Pegando
a Toalha!
“...Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás
os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo...”
(Jô.13:8ARC)
Um tema importante e polemico ao mesmo
tempo, é necessário entendermos porem alguns pontos para que possamos decidir o
que fazermos.
Primeiro ponto é uma questão regional: a questão do lava-pés era uma questão regional, ou seja, devido ao clima,
amabilidade, hospitalidade, entre outras coisas, é necessário entendermos se o
assunto do lava-pés não é um assunto de salvação e sim de rituais, isto quer
dizer que até podemos participar de santa ceia, com lava-pés, se tomarmos por
base de que o lava–pés é para que o homem seja salvo a partir daí temos um
problema, pois a Bíblia não nos ensina que o homem tem que lavar os pés para
sermos salvos. Pois neste ponto, é onde ocorre os maiores problemas, pois
ninguém se salva por lavar os pés, mais o homem se condena se levar este tema
como tema de salvação. Falando um pouco mais da regionalização, devemos ter em
conta que as viagens eram realizadas a pé e não de carro com ar condicionado
como hoje, não existia sapatos fechados como hoje e sim alpargatas mesmo por
causa do calor, os pés ficavam imundos e daí a necessidade da cultura,o que
para nos é como o cafezinho quando a visita chega em casa, assim era o uso do
lava pés
Segundo ponto eram escravos os ministros do lava-pés: devemos saber que os que ministravam o lava-pés eram os escravos, e não
os senhores donos da casa. E isto nos da uma conotação, de que precisamos entender
que o evangelho é para libertação e não para a escravidão (Jô.8:32). Neste
caso, devemos então pensar que os que praticam o lava-pés (os ministros) eram
escravos, a conduta de lavadores de pés era conduta de escravos, isto nos diz,
que Jesus tornou-se escravo para que eu fosse livre.
Terceiro ponto é uma doutrina católica: o catolicismo é o berço do cristianismo (apesar de muitos não
concordarem), foi do catolicismo que se propagou a doutrina da
transubstanciação que indica que no momento da oração e santificação o pão se
transforma em carne e o vinho em sangue (o que isto não é verdade) pão é pão e
vinho é vinho fazemos isto em memória (lembrança) e não como transformação,
muitas igrejas adotam esta doutrina católica como tal. Veja este texto católico:
Uso civil
O lava-pés era muito usado no tempo de Jesus e até mesmo antes do seu nascimento. Era um trabalho humilde, feito por escravos, que consistia em lavar os pés dos patrões da casa e daqueles que chegavam de viagem. Não raro, esse trabalho era considerado humilhante a ponto de ser designado como castigo a algumas pessoas que cometiam algum delito legal.
Jesus,
ao realizar este gesto, coloca-se como escravo, o que fez Pedro reagir diante
de Jesus não querendo admitir, de modo algum, que o Mestre se rebaixasse como
escravo diante dele. Olhando o conceito que as pessoas, do tempo de Jesus,
tinham desse gesto do lava-pés, compreendemos o alcance e o significado
do gesto de Jesus. O lava-pés era muito usado no tempo de Jesus e até mesmo antes do seu nascimento. Era um trabalho humilde, feito por escravos, que consistia em lavar os pés dos patrões da casa e daqueles que chegavam de viagem. Não raro, esse trabalho era considerado humilhante a ponto de ser designado como castigo a algumas pessoas que cometiam algum delito legal.
Nome antigo
O antigo nome do rito do lava-pés era "mandatum", tirada da palavra inicial da antífona que acompanhava o rito, cantada em latim: "mandatum novum do vobis..." ("Dou-vos um novo mandamento), quase que como decorrência do gesto que Jesus acabara de realizar.
Notícias históricas
O rito do lava-pés, na liturgia, é conhecido desde a mais remota antiguidade e foi pratica por Papas, bispos e sacerdotes de todas as épocas. Também imperadores e reis praticaram o lava-pés como sinal de serviço aos seus súditos. Os monges, que recebiam peregrinos em seus mosteiros, acolhiam-lhes com ósculo da paz e lavando-lhes os pés, para demonstrar que estavam a serviço do hóspede. Desde o século IV conhece-se o rito do lava-pés no Ocidente, com exceção de Roma.
O 17º Concílio de Toledo, na Espanha, no ano de 694, prescreveu que o lava-pés deveria ser realizado em todas as igrejas do mundo inteiro, na quinta-feira santa para imitar o gesto de Jesus. Para aqueles padres que se recusavam realizar o rito haviam severas penas eclesiásticas. Contudo, o rito estava reservado para as catedrais e basílicas e, mais tarde é que foi permitido ser realizado em todas as igrejas.
Em Roma, o gesto do lava-pés na quinta-feira santa generalizou-se a partir do Século XI. O Missal de Pio V (1563) coloca o lava-pés no final da missa. A rubrica assim orientava: "Post desnudationem altarium, hora competenti facto signo cum tabula, conveniunt clerici ad faciendum mandatum (...)" Foi em 1955, com a reforma da Semana Santa, que o rito do lava-pés passou ser feito depois da homilia, como é feito atualmente.
Uma curiosidade diz respeito daqueles que teriam seus pés lavados, na Idade Média e até recentemente. Deveriam ser pobres. Em alguns países eram 12 homens que representavam os 12 apóstolos de Jesus Cristo. Em outros países eram 13, como acontecia em Roma, e como perdurou até a Reforma da Semana Santa, em 1955. O número de 13 pessoas tinha duas explicações: antigamente, realizavam-se dois lava-pés; um em comemoração do lava-pés que fez Madalena, quando lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e o outro, recordando o gesto de Jesus, ao lavar os pés dos seus apóstolos. Como o primeiro gesto foi suprimido, aquele que representava Jesus passou a tomar parte do lava-pés dos apóstolos, totalizando 13 pessoas. A segunda explicação é atribuída ao Papa Bento XIV que contava que um dia o Papa Gregório Magno, ao lavar os pés de 12 pobres, ao chegar no 12º notou que tinha mais um; era um anjo e, para recordar este fato, desde então conservou-se o número 13 até o século XX.
Celebração em nossos dias
Atualmente, o rito do lava-pés, como é chamado, é muito simples e até mesmo facultativo. Não existe mais a obrigatoriedade, que havia antigamente, de que somente homens representem a comunidade ou os apóstolos. Também mulheres e crianças, hoje, tomam parte desse rito. Outra característica, as vezes descuidada, é que este rito não é uma encenação dentro da missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou padre que lava os pés de algumas pessoas da comunidade está imitando Jesus no gesto, mas não como teatro; ao contrário, como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus. Não há necessidade, pois, que as pessoas venham vestidos de apóstolos, mesmo porque, o missal não determina quantas pessoas deverão ter os pés lavados ao dizer: "viri selecti deducuntur..." ("os homens escolhidos são levados...").
O rito atual
acontece depois da homilia quando o sacerdote, retirando a casula, cinge-se com
um avental e lava os pés daqueles representantes da comunidade
Quarto ponto o que Jesus disse a Pedro: é interessante notarmos que existem ai dois pontos de pensamento um que
trata de comunhão o outro aquele que trata de salvação
1 – a comunhão: está expressada no fato de que Jesus
disse a Pedro se eu não lavar os seus pés você não pode ter parte comigo (ARC)
na NTLH diz você não pode ser meu discipulo, isto quer dizer que para andarmos
juntos devemos, pensar e agir igual, atuarmos como se fossemos um. Quando o
homem age por sua conta própria, não pode ser discípulo de Cristo, o Evangelho
que Cristo anunciava implicava em escravidão para Cristo e libertação para os
discípulos, esta era a comunhão que Cristo estava ensinando, esta era a forma
que Cristo estava mostrando para os discípulos, não era salvação, não era
libertação de mente e sim COMUNHAO.
A comunhão que Cristo pretende com o cristianismo era que pudéssemos entrar
diante dEle com ousadia, vemos isto no momento da crucificação, que rasga-se o
véu para termos livre acesso ao santo dos santos. Isto é comunhão, qualquer outra
visão da celebração do lava-pés é apenas incoerente, pois veremos agora dentro
do mesmo contexto a salvação.
2 – a salvação: Pedro entendia que o ritual de lavar
os pés era uma humilhação para Cristo, e, portanto diz não me lavaras, outro
pensamento que teve Pedro, era a questão da salvação, a mesma questão que o
povo vive hoje pensando também que a celebração é para a salvação. No momento
em que Cristo afirma que se eu não lavar os pés você não terá parte comigo,
isto apresenta que seria para a salvação, mais Jesus estava tratando de
comunhão, quando Pedro entende isto diz, não me lavaras apenas as mãos mais
todo meu corpo (salvação) Jesus afirma que “...Disse-lhe
Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais
todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos...” (Jô.13:8ARC)
isto tratava apenas de salvação, quando disse vos estais limpo.
A questão do lava-pés é uma situação
que tem que ser vista de pontos teológicos e não apenas de ponto de vista
pessoal e isto nos levara a entendermos melhor o assunto.
Na vontade de ter servido aos santos.
Pr.Wagner Teruel
Phd.Db.Dee.Thb.Lic
Efesios 5:26; Tito 3:5
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