terça-feira, 19 de junho de 2012

PAROIKOS KAI PAREPIDEMUS - ESTRANHOS RESIDENTES E FORASTEIROS EM TRANSITO

Paroikous Kai Parapidemous – Estranhos residentes e forasteiros em transito “...Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos de Deus, peregrinos dispersos no Ponto, na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia e na Bitínia...” (1Pe.1:1 NVI). Os Paroikoi, aos quais é destinada a primeira carta de Pedro, dão-nos a informação de que o cristianismo nascente dá-se de modo exterior à sociedade de então. Esta "falta de casa" como o próprio nome indica acaba por ser o que lhes concede a identidade. Aqui entra a pessoalidade como algo especifico deste grupo e que torna possível o individual, pois cada um pode ser a testemunha. A pedra que é rejeitada por todos pode valer, porque Deus a faz valer. A casa dos cristãos é topos e ethos porque Cristo a constitui assim e se não estão em Cristo não fazem parte desta casa, trata-se aqui de perceber o que é estar “em Cristo” 5,14. A realidade do sofrimento era algo que estava presente nos paroikoi, devido às perseguições e mesmo ao seu estado marginal e obviamente no que se refere ao pecado. Cristo aparece para os cristãos como modelo (4,1), e este sofrimento é apresentado paradoxalmente como uma experiência de graça e de Salvação (1,6-9). Estes sofrimentos eram vividos na expectativa de da glória (1,11 e 4,13). Em verdade o sofrimento descrito e proposto na 1ª carta de Pedro é a realidade que concede coesão aos paroikoi, pois orientando o seu sofrimento para o Senhor concedia-lhes força e coesão. O Espírito Santo seve-se destas realidades conflituosas e ofensivas para nos irmanar. Imagine a condição social, educacional, emocional e acima de tudo espirittual. Que interessante, hoje aqui, pensarmos sobre: 1 – Os Eleitos de Deus 2 – Peregrinos e 3 – Dispersos São temas tanto sociológicos como teológicos, nós precisamos mais que Igreja ampliarmos nossa visão para Paroikous e Oikos Uma vez que o termo Paroikous quer dizer peregrinos ou estranhos residentes. Paroikous no sentido geral implica segregação social, alienação cultural e certo grau de restrição pessoal; sem direitos civis ou nacionais. E Oikos quer dizer Lar. O povo a quem Pedro se refere nesta carta era forasteiro desterrado devido a diáspora, estavam distantes de seus lares, mais não distantes de Deus. Apesar de hoje estarmos em nosso Demos (Distrito, País) e na nossa Polis (cidade), mesmo assim somos estrangeiros, já não pertencemos mais a esta Cosmópolis, não temos mais os direitos naturais, humanos, somos agora cidadãos dos céus. Estrangeiros em nossa própria terra, visitantes em nossa própria casa. Ohhh Igreja amada que linda mensagem vemos aqui. Temos uma nova identidade, temos uma nova cidade, temos uma nova nacionalização, portanto, sobra-nos os desafetos de estarmos em uma terra xenofóbica, uma terra mesquinha, uma terra medíocre, pois os interesses destes povos são extremamente pessoais. Quando somos filhos de Deus, perdemos os direitos eleitorais, pois agora somos príncipes do reino dos céus, aqui não temos sequer crédito, não confiam em nós, mais na nossa terra somos príncipes e princesas. O que implica tudo isto? Ao observarmos o paroikous, percebemos que a primeira coisa que nos acontece é: Segregação social: olhando num ponto de vista meramente sócio religioso somos excluídos, e ai de nós se não fosse assim, devemos sempre ser excluídos do mundo, sermos excluídos do nosso rol de amigos, mesmo assim, apesar de ser triste temos a palavra de Cristo que nos diz que ainda assim seremos bem aventurados (Sl1). Alienação cultural: O mundo e sua cultura, seu modernismo não deve interessar aos príncipes e princesas do reino da Luz, o Pai das luzes quer que sejamos brilho, está terminando hoje a SP Fashion Week que ditará a moda para o verão de 2013, pessoas se aglomeram para ver as modelos apresentando as tendências, um mercado valoroso que movimenta 1.2 Bilhões de Dólares em empregos diretos e indiretos, porem, nós o que? Estamos fora, e por que? Porque simplesmente vivemos nossa alienação cultural, não de forma pejorativa, mais sim, de um exclusivismo que nos leva a santidade, um exclusivismo que nos dá paz, nos dá a graça de Cristo. Somos alienados culturalmente, não por causa do isolacionismo econômico, social, psíquico, mais sim pelo religioso, somos como PEREGRINOS DISPERSOS. Restrição Pessoal: as vezes temos sonhos, temos desejos e não podemos cumpri-los e por que? Por causa da nossa restrição, nossos amigos bebem, fumam, se drogam e nós temos a nossa restrição pessoal, por que? Simples é que a monarquia não se mistura com a plebe, aleluia, voce faz parte dos Monarcas do reino dos céus. (2Co.6:3-10) Parece ser interessante fazer parte do Oikos não é mesmo porque é nosso lar, é nossa família e é precisamente isto que quero que transformemos este nosso Paroikous em um Oikos, estamos nesta terra como peregrinos, talvez sem direitos, talvez segregados, alienados e restritos, mesmo assim podemos converter um lugarzinho especial em nosso OIKOS. Minha mensagem é para que permaneçamos unidos, em uma unidade espiritual, neste paroikous, podemos transforma-lo em um Oikos, esta é nossa função como Igreja, como irmãos e principalmente como amigos. Começamos no dia de hoje uma série de estudos e compreensão sobre os textos de 1 Pedro 1:1 na próxima semana falaremos sobre os filhos de Paroikous. Atte. Pr.Dr. Wagner Teruel www.espacopentecostal.net.br www.itsteologia.net

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