domingo, 21 de fevereiro de 2016

O Nome de Jesus e o Nome de Deus

O nome de Jesus e o nome de Deus

 

Introdução

O nome de Deus e o nome de Jesus são temas profundamente importantes na Bíblia. Ambos temas são mistérios, e devemos tratar com muita humildade e oração para podermos compreender. Muitas coisas do que eu escrevo, eu entendo que nãao são fáceis de compreensão, e, portanto, necessita do guia Espirito Santo para entendermos.
O propósito do nome em nossa cultura ocidental é simplesmente para identificar. Utilizamos nomes para distinguir uma pessoa da outra. De outra maneira jamais saberíamos de quem estamos falando. Muitas pessoas elegem nomes para seus filhos porque gostamos o som do nome. Em um nível subconsciente é bem provável que conheçam ou admirem as pessoas quer sejam reais ou fictícias com o dito nome. Os nomes João, Miguel, Maria, Ana, etc... não descrevem a quem o possue de maneira nenhuma. São simplesmente utilizados para diferenciar uma pessoa da outra. Poucas pessoas conhecem o significado dos nomes, uma vez que não são substantivos do Portugues exceto umas poucas como Graça, Flor, Alegria, Vitória etc...
Na cultura da Bíblia, os nomes eram escolhidos pelos seus significados. Os nomes eram simplesmente palavras ou frases hebraicas que qualquer um poderia entender. Os nomes das pessoas algumas vezes descrevem a experiência dos seus pais. Moisés chamou seu filho de Gerson que significa EXILADO. Por que? Simples porque ele era um exilado no deserto naquele tempo. José significa Deus Multiplica, porque sua mãe orou a Deus para que ela pudesse ter mais filhos. Benjamin significa FILHO DA MINHA DESTRA. Outros nomes eram proféticos. Oséias chamou seu filho de LO-AMMI que significa NÃO MEU POVO. Isaias chamou ao seu filho de MAHER-SHALAL-HASH-BAZ que significa RAPIDO DESPOJO PRESA SEGURA. Jesus recebeu seu nome porque Ele ia salvar o seu povo dos seus pecados.
No reino espiritual, os nomes descreviam diretamente seus possuidores, quer seja, por aquilo que os pais estavam vivendo, quer seja por uma mensagem profética. No NT. uns demônios são chamados de LEGIÃO porsque eram muitos. Existem anjos no livro do Apocalipse chamados de Morte e Apolion (no hebraico abbadon nodabba) e significa destruidor no grego. O nome de Satanas significa adversário ou oponente. Algumas pessoas que tem experiência em libertação ou exorcismo entendem que os demônios revelam seus nomes quando são afrontados. Eles dão nomes como COBIÇA ou LUXURIA etc.. os quais apenas descrevem suas características.
Os nomes na Bíblia então tem propósitos claros: DESCREVER E IDENTIFICAR.
Alem da nossa diferença cultural entre o uso moderno dado aos nomes e o uso dos mesmos nos tempos da Bíblia, existe outro problema. Os pensamentos de Deus não são nossos pensamentos, e seus caminhos não são os nossos, como disse Isaias. Porque seus caminhos e pensamentos estão muito mais alto do que os nossos.
Ou estão em ultima instancia, de certa forma a nossa mentalidade não foi renascida. Em um extremo positivo desta nova medida terremos a mentalidade de Cristo, ou no extremo negativo a afirmação pesimista de Isaias será certa em nós. Devemos aprender a pensar em términos divinos antes mesmo que seja em términos carnais, se desejarmos compreender as coisas profundas de Deus. A mentalidade da carne é inimizade com Deus. O homem natural não recebe as coisas do Espirito de Deus, porque são necessidades para ele, e não pode compreende-las, porque devem ser dicernidas espiritualmente. Devemos ter a luz do Espirito Santo se esperarmos compreender a mentalidade de Deus. O significado que vemos nas palavras não são mais que sombras do profundo e incomensuravelmente significado que Deus tem guardado nelas.

O Nome de Deus

Tem se pensado muito, tem se falado muito e acima de tudo tem se escrito muito sobre o nome de Deus. Portanto, neste capitulo vamos dar algumas considerações sobre este tema. As lições que aprendemos sobre o estudo do Nome de Deus podem parecer um pouco acadêmicas, porem se transformaram para converterem-se em uma preparação de um conhecimento mais profundo do nome de Jesus.
Um bom começo e obvio é o capitulo 3 do livro de Exodo, onde Moisés está parado diante da sarça ardente. Para nosso objetivo presente, deveremos então olhar primerio o versículo 6 onde Deus se apresenta a si mesmo com as palavras: “...Disse ainda: "Eu sou o Deus de seu pai, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó". Então Moisés cobriu o rosto, pois teve medo de olhar para Deus...” (Ex.3:6 NVI). De acordo com a mentalidade humana nós esperávamos que Deus dissesse: “Eu sou o Todo Poderoso Criador do Universo, o mais inteligente, sou todo amor e quem todo sabe, e meu nome é YHWH hwhy . Esta é a forma em que um missionario trataria de introduzir o conceito de Deus em uma tribo indígena. Deus, como vemos, nos da uma descrição de si mesmo, porem, nenhum nome. A única identificação que nos dá é em términos de seus seguidores. Abraão, Isaque, e Jacó, pessoas que exibiram de alguma maneira suas características. Isto nos mostra a mentalidade e natureza de Deus. Palavras, nomes e descrições são totalmente inadequadas para ele. Ele é descrito e identificado no seu povo, e particularmente em seus filhos. Para ser compreendido, Ele deveria ser visto em forma humana. Ele deveria ser manifestado em carne.
O AT. contem alguns nomes e titullos para Deus. Isto inclui: O SENHOR DOS EXERCITOS, O DEUS DOS CÉUS, O MAIS ALTO DEUS, EL SHADDAY, entre outros. Muitas exposições boas e instrutivas de seus significados foram feitas e apresentadas, porem, Jesus não fez isto, ao contrario, Ele disse: “O que me viu, viu ao Pai”. As descrições são somente necessárias para aquilo que naturalmente não se pode ver. Eu até posso descrever Paris para você, porem se quiser mesmo saber todos os detalhes da cidade luz você terá que ir lá pessoalmente.
Jesus não necessitava descrever a Deus nas pessoas. O mesmo era a descrição. Ele foi e é o nome de Deus. Você não olha para a fotografia de alguém quando está na presença da pessoa, simplesmente porque tem algo melhor.
Deus mandou que Moises fosse diante de Faraó e tirasse os filhos de Israel do Egito. Moises então teve dois problemas de identidade:
O Primeiro: QUEM SOU EU, PARA IR ADIANDE DE FARAÓ?
O Segundo: QUEM ÉS TÚ?

Ele disse a Deus: “..."Quando eu chegar diante dos israelitas e lhes disser: O Deus dos seus antepassados me enviou a vocês, e eles me perguntarem: ‘Qual é o nome dele? ’ Que lhes direi?... " (Ex.3:13 NVI).
Se quisermos compreender a contestação de Deus, em primeiro lugar precisaremos considerar a intenção da pergunta de Moisés. Moi´ses cresceu em uma cultura politeísta. O povo cria em diferentes deuses, cada um destes deuses tinha seu nome próprio quer fosse uma entidade divina feminia, quer fosse uma entidade divina masculina. Você pode falar do sol ou da lua, pois existem apenas um de cada, ao contrario, as estrelas elas não são únicas, existem milhões dela, cada uma deveria e poderia ter um nome próprio, porem, não é assim, e portanto, para um leigo torna-se impossível distingui-la. Já o sol e a lua tem seus nomes pelo fato de serem exclusivos. É obivo que estou falando subjetivamente, sem discutir astronomia, pois confesso ser leigo, o tema aqui é a nomenclatura.
A pergunta então seria, Deus realmente tem um nome próprio? Moisés pensou que Ele tinha. Muitas pessoas pensam que Ele não tem mas e você que pensa? Deus tem nome? E qual é o nome de Deus?
A contestação de Deus no versículo 14 para Moisés é: “EU SOU O QUE SOU”. Acredito que poderíamos parafrasear a fala de Deus aqui assim: “EU SOU EU MESMO”. Em outras palavras Deus estava dizendo a Moisés: “TUA PERGUNTA ESTÁ INCORRETA, A REVELAÇÃO DO MEU NOME DEVE SER GRADATIVA ATÉ A DISPENSAÇÃO DA GRAÇA; COMO ÚNICO DEUS QUE SOU, NÃO PRECISO DE UM NOME PROPRIO LIMITADO, ELE SERÁ REVELADO GRADATIVAMENTE”.

Na nossa mente limitada não encontraríamos um nome que o descrevesse adequadamente.

Jesus em sua oração sacerdotal disse: “Eu manifestei Seu Nome” (Jo.17:6); um pouco mais abaixo ainda afirma “Eu fiz conhecer o Teu Nome” (Jo.17:26). Estas são as únicas contestações reais a pergunta de Moisés. Jesus mesmo foi e é o nome de Deus.
Deus continua dizendo: “...Diga aos filhos de Israel, EU SOU me enviou a vós...”. Isto não soa muito bem em português e em hebreu também não. A falta de clareza desta frase demonstra que Deus não poderia dar uma resposta direta a pergunta de Moisés, portanto, a resposta soa como que subjetiva não é mesmo?
No seguinte versículo Deus diz: “...diga aos filhos de Israel, YHWH hwhyo o Deus de seus pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaque, o Deus de Jacó, me enviou a vocês. Este é o meu nome para sempre e por ele serei invocado de geração em geração...”.
O que podemos ver aqui? Simples Deus dizendo, não tenho um nome para revelar completamente minha gloria para vocês neste momento, ou seja, a terminologia humana jamais me descreverá. Primeiramente terei que ser visto em carne e sangue, e logo ser conhecido em Espirito. Nem sequer necessito de um nome para distinguirme dos outros deuses, porque não há outro deus. Porem, para o momento é mais que o suficiente, para que diante dos deuses do Egito possam me distinguir como o PRESENTE ETERNO. Diante do povo egípcio poderão utiliza o termo: YHWH hwhy para me diferenciar e me identificar, porem, entendam que os deuses egípcios são falsos. A natureza do nosso Deus, o único Deus, desceu até nós para que nós possamos nos elevar até Ele.
Moises aprendeu com a experiência de Jacó. A historia de Jacó lutando com o anjo nos faz lembrar que depois de uma peleja, finalmente o anjo pergunta: qual o seu nome? E Jacó Le contesta dizendo: Jacó. E a partir daí, o anjo lhe diz: “...Teu nome não será mais Jacó, porem se chamará ISRAEL, porque lutaste com Deus e com os homens e venceste”. O anjo disse, Jacó agora tem um nome, não um novo nome, mas um nome que o identificaria e o descreveria de forma completa. Nós como Jacó tínhamos um nome, simplesmente para não sermos numerados, porem, quando o Senhor Jesus nos da a sua filiação passamos a ter um nome que nos identifica: SOMOS FILHOS DO DEUS VIVO. Porem, quando Jacó disse: “... por favor diga-me qual é o teu nome...” A resposta foi evasiva: “... Por que você pergunta pelo meu nome?...”. Como Moisés, Jacó também fez a pergunta incorreta. Ele quis reduzir a essência divina para algo humano.
Moisés deveria ter aprendido com a experiência de Jacó.
Outro caso bem conhecido é o do pai de Sansão, seu nome Manoá, sua esposa recebe a visita do anjo e diz que ela engravidaria, ele fala pra esposa se é mesmo da parte de Deus, ele que venha falar comigo então, logo estava descansando e recebe a visita do anjo, depois de escutar as instruções de como criar o menino e o voto nazireu. Manoá pergunta ao anjo: “...Qual é o seu nome?...”; E o anjo lhe responde: “...por que perguntas meu nome visto que é maravilhoso?...”

A Historia do Nome:
Não muito depois de encontrar a Deus na sarça ardente, Moises reencontra a Deus, desta vez no Monte Sinai e recebe os dez mandamentos. O terceiro mandamento foi: “...Não tomaras o nome de YHWH hwhyteu Deus em vão...”. mas adiante irei regressar para explicar o significado deste texto, porem, em primeiro lugar gostaria que considerássemos os efeitos que estes mandamentos tinham sobre os judeus. No valor nominal temos uma forma: JAMAIS DIZER O NOME YHWH hwhy , e qualquer outro nome que se possa chamar a Deus em vão, ou seja jamais pronunciar o nome de Deus. Ainda hoje é assim em Israel e com os judeus religiosos. Sempre que um judeu Le a bíblia onde está escrito o tetragrama YHWH hwhy, eles substituem para Adonay yanoda, que significa O SENHOR, uma outra substituição muito utilizada é Há-shem mehs ah, que significa O NOME.
Seria uma estranha coincidência que no hebraico se escreve originalmente sem vogais? Isto significa quem como o Nome YHWH hwhy, não poderia ser pronunciado, mas a graça era que também não poderia e não pode jamais ser escrito completamente, ninguém poderia saber assim a pronuncia original ou total. A palavra JEOVÁ foi formada tomando as vogais de ADONAY e postas dentro do tetragrama YHWH, e aparece pela primeira vez em um manuscrito do século quatorze e certamente não tem uma origem mais antiga que esta oficialmente conhecida.
Depois do exílio para a Babilonia, logo depois os impérios dominantes Medo-Persa e principalmente o Greco-Macedonico, que lutavam bravamente com a cultura, sentiu-se a necessidade de transliterar o AT. para a língua grega. O resultado foi a versão septuaginta, traduzida por setenta sábios no Egito no século três AC. Deveríamos esperar que esta versãp do grego nos desse uma pista de como deveríamos pronunciar o YHWH hwhy.
A reverencia pelo nome impede a transliteração absoluta. Outros nomes são transliterados desde o hebraico para o grego, porem, YHWH hwhy é substituído sempre por Kurios Kurios , no grego e significa SENHOR, Quando o NT cita o AT. de modo geral ele usa a septuaginta, isto significa q encontramos Kurios Kurios em algum lugar do tetragrama YHWH hwhy como o Senhor com letras maiúsculas.
Traduzir o tetragrama oficialmente e originalmente para o grego é impossível. Porque há letras que não existem no vocábulo grego e desta forma não existe tradução.
Desta forma podemos dizer sem medo de errar que o tetragrama YHWH hwhy dado a Moisés era temporal. Quando ele cumpriu o propósito, ele apagou as lembranças em três etapas:
1 – Ele permitiu que os judeus tivessem uma revrencia espúria dele, para que não se atrevessem a pronunciá-Lo; 
2 - Ele causou em Hebraico a condição para que se escrevesse sem vogais, para que não pudessem recordar completamente, e,
3 – Ele não permitiu que pudesse ser transliterado para o grego ou a nenhuma outra língua enquanto sua pronuncia fosse conhecida.

O terceiro Mandamento:
Por favor, voltemos agora para o terceiro mandamento: “... não tomaras o nome de YHWH hwhy teu Deus em vão...”. quase todos os teólogos, eruditos e alunos traduzem este texto como se significasse NÃO BLASFEMAR. Esta interpretação tem muitos séculos de tradição por detrás disto, porem, me atreveria a sugerir que nunca foi o significado primário. Os dês mandamentos começam com a declaração: “... Eu sou, YHWH hwhy, teu Deus que te tirou da terra do Egito, para fora da casa da escravidão...”. que significa tomar um nome? A palavra hebraica NASA asan significa primariamente TOMAR, LEVAR ou SUSTENTAR. Assim como os filhos tomam o sobrenome dos pais. Os israelitas foram os que receberam o nome do seu Deus, o Deus que os escolheu e os tirou da terra do Egito. Eles seriam seus representantes e os possuidores do seu nome. Eles não deveriam fazer isto de qualquer maneira, ou melhor, não deveriam tomar o nome de Deus em vão.
Jesus sofreu e morreu porque ele tratou de levar-nos para fora da terra espiritual do Egito. Ele quer nos dar este nome. Talvez por isto frequentemente tomamos seu nome em vão, é por isto que o mundo frequentemente blasfema.

O nome de Jesus:
Que honra foi quando Deus, o grande Criador e Senhor de todo o universo, o pantocrator, o ser infinito que está mais alem da nossa descrição, tomou um nome em linguagem humana de forma que Ele possa ser conhecido. A maior honra seguiu. Na plenitude dos tempos Ele se fez carne. Instruções especificas foram dadas através de sonhos ou visões para José e também para Maria pelo anjo Gabriel: “... vocês colocarão o nome dele de Jesus...”. O NT. nem uma vez menciona o nome de YHWH hwhy, mas da grande importância ao nome de Jesus.
Já consideramos o nome YHWH hwhy, a reverencia que hoje em dia a um nome do qual ninguem, sabe pronunciar. Encontramos um paralelo surpreendente com o nome de Jesus. Cada língua pronuncia seu nome de uma maneira diferente. Nenhuma das cinco letras que formam seu nome nas línguas de origem latina tem uma pronunciação consistente nas diferentes línguas européias. O “J” tem pelo menos quatro pronunciações diferentes incluindo “Y” e “CH”. A letra “E” ou “I”. a letra “S” pode ser, “S”, “SH” ou “Z”. a letra “U” tem menos variações. A letra “S” final pode estar presente ou ausente. Verdadeiramente o nome hebraico YESHUA e o português JESUS não tem sons fonéticos em comum.
Será que todos nós sabemos o que significa Jesus, quando pronunciamos? Historicamente, sim sabemos. Jesus significa a pessoa descrita no NT. que viveu dois mil anos atrás e estabeleceu a fé cristã. Espiritualmente falando é um assunto bem diferente. Realmente todos falamos da mesma pessoa? Para três quarto da população mundial Jesus, foi conhecido por todos, e é fundador de uma religião bem diferente. No mundo ocidental para uma minoria Jesus é o Filho do Homem, o Filho de Deus, o Salvador, o Curador, o Senhor e Amigo. Para o resto da população, cada um tem uma idéia diferente de acordo a sua tradição, parcialidade e prejuízo.
A onde nos leva tudo isto? Que representa o nome do Filho de Deus? A resposta eu creio, é como a resposta da nossa primeira perfunta: O que representa o nome de Deus? Jesus foi o nome, a descrição e a identidade de Deus para todo aquele que se encontrou com ele quando caminhava na terra, assim como é para nós o seu povo hoje. Chegaremos a ser o nome, descrição e indentidade de Jesus para o mundo. Jesus revela a Deus ao seu povo. Seu povo deve revelar-Lhe ao mundo. Devemos ser a manifestação do nome de Jesus para o mundo, assim como Jesus é a manifestação do nome de Deus para seu povo.
Este conceito é provavelmente novo e difícil de compreender. Estamos familiarizados em pensar que somos o corpo de Cristo ou o templo do Espirito Santo. Estas idéias estão explicitamente estabelecidas na Bíblia. Nossa familiaridade com as palavras das Escrituras, nos leva a aceitar frequentemente as profundezas verdaedes de Deus rapidamente.
A idéia que deveriamo ser o nome de Jesus não está claramente estabelecido no NT. porem, coincide e lança luz em muitas passagens, as quais consideraremos agora.

Batizados dentro do seu Nome:
A frase: “sendo batizado dentro do seu nome” aparece várias vezes no NT. (muitas versões traduzem como “em” seu nome). Também lemos em alguns lugares: “sendo batizados dentro do seu corpo”. Estas duas frases se correspondem perfeitamente agora. Seu corpo é seu povo santificado. Seu nome é seu povo santificado. Seu nome e seu corpo é o mesmo. ambas frases falam de uma profunda imersão dentro da divindade. O batismo realmente não é somente uma cerimônia que o homem pode ver, nem sequer é uma experiência dramática no sobrenatural. Mas sim, uma combinação continua de imersão dentro de Deus pela qual chegamos a ser um com ele e podemos então ser chamados seu corpo e seu nome.
Em matéria de Batismo, embora não vamos tratar sobre este tema de forma exaustiva, pois já tratamos no Contra Fatos Não Há Argumentos Volume 2, porem, quero apenas trazer um pequeno relato para compreendermos a importância do Nome no batismo.
Quando lemos Mateus 28:19 e Atos 2:38 parece ser que eles se contradizem, pois em Mateus 28:19 Jesus instrui os discípulos a: “batizar dentro do nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”; já no livro de Atos dos Apostolos 2:38 a instrução de Pedro cheio do Espirito Santo foi: “batizem dentro do nome de Jesus”. Para Deus um nome não é uma seqquencia de sons fonéticos que devem ser pronunciados corretamente. É o povo santificado e a separação para Ele. Através do povo, o pais, o filho e o Espirito Santo serão conhecidos no mundo pelo único nome capaz de salvar que é o nome de Jesus (At.4:12). E como se fará isto? Deus colocando seu nome na sua igreja e criando harmonia nas Escrituras.

Santificado seja Teu Nome:
Jesus ensinou aos seus discípulos a oração: “...Pai nosso, santificado seja teu nome, venha o teu reino...”. Milhões de pessoas recitam esta oração diariamente, porem, poucos a compreendem. Agora talvez possamos ver seu significado mais claramente. O nome será abençoado ou santificado, era Jesus mesmo e aqueles que ele chame. No livro de João capitulo 17 está registrado a ultima oração de Jesus no Getsemane antes de ser preso. Neste momento de dor e de sofrimento ainda encontrou em seu coração disposição para orar por seus discípulos dizendo: “santifica-os na verdade, a tua palavra é a verdade” (V.17) e ainda: “e por eles me santifico a mim mesmo, para que eles também sejam santificados na verdade” (V.19). ambas orações estão perfeitamente acordes com a suplíca para a santificação de si mesmo e de seu povo. Desta forma quando Jesus orou a oração que milhões recitam diariamente, sua primeira suplica, “santificado seja teu nome”, foi uma oração para a separação do seu povo em santidade. Somente a partir desta base vem a segunda súplica: “venha o teu reino”, ou seja, quando o povo for santificado o reino virá.
Nomes, lugares, construções e dias não podem jamais serem verdadeiramente santificados.
Estas coisas em sua natureza não podem ser santas, elas servem a um propósito e tem um tempo, e são apenas sobras da realidade. Somente pessoas podem ser santas. O Espirito Santo desce nas pessoas (e não em coisas) e as separa para Deus.

Exaltação de Seu Nome:
No capitulo 2 de Filipenses fala de Jesus passando da humilhação e da morte à ressurreição e exaltação (tema tratado exaustivamente no livro O SHEMEN – MINISTERIO DO ESPÍRITO SANTO que neste momento falaremos apenas circunstancialmente), “pelo que Deus o exaltou, e lhe deu o nome que está sobre todo o nome, para que ao nome de Jesus todo o joelho se dobre”. Será que da pra perceber o Nome de Deus e o contexto com seu povo neste texto? Vejo perfeitamente que sim.
No capitulo 1 de Apocalipses, João mostra uma visão da cabeça e do corpo de Cristo glorificado na sua totalidade. Sua voz não é a simples voz de um homem chamado Jesus, porem é o som das muitas águas. Esta não é somente uma cabeça isolada do corpo, antes porem, é o corpo completo de Cristo. João caiu prostrado aos seus pés como morto, chega o tempo quando a cabeça que é Jesus receberá o corpo e ai será completo, seria possível mesmo o cabeça que é Cristo receber um corpo triteista? Não amigos o corpo é ligado à cabeça através do nome diante do qual todos os joelhos se dobrarão.
Outras escrituras indicam que o povo se prostrará ante o corpo de Cristo. Em Apocalipse 3:9 podemos que o Senhor irá entregar alguns a sinagoga de satanás... e afirma que fará com que prostrem-se diante dos seus pés, ainda em Isaias 45:14 nos diz que diante de ti se prostrarão e suplicarão. Logo Isaias 49:23 e 60:14 são similares.
Isto não acontecerá quando os mulçumanos se ajoelharem nas mesquitas prostrando-se fisicamente, antes porem, será um prostrar-se em espírito como pessoas que olham agora cara a cara o Deus manifesto em carne, ou seja, a maior expressão de arrependimento. Quando a Rainha de Sabá encontrou o rei Salomão e escutou sua sabedoria, e viu sua riqueza, podemos ler que ela ficou sem alento. Ela foi completamente cheia de maravilha, respeito, admiração e amor.

Concluindo:
Como pudemos ver, o alto propósito para o qual Deus nos chamou, somente poderemos saber completamente no dia das bodas do cordeiro, nós somos completamente inadequados e indignos por natureza para sermos o SEU NOME, sua representação na terra e principalmente nos céus.
Deus conhece e vê isto de forma bem mais clara que nós mesmos, e seu plano salvifico prove o caminho necessário, em contra partida, a transformação não é nosso trabalho, porem, dEle. Não devemos ficar surpresos quando ele começa um profundo e radical trabalho de qualquer experiência previa em nós. Este trabalho nos separará dos homens, para assim podermos nos unir ao Espirito de Deus. Antes de Deus colocarnos como verdadeiros representantes do seu Nome, Deus trata com a nossa natureza carnal. Daí fica explicado porque um trinitário mesmo vendo as evidencias ainda insiste em manter-se no erro, simplesmente por orgulho uma arma carnal evidenciada como estratégia do inimigo.
Ingressaremos na morte, sepultamento e ressurreição do nosso Senhor quando o recebermos no batismo nas águas invocando Seu poderoso Nome. Seremos participantes de seu sofrimento e humilhação e depois de sofrermos com Ele estaremos prontos para reinar com Ele.


Venha, faça como Paulo corramos para o alto chamado de Deus em Cristo Jesus.

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