Deus de
braços abertos
Uma
visão sobre a cruz e a crucificação
Cruz tem varias variantes,
no grego, no latim, as vezes no grego é chamado de Xylon (Xylon)
que significa árvore ou madeira e é um sinônimo de cruz também é chamada de Staurus
Staurus estaca ou cruz. Trata-se de um instrumento para tortura e excução, no
qual aquele que morria na cruz era considerado maldito (Gl.3:13).
A cruz no cristianismo tem
vários significados a saber:
1
– Libertação do pecado e da morte. Siede afirma que: “a cruz
é o lugar onde Deus suporta e vence o sofrimento e a morte, a fim de que possa
dar vida a um mundo vencido pelo pecado
e pela morte (ap. 22:14)
2
– Demonstração do amor de Deus: na morte de cruz Deus
lida de forma objetiva com o pecado e a ofensa à sua santidade e que faz
separação entre o ser humano e Deus.
3
– Na cruz se
cumpre duas funções de Juiz e de Advogado: é na cruz que o Juiz justo e
reto ordena o cumprimento da ordem do derramamento de sangue para perdão, e
nela há a intercessão e também o pedido de absolvição de pecados. “...Pai perdoa-lhes pois não sabem o que
fazem...”
4
– A cruz é sinônimo de reconciliação: reconciliar é
tornar a conciliar, criar entendimento, o homem que não se entendia com o Deus
Todo-Poderoso, agora pode compreender e ser compreendido por causa da Cruz.
5
– A cruz é
símbolo de discipulado: Jesus disse: “... se alguém quer vir após mim, negue-se a sí mesmo tome sua cruz e
siga-me...” esta afirmação deve ter resultado em um impacto assustador
principalmente para os judeus do primeiro século, por terem visto muitos
carregando o patíbulo para serem crucificados, o serviço a Deus parece ser
condenação para o mundo e liberdade para os servos que lindo paradoxo.
Uma vez entendido o
contexto histórico-social a declaração de Paulo de o Cristo crucificado é
“pedra de tropeço” ou escândalo skandalon
para
os judeus e “loucura” mõria
para os gentios torna-se lógica e clara. Para os cristãos, no entanto,
permanece como um ato e uma demonstração do poder e da sabedoria de Deus
(1Co.1:23-24).
Eles não estariam
exatamente no que você chamaria de uma lista daqueles “que se espera
santidade”. Em efeito, alguns dos costumes e atitudes fariam pensar que as
pessoas do sábado na noite poderia encher o cárcere da cidade. Que poucas
porções de santidade havia naquela multidão tão suja e provavelmente não
deveriam usar gel e perfumes. Porem, por mais estranho que possa parecer, é
esta mesma humanidade que faz com que pareçamos perfeitos, somos tão perfeitos
aos olhos do mundo que parece ser que jamais precisaríamos de alguém para nos
recordar a tolerância de Deus, você pode encontrar esta classe de pessoa?
Talvez você alguma vez se perguntou como poderia Deus, neste mundo, usar-lhe
para mudar o mundo, olhe para estas pessoas. Quais pessoas? As pessoas que Deus
usou para mudar o mundo, pescadores, estadistas, médicos, cobradores de
impostos, vendedores, mecânicos, serralheiros, se trocassemos de profissão sem
o devido aperfeiçoamento que seria destas profissões? Um desastre não é mesmo?
Da mesma forma não somos nós quem mudamos ou fazemos é o Deus de braços
abertos.
1
- Abraão o Pai na Fé:
Comecemos por Abraão,
apesar de ter sido elogiado por Paulo devido sua fé, este pai de multidões, não
esteve sem a sua debilidade, ele tinha uma língua embusteira que não podia
controlar! Em uma ocasião, para salvar seu próprio pescoço, deixou soltar esta perolas
: “Diga que você é minha irmã”, ao falar pra Sara sobre seus medos, não era o
zelo familiar e sim o zelo pessoal. Por
duas vezes traficou sua integridade.
Você
poderia construir sua fé sobre esta classe de líder?
Deus sim, é que Deus toma
o bom de cada um de nós e perdoa os nossos erros, Deus usou Abraão para ensinar
a fé.
2
– Moisés o Legislador:
Definitivamente um dos
maiores nomes da historia de Israel, porem até os oitenta anos parecia que não
sairia muito além do que era. UM PRINCIPE CONVERTIDO EM UM FORAGIDO.
Realmente
você escolheria um assassino foragido para te ensinar de lei? Acredito que não.
Deus,
sim, ele chama o foragido e lhe entrega os 10 mandamentos, e em cada canto da
terra que Moisés se escondeu, Deus o chamou, dos prados quando cuidava das
ovelhas, no deserto com a sarça, Deus havia escolhido Moisés para legislar.
Assustado o velho Moisés imediatamente tirou as sandálias com o rosto em terra
fez a pergunta transformadora QUEM SOU EU SENHOR? Desta forma Moisés tornou-se
protagonista de uma grande libertação
3 – Davi um homem segundo
o coração de Deus:
O
rei em uma certa tarde entediado resolve olhar pela janela, uma linda mulher se
banhando foi o suficiente para que o estimado rei cometesse adultério e também
assassinato, não seria bem o tipo de pessoa que você diria é segundo o coração
de Deus. Seu espirito arrependido e
também sua forma de adoração tocavam o mestre.
Realmente
você seria súdito de um adultero e assassino? Com certeza não
Porem, Deus o escolheu,
não escolheu o pecado, não escolheu a maldição que recaiu o adorador, porem,
escolheu a ação de arrependimento, a ação de devoção.
4
– Jonas o profeta:
Logo vem Jonas o profeta,
ministro do Deus Eterno, porem, Jonas tinha outras ideias, ele não desejava ir
a malvada cidade de Nínive, ele queria ir para Tarsis, desceu, pagou sua
passagem, desceu ao porão e dormiu. Não seria mais fácil o peixe ter devorado a
Jonas? Não seria melhor se tudo houvesse acabado ali, pois ficou estampado a
independência e rebeldia de Jonas.
Você
ouviria uma mensagem profética de um rebelde? Com certeza não
Porem,
Deus escolheu o profeta Jonas para ministrar a salvação.
E
seguem e seguem as histórias. Elias o profeta mal humorado e presunçoso,
Salomão o rei que sabia de tudo, Jacó o vendedor astuto, Gomer a prostituta,
Sara a mulher que duvidou de Deus.
Uma
historia pós a outra e Deus seguia usando apenas o melhor de cada um, e
deixando o pior de cada um deles, até mesmo na genealogia de Jesus houveram
pessoas de atitudes questionáveis como Tamar a adultera, Raabe a prostituta.
Ao
encerrarmos esta mensagem o que nos fica marcado é que os pecadores sempre
existiram e sempre existirão até a volta de Cristo, e nenhum pecador pode
salvar o homem apenas o Deus com seus braços abertos.
Ao
perceber que cada destes lideres poderiam acrescentar a vida cristã, porem, não
poderiam forjar a mentalidade cristã, isto era outra coisa, Deus manifesta-se
em carne.
Pessoas
e não santos, nem super homens ou gênios, porem, pessoas. Ladrões, bajuladores,
amantes, mentirosos. Ele usa a todos. E o que faltar em perfeição, Deus lhes
dará em amor.
Mais
tarde, jesus resumiu o amor de Deus com uma parábola, e contou que um jovem
decidiu que a vida da fazenda era muito rotineira para seus gostos e
aspirações, ele precisava de algo mais, assim
que, com o dinheiro da herança recebida, foi embora para encontrar a
grande historia da sua vida, porem, o que ele encontrou foram vagabundos,
falsos amigos, e uma linha interminável de desempregados, quando havia chegado
ao extremo ao ponto de colocar sua vida junto de um porco, engoliu o orgulho,
colocou as mãos nos seus bolsos vazios e começou a comprida viagem de volta a
casa. Durante todo o caminho estava repassando as palavras planejadas que iria
dizer ao seu velho pai. Ele nunca as usou, nunca pode falar porque justamente
quando chegava no ponto alto da colina, seu pai, que já o estava esperando. As
palavras de desculpas do jovem foram rapidamente apagadas pelas palavras de
perdão do seu pai. E o corpo fatigado do jovem caiu nos braços abertos do pai.
Os
mesmos braços abertos que lhes deram boas vindas foram que receberam a Abraão
nos carvalhais de Manre, a Moisés no monte Sinai, Davi nos prados com as
ovelhas, Jonas no ventre do grande peixe.
Nada
de dedos acusadores, nada de punhos fechados, nada de “EU TE DISSE”, ou de
“ONDE VOCE ESTAVA?” nenhuma destas perguntas. Nada de braços cruzados, não
somente os braços abertos do meu salvador.
O que
nenhum homem ousou a sonhar.
Os
braços abertos do homem da cruz, os heróis espelham uma sociedade. Para
entender um país é necessário analisar seus heróis. Reverenciamos aqueles que
personificam nossos sonhos — os contraventores levantam um brinde ao bandido,
os escravos admiram o libertador e os membros de uma seita exaltam o líder. O
fraco notabiliza o forte, e o oprimido reverencia o corajoso.
O
resultado é uma galeria de heróis mundiais em posições tão antagônicas quanto
JosefStalin em relação a Florence Nightingale, Peter Pan em relação a George
Patton e Mark Twain em relação a Madre Teresa. Cada um deles é um capítulo do
livro chamado povo.
Criamos
inúmeros heróis: do rei Arthur a Kennedy; de Lincoln a Lindbergh; de Sócrates a
Papai Noel e ao Superman. Esforçamo-nos ao máximo, damos-lhes todo o crédito
possível, força sobrenatural e, por um breve momento de glória, temos o nosso
tão sonhado herói — o rei que pode resgatar Camelot. Mas de repente a verdade
aparece e a realidade emerge em meio à ficção, deixando exposto o interior da
armadura. Percebemos, então, que os heróis, por mais maravilhosos que tenham
sido, por mais valentes que tenham sido, foram produzidos em uma sociedade
deturpada, a mesma em que você e eu vivemos.
Exceto
um. Houve um que disse ter vindo de um lugar diferente. Houve um que, embora
tendo a aparência humana, disse ter vindo de Deus. Houve um que, apesar de ter
as feições de um judeu, estampava a imagem do Criador.
Aqueles
que o viram — que o conheceram pessoalmente — sabiam que havia algo diferente
nele. A um toque de sua mão, os cegos enxergavam. A um comando seu, os
paralíticos andavam. A um abraço seu, as vidas vazias enchiam-se de sonhos.
Ele
saciou a fome de milhares de pessoas com um cesto de alimentos. Acalmou a
tempestade com uma ordem. Ressuscitou os mortos com uma palavra. Transformou
vidas com um pedido. Mudou o rumo da história do mundo, morou em um país,
nasceu em uma manjedoura e morreu no alto de uma colina.
Durante
sua última semana de vida, ele resumiu suas afirmações em uma pergunta. Ao
falar de si mesmo, perguntou a seus discípulos: "Que pensais vós do
Cristo? de quem é filho?'"
Pergunta
perspicaz. Pergunta muito bem colocada. O "que" é respondido pelo
"quem". "Que pensais vós do Cristo" está implícito em
"de quem é filho". Observe que Jesus não perguntou: "Que pensais
vós do Cristo e de seus ensinamentos?" nem "Que pensais vós do Cristo
e de suas opiniões sobre questões sociais?" nem "Que pensais vós do
Cristo e de seu dom de liderar o povo?"
Após
três anos de ministério, centenas de quilômetros percorridos, milhares de
milagres, inúmeros ensinamentos, Jesus pergunta: "Quem?" Jesus
convida o povo a refletir, não sobre o que ele fez mas sobre quem ele é.
Esta
é a pergunta fundamental de Cristo: De quem ele é filho?
É
o filho de Deus ou a totalização de nossos sonhos? E a força da criação ou o
resultado de nossa imaginação?
Quando
fazemos essa pergunta em relação a Papai Noel, diríamos que ele é o ponto alto
de nossos desejos. Uma representação pictórica de nossos mais belos sonhos.
A
mesma resposta não se aplica a Jesus. Porque ninguém poderia sequer sonhar com
a existência de alguém tão incrível quanto ele. A idéia de que uma virgem seria
escolhida por Deus para trazê-lo ao mundo... A noção de que Deus o dotaria de
cabelos, dedos e dois olhos... O pensamento de que o Rei do universo seria
capaz de espirrar, e ser picado por mosquitos... E incrível demais.
Revolucionário demais. Jamais criaríamos um Salvador assim. Não teríamos tal
ousadia.
Quando
criamos um redentor, fazemos questão de deixá-lo protegido em um castelo bem
distante. Permitimos apenas que ele passe muito rápido perto de nós. Permitimos
que ele apareça e desapareça rapidamente em seu trenó sem termos a
oportunidade de um encontro mais prolongado. Não lhe pediríamos que viesse
morar no meio de um povo corrompido. Em nossos mais tresloucados sonhos jamais
imaginaríamos criar um rei igual a qualquer um de nós.
Mas
Deus se manifestou em carne quem de nós ousaríamos sonhar que aqueles braços
abertos no calvário, aquele sangue sendo derramado, aquele olhar terno de amor
serveria para refletirmos sobre aquela dia no calvário.
Deus
Fez-se homem para que pudéssemos confiar nele. Sacrificou-se para que
pudéssemos conhecê-lo. E venceu a morte para que pudéssemos segui-lo.
Isso
desafia a lógica. Uma incredibilidade sacrossanta. Só um Deus infinitamente
superior a regras e sistemas poderia idealizar um plano tão absurdo quanto
esse. Contudo, é a própria impossibilidade de tudo isso que o torna possível. A
insensatez da história é sua maior testemunha.
Porque
só um Deus poderia idealizar essa insensatez. Só um Criador infinitamente
superior aos limites da lógica poderia oferecer tamanho dom de amor.
O
que o homem não pode fazer, Deus faz.
Portanto,
antes de considerar-se improprio para o uso, lembre-se que Ele esteve aqui,
despojou-se de toda sua honra para que você pudesse compreender que Ele, Jesus,
é muito mais que um carpinteiro, muito mais que um marginal recebendo um
castigo era Deus de braços abertos, e ainda hoje está assim com os braços
abertos para você o receber neste exato momento os braços abertos do Criador
estão te esperando, não com acusações ou condenações mais sim com perdão e graça,
salvação para nós, aquela cruz poderia nos inspirar a muitas coisas, porem,
gostaria que olhássemos uma vez mais e víssemos apenas os braços abertos do
salvador que me ama mesmo sendo tão ruim e incapaz, Ele está pronto para nos
fortalecer quando não há forças.
Olhe
o perdão nestes braços abertos e receba sobre a sua vida, anime-se pois o
proposito dos braços abertos na cruz romana apontavam um braço estendido para
atrás na historia, e o outro alcançando o futuro. Um braço de perdão oferecido
a todo o que vier até ele. como uma galinha abraçando seus pintinhos, como um
pai abraçando seu filho no retorno ao lar, como um redentor redimindo o mundo,
com razão o Deus da cruz tomou o nome de Jesus, aquele que veio pra salvar.
Atte
Pr.Dr. Wagner Teruel
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