quinta-feira, 14 de março de 2013

Culpas Proprias, Culpas Alheias, Culpas em fim

Série de Mensagens O Complexo de Mefibosete Culpas Próprias, Culpas Alheias, Culpas em Fim “...(Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Ele tinha cinco anos de idade quando chegou a notícia de Jezreel de que Saul e Jônatas haviam morrido. Sua ama o apanhou e fugiu, mas, na pressa, ela o deixou cair, e ele ficou manco. Seu nome era Mefibosete.)...” (2Sm.4:4 NVI) Como vimos na semana passada, falamos sobre Mefibosete (aquele que destrói a vergonha) e onde havia estado devido seu sentimento de culpabilidade, ou seja, em Lo-Debar (que quer dizer: Não abra a boca! Não Fale! Não Cante! Não Pregue! Não Ore! Não Louve!), hoje iremos entender o que é realmente a culpa e o que ela é capaz de fazer com o ser humano, quais as consequências por este mal tão terrível. Compreendendo a Etimologia da Palavra: O sentimento de culpa é o sofrimento obtido após reavaliação de um comportamento passado tido como reprovável por si mesmo. A base deste sentimento, do ponto de vista psicanalítico, é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo superego daquilo que achamos que deveríamos ter sido. Há também outra definição para "sentimento de culpa", quando se viola a consciência moral pessoal (ou seja, quando pecamos e erramos), surge o sentimento de culpa. Para a Psicologia Humanista-existencial, especialmente a da linha rogeriana, a culpa é um sentimento como outro qualquer e que pode ser "trabalhado" terapeuticamente ao se abordar este sentimento com aquele que sofre. Para esta linha de Psicologia, um sentimento como esse, quando chega a ser considerado um obstáculo por aquele que o sente, é resultado de um inadequado crescimento pessoal mas não é considerado uma psicopatologia. Para os rogerianos, todas as pessoas têm uma tendência a atualização que se dirige para a plena auto-realização; sendo assim, o sentimento de culpa pode ser apenas limitação momentânea no processo de auto-realização. É bastante concebível que tampouco o sentimento de culpa produzido pela civilização seja percebido como tal, e em grande parte permaneça inconsciente, ou apareça como uma espécie de mal-estar, uma insatisfação, para a qual as pessoas buscam outras motivações. As religiões, pelo menos, nunca desprezaram o papel desempenhado na civilização pelo sentimento de culpa. O sentimento de culpa, a severidade do superego, é, portanto, o mesmo que a severidade da consciência. É a percepção que o ego tem de estar sendo vigiado dessa maneira, a avaliação da tensão entre os seus próprios esforços e as exigências do superego. É o ponto-chave do texto "Mal estar na civilização" de Sigmund Freud. Sentido religioso O sentido religioso de culpa, pelo qual um ato da pessoa recebe uma avaliação negativa da divindade, por consistir na transgressão de um tabu ou de uma norma religiosa. A sanção religiosa é um ato social, e pode corresponder a repreensão e pena objetivas. De outra parte, a culpa religiosa compreende também um estado psicológico, existencial e subjetivo, que propõe a busca de expiação de faltas ante o sagrado como parte da própria experiência religiosa. O termo pecado está geralmente ligado à culpa, no sentido religioso. 1 - Culpas Alheias: Uma pessoa que por anos aprendeu que cortar o cabelo, por exemplo é um pecado, ao faze-lo sentirá a culpa batendo forte contra sua alma. Uma pessoa que aprende que jogar papel pela janela do carro é um erro, e se por algum motivo o faz sentirá sua mente o acusando pelo sentido da culpa. Algumas pessoas pelo sentimento de culpa, deixam de se divertir (pois a tempos atrás a diversão era para os desocupados e uma pessoa digna não vivia se divertindo) , deixam de sentir prazer (pois há algum tempo atrás não era possível que alguém sentisse prazer em uma relação pois o único objetivo da relação era a procriação). Mefibosete, sentia-se culpado, culpas próprias? Culpas alheias? O certo é que era culpas em fim, pois sua única culpa era ter ido a Lo-Debar, a morte de seu Pai e de seu Avô não era culpa dele, mais assim mesmo ele carregava consigo esta culpa, quantos de nós estamos aqui hoje carregando a culpa dos nossos antepassados, um trauma vivido por nossos pais, nossos avós vem nos trazer a lembrança que somos culpados, sim amigos estou falando da necessidade de uma cura interior, encontrar dentro de sí mesmo onde está a culpa e libertar-se dela com o poder do Espirito Santo. Heranças recebidas, culpas acumuladas, todos carregamos cargas que assumimos sem questionar por não planejarmos nosso próprio caminho. Respeitamos padrões que nos foram impostos sem o devido questionamento e respeito e com isto não percebemos que colocamos em perigo nossa própria vida e nossos objetivos. Cedemos um lugar de autoridade à culpa e lhe damos a hierarquia que ela não merece, mais o pior é que lhe damos vida e é assim que começa a viver e fazer parte de nós mesmos. A culpa é nossa companheira quando vamos tomar algumas decisões antes de consultarmos nossa consciência é a culpa quem nos guia, é ela que nos faz viver em frustrações e desilusões, devido a culpa não podemos sonhar, correr, gritar, sorrir, chorar, ela nos trava. Quando nos responsabilizamos pela fome no mundo, por aqueles que não tem nada, muitas vezes nos castigamos e nos sentimos mal por poder desfrutar de tudo o que está ao nosso alcance. Ainda que ajudar os outros seja um ato de amor, de misericórdia e de compaixão, lamento dizer que a fome do mundo não vai acabar pela sua autopunição. Muitas mulheres não podem desfrutar de um bom perfume ou de roupas elegantes, tampouco se permitem escolher o melhor para elas, mais pensam assim: “VOU COMPRAR ISTO PRA MIM, MAIS MEUS FILHOS PRECISAM DISTO”, abrem mão dos seus sonhos. É muito provável que seus filhos já tenham mais de 20 pares de tênis, porem, você se sente compelido a comprar mais um pra ele pelo fato de você ter comprado uma sandália para você, isto é culpa, alheia, própria, culpa em fim. O que seus filhos precisam é ver vocês felizes. No entanto, esta mulher se enche de culpa e negam o direito que graças ao bom Deus pode se dar. Por anos sentimos culpa de desfrutar do material e do emocional; a culpa fez estragos dentro de nós e nos delimitou, nos prendeu. Por anos fez com que nos conformássemos com migalhas, com aquilo que os outros estavam dispostos a nos oferecer. Sentimos culpas por sermos felizes: “Como posso ser feliz, se minha mãe, minha irmã e minha tia estão separadas e sozinhas?” e assim você boicota seu casamento. Como posso desfrutar da compra de um par de sapatos novos se a minha irmã está sem trabalho? Pois é, você pode comprar os sapatos e também ajudar a sua irmã, desde que ela não esteja abusando nem manipulando suas emoções. Quantas pessoas se dispõe a fazer aconselhamento para casais, e depois do referido aconselhamento, passam a ter disputas no lar por causa do aconselhamento, pois na verdade trazem a culpa dos problemas e o medo para dentro de sua casa. Nós os latimos herdamos o conceito do servilismo, os conquistadores submeteram os povos e transmitiram a ideia de que eles tinham nascido para servir aos que tinham decidido ser uma casta social de maior hierarquia e privilégios. No México quando você pede algo a alguém, eles respondem: Mande!, nos EUA ele dizem em que posso ajudar. “...Quando se encontram dois seres, aquele que é capaz de intimidar o seu oponente fica reconhecido socialmente como superior, de maneira que a decisão social nem sempre depende de um combate. Em algumas circunstancias, o mero encontro pode ser suficiente...” A culpa nos leva a esquecer o que sentimos e do que necessitamos, nubla por grandes períodos de tempo nossos direitos, convertendo nossas prioridades em necessidades secundarias, enquanto dá à opinião e aos pensamentos dos outros um lugar de urgência e prioridade. E, assim, é como se de um modo contundente fossemos nos tornando os responsáveis por cada uma das mensagens que chegaram aos nossos ouvidos, sem percebermos que não nos competia nenhuma responsabilidade nas situações em questão. Assim foi com Mefibosete, que poderia o infante fazer? Quanto a morte do pai, do avô, a queda, a quebradura que o deixou aleijado? Porem, preferiu por longos anos carregar a culpa alheia, a culpa própria, a culpa em fim. Será que com você não é a mesma coisa? Não fala em línguas, por vergonha, e a vergonha é um sintoma muito forte da culpa, não sorri, não se expressa tudo por causa da culpa. 2 - Culpas próprias: As culpas próprias são causadas pelo acumulo de regras, impostas na infância que germinaram em nossas mentes, coisas do tipo, que não se poderia fazer e hoje fazemos habitualmente, nos coloca em verdadeiro estado de choque. Desenvolvemos regras que nem mesmo conseguimos cumpri-las e desta forma caminhamos com nossas frustrações, a vida é para ser vivida em liberdade, Jesus nos disse isto: “...e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará...”, logo podemos entender que a culpa nos impede de conhecer a verdade, a verdade absoluta atrás da culpa, o sentimento bom de comer um chocolate, que por vezes teve que ser devorado escondido, caso contrario alguém iria lhe dizer: CUIDADO COM SEU PESO, a culpa própria nos leva a marginalidade, banal, sutil, porem, marginal. 3 – Culpas em fim: No final sempre serão culpas, algumas delas você pode vencer, outras devido os traumas que elas geraram, e devido ao tamanho d domínio que a culpa exerça sobre você será necessário um tempo a mais, será necessário alguns cuidados, porem, o certo é que as culpas, sempre nos levarão a cadeia de sentimentos, poderá gerar, ódios, rancores, raízes de amargura, esta prisão pode ser perpetua, ou temporal, para Mefibosete foi temporal, não porque ele teve capacidade de livrar-se delas, e sim porque um fator externo o ajudou, não foram as capacidades psíquicas dele que o ajudaram a vencer e sair de Lo-Debar e sim o fator externo, talvez você esteja na mesma situação, não consegue sair do enclausura mento que a culpa te colocou, as vezes rodeados de amigos, porem, vivendo só, sem nenhuma dor, porem, dependendo dos remédios, culpas em fim, te leva a uma via sem saída, onde os sons da sirene da acusação mental explodem sua mente te colocando em extase, muitas pessoas por causa das culpas em fim desenvolvem síndrome de pânico. 4 – Você pode ser livre da Culpa e da Carga: Todo ser humano tem o direito de ser feliz e viver sem culpas, o evangelho não é culpável e nem irresponsável, ele é liberdade. Todos temos muitas coisas boas e outras nem tanto; por outro lado, precisamos nos conectar com o bom, com o melhor que temos e assim seguir adiante. Sem perceber, acabamos enchendo de culpa, de circunstancias, de “poréns”, que decidimos carregar sobre nossos ombros, de mensagens que aceitamos e incorporamos sem questionar e que assumimos como próprias. A obsessão com a culpa só trará dor e feridas à alma e ao seu corpo. Você mesmo tem se tornado seu próprio veneno, Mefibosete ficou doente pelo fato de se contaminar com a culpa. Já é hora de aprender a ser livre de todos os paradigmas falsos que o dirigiram até hoje e de desfrutar sem culpa. O cordão umbilical se cortou e agora é você quem deve decidir. Simplesmente seja você mesmo, tire o pó de seus sapatos e siga em frente. Esvazie-se de culpas próprias ou alheias, e comece a viver com convicção. E talvez ai você pergunte: MAIS E SE EU ERRAR NOVAMENTE? Comece tudo de novo, vale a pena a vida é feita basicamente de alegrias, frustrações e principalmente de recomeços, mais ela não é feita de culpas. A convicção permitirá que voce reveja, modifique, mude o que for necessário e siga adiante. “ A culpa não está no sentimento e sim no consentimento” (Dom Bernardo de Claraval) Se você errou, peça perdão: saber se desculpar é um ato de grandeza, implica reconhecer nossos erros e mudar de atitude. Se estiver a seu alcance, repare seu erro e a paz se somará à sua grandeza. Voce merece ser feliz: proponha-se a desfrutar de tudo o que tem, sabendo que é merecedor de todas as coisas boas da vida. Mefibosete não conseguia entender isto. Desfaça-se das falsas culpas. Você só é responsável pelas suas decisões, não pelas alheias. Não queira mudar ninguém, só muda quem decide mudar: a melhor maneira de mudar o outro é não querer muda-lo. Cada vez que você tomar uma decisão pergunte-se se isso o ajudará a ser a melhor versão de sí mesmo. Cada vez que escolher quem irá acompanha-lo em um projeto pense se a pessoa agregará valor e lhe permitirá ser a melhor versão de você semos. Quando lê, pesquisa, aprende e cresce, alcança a sua melhor versão no plano intelectual. Quando projetar com força seus sonhos e colocar em marcha seus objetivos, conhecerá sua própria essência, seu valor e autodomínio, esse que está dentro de você. Então seu verdadeiro EU emergirá e saberá se autoreconhecer. Viver, gozar e desfrutar são direitos que temos, não é privilégio e sim direito. Lembre-se: “...O homem é vitima de uma soberana demência que sempre o faz sofrer, com a esperança de não sofrer mais. E, assim, a vida escapa sem daquilo que já adquiriu...” (Leonardo da Vinci). atte Pr.Dr. Wagner Teruel www.itsteologia.net www.espacopentecostal.net.br

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