terça-feira, 23 de junho de 2015

Primeiro Capitulo do Livro OSEIAS MAIS QUE UM PADEIRO


Quem foi o profeta Oséias?

Oséias muito mais que um padeiro, um grande profeta, mais um homem que sem duvida nos dará uma lição de amor, de perdão, de serviço a Deus e muito mais. Nosso livro tem por titulo Oséias, mais que um simples padeiro, tenho certeza de que iremos aprender muito com ele, mais deixe pra tomar esta decisão só ao termino da sua leitura ok.
Oséias (significa Javé salva, salvação) era de família de importância. O fato de ter mencionado o nome do pai no livro, significa que ele pertencia à aristocracia - PALAVRA do SENHOR, que foi dirigida a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel (Os. 1. 1). Ele fora contemporâneo de Isaias, Miquéias e Amós.
O profeta era um homem misericordioso, sensível e terno. Não era de caráter áspero e severo como alguns profetas. A sensibilidade aguçada com o estado de pecado dos seus patrícios e sua suscetibilidade em relação ao coração misericordioso de Deus fizera de Oséias, a pessoa certa para operar esse complicado ministério. Percebe-se que o mesmo recebera uma boa educação, que se manifestou num domínio de assuntos religiosos e históricos.
De acordo com a tradição judaica, Oséias nasceu em Bete-Semes, que pertencia a tribo de Issacar. Segundo os eruditos, o livro fora escrito num dialeto difícil da região norte, desconhecido para a maioria dos escribas. A partir desta verdade, muitas cópias de livros se corromperam. O livro foi dividido em duas partes: as parábolas (caps. 1-3) e as profecias (caps. 4-14).
Acredita-se que ele fora um padeiro. Ele faz uma ilustração, a partir do oficio de padeiro, que alguns pensam que essa fosse sua atividade - Todos eles são adúlteros; são semelhantes ao forno aceso pelo padeiro, que cessa de mexer nas brasas, depois que amassou a massa, até que seja levedada (Os. 7.4).
Alguns estudiosos defendem que ele era sacerdote, pois demonstra um conhecimento grande dos deveres dos sacerdotes - OUVI isto, ó sacerdotes, e escutai, ó casa de Israel, e dai ouvidos, ó casa do rei, porque contra vós se dirige este juízo, visto que fostes um laço para Mizpá, e rede estendida sobre o Tabor (Os. 5.1). Como as hordas de salteadores que esperam alguns, assim é a companhia dos sacerdotes que matam no caminho num mesmo consenso; sim, eles cometem abominações (Os. 6.9). A mensagem do profeta perturbava o povo, as autoridades e os sacerdotes. Os sacerdotes estavam deixando a deseja sobre o exercício de orientadores e formadores do povo na Palavra do Senhor.
Oséias era um homem observador e conhecedor de vários assuntos, como os bastidores palacianos, questões politicas interna e externa. Como se percebe era articulador e engajado com as coisas relacionadas com o povo e a nação. Bombardeava o uso da política como antidoto para resolver as infecções espirituais da nação e não a Lei. Fora um profeta politico que exigia nas suas exortações uma administração pública justa.
Foi levantado por Deus para profetizar sobre o pecado da nação, o castigo de Deus, o amor do Senhor e a restauração da nação. Ele atua com profeta pouco depois de Amós. Dos profetas, somente ele morou em Israel, que escrevera um livro. Condenou os mesmo pecados apontados por Amós. Seus discípulos anotaram todas suas profecias transformando-as num livro.
Os temas abordados pelo profeta foram: o pecado da nação, necessidade de arrependimento, condenação imediata, o fim da dinastia de Jeú, a ameaça Assíria, o abandono da idolatria e o grande amor de Deus.
A mensagem do profeta era bem simples, contudo poderosa. Uma das profecias era sobre a possibilidade do cancelamento do pacto, que o Senhor fizera com Israel. Os assírios seriam o instrumento e punição usada para corrigir os israelitas. Começara seu ministério profético no final da gestão de Jeroboão II, terminou no começo do governo de Ezequias.
A vida pessoal do profeta foi usada como argumentação condenatória. Ele casou como uma prostituta/sacerdotisa (por ordem divina) adoradora de Astarote (deusa da fertilidade), chamada Gômer. Era prostituta renomada em Israel, pois o nome do pai é mencionado - Foi, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim [...] (Os. 1.3). Somente a partir da experiência de infidelidade praticada pela esposa, o profeta poderia sentir o que Deus sentia. Ele sentiu a ferroada da traição como o Senhor sentiu (linguagem antropomórfica). Oséias tinha a incumbência de demonstra amor a sua esposa, que era o tipo de amor que Senhor sentia por Israel - E O SENHOR me disse: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu amigo, contudo adúltera, como o SENHOR ama os filhos de Israel, embora eles olhem para outros deuses, e amem os bolos de uvas (Os. 3.1).
Nas suas comparações, Israel era como um filho pródigo (gastador), que gastara a heranças do pai com festas, prostitutas e orgias. Semelhante à parábola do filho gastador (pródigo) em Lucas 15. 11-32.
A prosperidade material levou o declínio da moralidade e espiritualidade. O pouco investimento na área militar (por causa das ausências de guerra) contribuiu para multiplicar as riquezas materiais. O luxo se tornara comum, os israelitas viviam regaladamente e despreocupados. Cresceu também os cultos aos deuses cananeus. O comercio em tempo de paz se desenvolveu fortemente em Israel. Por fim, o alcoolismo, as orgias sexuais, completa a lista de perversidade que o povo cometia, que surgiram após a prosperidade da nação. A nação vivenciara um período de paz, prosperidade e abundância.
A vida pessoal do arauto de Deus casado com uma adultera e filhos bastardos, revelava a realidade das iniquidades do povo. Sua vida fora usada como ilustração do dia a dia em Israel. Segundo o costume da época, dava-se o nome aos filhos de acordo com as circunstancias do nascimento. O primeiro filho recebeu o nome de Jezreel (Deus semeia), para reportar a atrocidade que o rei Jéu cometera em nome de baal (idolatria). A filha fora nomeada de Lo-Ruhama (não-amada) elucidando a situação do povo diante de Deus, devido ao pecados. O último recebera o nome de Lo-Ami (não-meu-povo), pois o Senhor já não considerava Israel como povo seu. Contudo está situação poderia ser mudada pelo arrependimento em massa - E semeá-la-ei para mim na terra, e compadecer-me-ei dela que não obteve misericórdia; e eu direi àquele que não era meu povo: Tu és meu povo; e ele dirá: Tu és meu Deus! (Os. 2.23).
Oséias condenava a escolha dos reis em Israel, a qual não tinha aprovação do Senhor. O povo escolhia somente como reis, os idólatras e liberais - Eles fizeram reis, mas não por mim; constituíram príncipes, mas eu não o soube; da sua prata e do seu ouro fizeram ídolos para si, para serem destruídos. O teu bezerro, ó Samaria, te rejeitou; a minha ira se acendeu contra eles; até quando serão eles incapazes da inocência? (Os. 8.4,5).
Os israelitas pensavam que podiam conseguir o amor por meio de dinheiro - Porque subiram à Assíria, como um jumento montês, por si só; Efraim mercou amores (Os. 8.9). Estavam fantasiando amores - Porque sua mãe se prostituiu; aquela que os concebeu houve-se torpemente, porque diz: Irei atrás de meus amantes, que me dão o meu pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas (Os. 2.5). No entanto já havia provado o amor de Deus - QUANDO Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho (Os. 11.1).
Percebe-se em Oséias um embrião da doutrina da graça (favor imerecido) a qual é explícita no Novo Testamento. Deus queria a restauração da nação, como quer a restauração da humanidade. Com este desejo de reparar, o Senhor sempre dá a iniciativa, como deu com os profetas e agora com Cristo (graça significa iniciativa divina).
Oséias encerrou seu livro com promessas de perdão para os arrependidos, fundamentado no imenso amor de Deus.

Um comentário:

Eliane disse...

Paz pastor o livro vai ser uma bênção.....Deus abençoe .