divino, como Shakespeare nos mostra em “ O MERCADO DE VENEZA”
“…A qualidade da misericórdia não é forçada;
Ela cai do céu como chuva suave
Sobre o local abaixo dela. É duplamente abençoada:
Abençoa ao que dá e ao que recebe.
É a força maior dos mais fortes.
Faz do monarca entronado melhor que sua coroa.
É um atributo do proprio Deus,
E o poder terreno mostra-se parecido ao do Todo-Poderoso, quando amisericordia tempera a justiça. Portanto…
Ainda que a justiça seja o teu pleito, considera isto:
No curso da justiça nenhum de nós
Deveria ver salvação. Rogamos por misericórdia,
E o mesmo rogo ensina-nos a todos que rendamos
A atos de misericórdia…”
Para o cristão, a misericórdia não deve ser uma opção – é uma necessidade e obrigação: contamos com a misericórdia de Deus, como Shakespeare mostrou-nos, para a nossa salvação. Devemos ser misericordiosos como é misericordioso nosso Pai. Se quisermos receber misericordia devemos estar dispostos a dá-la. E, diz-se que Deus não deseja que sigamos regras e leis farisaicas, mais, ao invés, quer misericórdia, justiça e humilde comunhão com Ele.
“…Bem aventurados os misericordiosos…” na verdade.
Minha esperança é que voce seja convencido a ser misericordioso e que exerça este importante ato a começar comigo; pois nossos corações devem estar cheios de misericórdia se quisermos agradar ao Deus misericordioso.
Deus os abençoe ricamente
Pr. Dr. Wagner Teruel
Phd.Db.Dee.Mth.Thb/Lic
www.itsteologia.net
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