segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A RELIGIÃO NO LAR








A RELIGIÃO NO LAR

O pai como sacerdote nos tempos Patriarcais:

Nos dias dos primeiros patriarcas, o pai era o sacerdote de toda a família, e esta honra e responsabilidade de exercer o sacerdócio comumente passava ao filho maior após a morte do pai.
Esta pratica continuou até que a lei de Moises transferiu seu direito a tribo de Levi de cuja tribo saíram os sacerdotes para Israel como nação.
O Altar: A religião nos lares daqueles antigos tempos se centralizava grandemente em torno de um altar sobre o qual os animais sacrificados eram oferecidos a Deus. Assim quando Abraão chegou a terra, levantou sua tenda na região de Bethel, as Escrituras nos diz que edificou ali um altar a Jheová, e invocou o nome de Jheová (Gn.12:8).
Se diz que mais tarde ele mesmo edificou um altar em hebrom (Gn.13:18).
Da mesma maneira diz que Jacó edificou um altar em Siquem (Gn.33:18-20).
Depois em obediencia ao mandado de Deus, foi a Bethel, e como o seu avô, edificou um altar ao Senhor ali.
Antes de fazer isto, disse a sua família: “Levantemo-nos, e subamos a Bethel; e farei ali altar a Deus que me respondeu no dia da minha angustia e foi comigo no caminho em que tenho andado” (Gn.35:3).
O altar na vida familiar naqueles antigos dias ajudava a produzir o sentido de pecado, uma realização da autoridade de Deus, e um conhecimento de que o caminho para achegar-se a Ele era através do sacrifício.
O altar era o precursor da vida familiar de oração em um lar cristão atual, que esta com suas bases no perdão do pecado através do Sangue de Cristo, de quem o sacrifício dos animais era símbolo.
O Terafim: na terra de Babilônia de onde originalmente chegou Abraão, havia adoração familiar a seus deuses, e o lar tinha seu altar com figuras de argila destes deuses, que se chamavam Terafim.
Estes deuses familiares serviam como anjos da guarda do lar.
Com a morte do pai, estes deuses do lar, ou Terafim, eram sempre deixados para o filho maior, na inteligência que os demais membros da família tinham direito a adoração.
Quando Jacó deixou a casa de Labão em Harã, nos diz o livro de Gênesis, “Raquel furtou os ídolos (Terafim) de seu pai” (Gn.31:19).
Labão estava muito perturbado por este furto. Perseguiu a Jacó com tudo o que este levava e lhe disse: Porque me tens furtado meus deuses? (Gn.31:30).
Porque Labão tinha tanto interesse em descobrir o Terafim perdido? Sir Charles Leonard Woolley, quem teve a seu cargo as escavações em Ur dos Caldeus, diz de um ladrilho da região que revela uma lei que clareava o roubo de Raquel.
O Dr. Woolley diz que na lei afirma: A posse destes deuses do lar confere o privilegio dos primogênitos.
Assim que Raquel deve ter furtado o direito de seu irmão quando levou o Terafim de seu pai, e buscava por esse meio que Jacó fosse herdeiro legal da riquesa de Labão.
A forma antiga de idolatria estava ligada vitalmente aos assuntos familiares.
Parece que Raquel furtou aquele Terafim quando a família estava para mudar-se de Siquém para Bethel.
Então Jacó disse a sua família: “Tirai os deuses alheios que estão entre vós, purificai-vos e mudai as vossas vestes” (Gn.35:2).
A presença destas relíquias do passado indicavam um esforço para combinar a superstição e os malefícios pagãos de uma adoração idolátrica, com a adoração do Deus vivo e verdadeiro.
O Terafim apareceu em distintas ocasiões na historia postrema de Israel.

Educação religiosa sob a lei

A lei de Moisés era muito diferente nos requerimentos que os pais deviam preparar a seus filhos no conhecimento de Deus e de suas leis.
Em relação a estes divinos ensinamentos disse: “E farás saber a teus filhos e aos filhos de teus filhos” (Dt.4:9).
No referente ao cumprimento dos mandamentos, um escritor disse: “A educação religiosa da família veio a ser como tem continuado sendo, uma marca especial do judaísmo”.
Veio a ser uma obrigação solene dos pais hebreus ensinar a seus filhos os mandamentos da lei, e também explicar-lhes o significado real das observações religiosas.
Sem dúvida tem sido este ênfase na educação religiosa na família o que tem contribuído grandemente a permanência do judeu na historia.
Também é certo que qualquer fracasso dos judeus para realizar a missão dada por Deus no mundo pode ser traçada em parte quando menos a seu fracasso no treinamento religioso da família.

Peregrinações familiares ao Santuário

Uma parte muito importante na vida da família hebréia era a peregrinação que se fazia para o santuário.
“Três vezes no ano, todo macho entre ti, aparecerá diante do Senhor Jheová, Deus de Israel” (Ex.34:23).
A família inteira poderia ir, porém se requeria que todo membro varão fosse na peregrinação.
As festas do Senhor se celebravam nessas três estações do ano.
Os elementos da ação de graças eram muito enfatizados na maioria deles.
O Senhor fez uma promessa especial aos que iam nessas peregrinações a casa de Deus.
“Ninguém cobiçará tua terra, quando tu subires para aparecer três vezes ao ano, diante do Senhor, teu Deus” (Ex.34:24).
Com todos os homens fora de seus lares, era a promessa de Deus de cuidar destes lugares contra qualquer ataque possível de algum inimigo, enquanto a familia ia para a peregrinação.
A família de Elcana tinha o hábito de fazer tais peregrinações.
“Subia pois, este homem de ano em ano a sacrificar e a adorar ao Senhor dos Exércitos, em Silo” (1Sm.1:3), e foi em tais peregrinações que Ana orou pelo menino, e em seu tempo nascido nasceu Samuel.
O exemplo mais famoso de uma família em peregrinação a Jerusalém, é por suposto a de José, Maria e de Jesus.
Lucas nos refere: “E iam seus pais todos os anos a Jerusalém na festa da pascoa, e quando foi doce anos, subiram eles, a Jerusalém para a festa da páscoa” (Lc.2:41-42).
Dificilmente podemos imaginar o que aquela viagem a cidade santa significava para o menino Jesus. Somente a jornada era comovedora para o menino, porém para ele na casa de seu Pai era o que mais lhe emocionava (Lc.2:49).
Alguns leitores da Bíblia tem sentido perplexos porque Lucas disse que José e Maria caminharam a jornada de um dia antes de descobrir que o menino Jesus não ia na peregrinação com eles.
Porém o costume atual siríaco das peregrinações de uma família religiosa iluminando sobre o acontecido.
Lucas disse: “E lhe buscavam entre os parentes e entre os conhecidos” (Lc.2:44).
Nessas peregrinações os parentes e conhecidos viajavam completamente seguros enquanto permaneciam nela.
Nestas viagens os pais a miúdo caminhavam várias horas sem ver os seus filhos.
É possível, (o autor diz é provável, porém o relato sagrado não indica coisa semelhante). que Jesus estivesse com a caravana quando esta saiu, e depois se separou de seus familiares voltando a cidade e ao templo.

A Bíblia nos lares judeus nos tempos de Jesus

Nos dias quando Jesus crescia como um menino em seu lar em Nazareth, como qualquer parte das Escrituras hebréia que o jovem deve ter conhecido, eles cresciam para ver recitado o ritual chamado “EL SHEMÁ”.
O “EL SHEMÁ” era na realidade o resumo de três passagens do Pentateuco.
Era repetida pelas manhãs e pelas tardes pelos homens.
O menino judeu, quando chegava a idade de doze anos, já deveria repetir esta oração.
As três passagens que compunha o “ELSHEMÁ” era: Deuteronômio 6:4-9; Deuteronômio 11:13-21 e Números 15:37-41.
É possível que Jesus se depois que retornou da peregrinação a Jerusalém teria pedido emprestado o manuscrito da Sinagoga de Nazareth ( se é que na sua casa não tinha uma copia das Escrituras) e estudar especialmente os livros de Moisés e dos profetas.
Em seus ensinamentos Ele sempre se refere a estes escritores e sentia especial inclinação por Isaias e Jeremias.
O uso muito estendido do “EL SHEMÁ” nos tempos de Cristo veio a ser com outros muitos, uma mera formula, com pouco ou nenhum significado.
É provável que esta oração chegasse a ser tão vã como uma oração pagã. Sem duvida Cristo protestou pelo uso imoderado dele quando disse: “...E orando não useis de vãs repetições como os gentios...” (Mt.6:7).
A pratica de filactérios, das quais os fariseus fizeram um uso muito grande, estava baseado em algumas das Escrituras no “EL SHEMÁ” e como eles faziam muito uso dele, Jesus os condenou.

Hospedar companheiros cristãos nos tempos do NT.

Nos dias dos apóstolos, se dava muita importância a obrigação de hospedar aos companheiros cristãos que chegavam a sua cidade.
Nos tempos da perseguição, tal hospitalidade era de grande valor.
Lucas faz uma alusão a um tempo de perseguição assim: “Mas os que andavam dispersos iam por toda parte anunciando a palavra” (At.8:4).
Que bem-vindo seria um lar cristão de refugio a quem tivesse que fugir de seu lar pelo testemunho de Cristo! O apostolo Paulo se hospedou no lar de Áquila e de Priscila, enquanto levava a cabo seu trabalho missionário em Corinto (At.18:1-3).
Uma das classificações de um bom prelado, a deu Paulo nas palavras “Dado a hospitalidade” (1Tm.3:2).
E aos de longe lhes expressou a importancia de estar seguindo a hospitalidade (Rm.12:13).
Pedro dizia aos santos : “Hospedem uns aos outros sem murmurações” (1Pe.4:9).
A palavra traduzida “Hospitalidade” aqui quer dizer “amigáveis com os estranjeiros”.
Pedro não pensava que os cristãos hospedassem a seus amigos cristãos, e sim hospedassem aos cristãos viajantes que necessitavam de alimento e de teto..
A hospitalidade entre os primeiros cristãos promoveu a camaradagem cristã, e assim fortaleceu o crescimento da fé.
Deve haver exercido uma grande influencia entre a juventude que se levantava nos lugares a onde se praticava.

Assembléias cristãs no lar

Os primeiros lugares em que se reuniam os cristãos para adorar, era no lar. As primeiras escavações em que se encontrou uma igreja pelos arqueólogos, de onde se tem estabelecido datas, é um quarto dentro de uma casa que foi separado para a adoração e foi mobiliado como uma capela.
Datado no século III dC. Parece difícil para os cristãos do século XX reconhecer que a maioria, se não, todas as primeiras igrejas, se reuniam nos lares.
O Dr. A.T. Robertson faz uma lista de alguns destes lugares de reunião.
“A igreja de Jerusalém se reunia na casa de Maria (At.12:12), a igreja de Filipo na casa de Lídia (At.16:40). Em Éfeso, na casa de Áquila e Priscila (1Co.16:19), e mais tarde em Roma (Rm.16:5); e da mesma maneira havia uma igreja que aparentemente se reunia na casa de Filemom em Colossos (Fl.2)”.
Seguramente estes lares recebiam bênçãos, e mais bênçãos pelos cultos de adoração nos lares.



Pr.Dr. Wagner Teruel
Phd.Db.Dee.Mth.Mcr.Thb\Lic
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