Quem
foi o profeta Oséias?
Oséias muito mais que um
padeiro, um grande profeta, mais um homem que sem duvida nos dará uma lição de
amor, de perdão, de serviço a Deus e muito mais. Nosso livro tem por titulo
Oséias, mais que um simples padeiro, tenho certeza de que iremos aprender muito
com ele, mais deixe pra tomar esta decisão só ao termino da sua leitura ok.
Oséias (significa Javé
salva, salvação) era de família de importância. O fato de ter mencionado o nome
do pai no livro, significa que ele pertencia à aristocracia - PALAVRA do SENHOR,
que foi dirigida a Oséias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz,
Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel
(Os. 1. 1). Ele fora contemporâneo de Isaias, Miquéias e Amós.
O profeta era um homem
misericordioso, sensível e terno. Não era de caráter áspero e severo como
alguns profetas. A sensibilidade aguçada com o estado de pecado dos seus
patrícios e sua suscetibilidade em relação ao coração misericordioso de Deus
fizera de Oséias, a pessoa certa para operar esse complicado ministério.
Percebe-se que o mesmo recebera uma boa educação, que se manifestou num domínio
de assuntos religiosos e históricos.
De acordo com a tradição
judaica, Oséias nasceu em Bete-Semes, que pertencia a tribo de Issacar. Segundo
os eruditos, o livro fora escrito num dialeto difícil da região norte,
desconhecido para a maioria dos escribas. A partir desta verdade, muitas cópias
de livros se corromperam. O livro foi dividido em duas partes: as parábolas
(caps. 1-3) e as profecias (caps. 4-14).
Acredita-se que ele fora um
padeiro. Ele faz uma ilustração, a partir do oficio de padeiro, que alguns
pensam que essa fosse sua atividade - Todos eles são adúlteros; são semelhantes
ao forno aceso pelo padeiro, que cessa de mexer nas brasas, depois que amassou
a massa, até que seja levedada (Os. 7.4).
Alguns estudiosos defendem
que ele era sacerdote, pois demonstra um conhecimento grande dos deveres dos
sacerdotes - OUVI isto, ó sacerdotes, e escutai, ó casa de Israel, e dai
ouvidos, ó casa do rei, porque contra vós se dirige este juízo, visto que
fostes um laço para Mizpá, e rede estendida sobre o Tabor (Os. 5.1). Como as
hordas de salteadores que esperam alguns, assim é a companhia dos sacerdotes
que matam no caminho num mesmo consenso; sim, eles cometem abominações (Os.
6.9). A mensagem do profeta perturbava o povo, as autoridades e os sacerdotes.
Os sacerdotes estavam deixando a deseja sobre o exercício de orientadores e
formadores do povo na Palavra do Senhor.
Oséias era um homem
observador e conhecedor de vários assuntos, como os bastidores palacianos,
questões politicas interna e externa. Como se percebe era articulador e
engajado com as coisas relacionadas com o povo e a nação. Bombardeava o uso da
política como antidoto para resolver as infecções espirituais da nação e não a
Lei. Fora um profeta politico que exigia nas suas exortações uma administração
pública justa.
Foi levantado por Deus para
profetizar sobre o pecado da nação, o castigo de Deus, o amor do Senhor e a
restauração da nação. Ele atua com profeta pouco depois de Amós. Dos profetas,
somente ele morou em Israel, que escrevera um livro. Condenou os mesmo pecados
apontados por Amós. Seus discípulos anotaram todas suas profecias
transformando-as num livro.
Os temas abordados pelo profeta
foram: o pecado da nação, necessidade de arrependimento, condenação imediata, o
fim da dinastia de Jeú, a ameaça Assíria, o abandono da idolatria e o grande
amor de Deus.
A mensagem do profeta era
bem simples, contudo poderosa. Uma das profecias era sobre a possibilidade do
cancelamento do pacto, que o Senhor fizera com Israel. Os assírios seriam o
instrumento e punição usada para corrigir os israelitas. Começara seu
ministério profético no final da gestão de Jeroboão II, terminou no começo do
governo de Ezequias.
A vida pessoal do profeta
foi usada como argumentação condenatória. Ele casou como uma
prostituta/sacerdotisa (por ordem divina) adoradora de Astarote (deusa da
fertilidade), chamada Gômer. Era prostituta renomada em Israel, pois o nome do
pai é mencionado - Foi, pois, e tomou a Gômer, filha de Diblaim [...] (Os.
1.3). Somente a partir da experiência de infidelidade praticada pela esposa, o
profeta poderia sentir o que Deus sentia. Ele sentiu a ferroada da traição como
o Senhor sentiu (linguagem antropomórfica). Oséias tinha a incumbência de
demonstra amor a sua esposa, que era o tipo de amor que Senhor sentia por
Israel - E O SENHOR me disse: Vai outra vez, ama uma mulher, amada de seu
amigo, contudo adúltera, como o SENHOR ama os filhos de Israel, embora eles
olhem para outros deuses, e amem os bolos de uvas (Os. 3.1).
Nas suas comparações, Israel
era como um filho pródigo (gastador), que gastara a heranças do pai com festas,
prostitutas e orgias. Semelhante à parábola do filho gastador (pródigo) em
Lucas 15. 11-32.
A prosperidade material
levou o declínio da moralidade e espiritualidade. O pouco investimento na área
militar (por causa das ausências de guerra) contribuiu para multiplicar as
riquezas materiais. O luxo se tornara comum, os israelitas viviam regaladamente
e despreocupados. Cresceu também os cultos aos deuses cananeus. O comercio em
tempo de paz se desenvolveu fortemente em Israel. Por fim, o alcoolismo, as
orgias sexuais, completa a lista de perversidade que o povo cometia, que surgiram
após a prosperidade da nação. A nação vivenciara um período de paz,
prosperidade e abundância.
A vida pessoal do arauto de
Deus casado com uma adultera e filhos bastardos, revelava a realidade das
iniquidades do povo. Sua vida fora usada como ilustração do dia a dia em
Israel. Segundo o costume da época, dava-se o nome aos filhos de acordo com as
circunstancias do nascimento. O primeiro filho recebeu o nome de Jezreel (Deus
semeia), para reportar a atrocidade que o rei Jéu cometera em nome de baal (idolatria).
A filha fora nomeada de Lo-Ruhama (não-amada) elucidando a situação do povo
diante de Deus, devido ao pecados. O último recebera o nome de Lo-Ami
(não-meu-povo), pois o Senhor já não considerava Israel como povo seu. Contudo
está situação poderia ser mudada pelo arrependimento em massa - E semeá-la-ei
para mim na terra, e compadecer-me-ei dela que não obteve misericórdia; e eu
direi àquele que não era meu povo: Tu és meu povo; e ele dirá: Tu és meu Deus!
(Os. 2.23).
Oséias condenava a escolha
dos reis em Israel, a qual não tinha aprovação do Senhor. O povo escolhia
somente como reis, os idólatras e liberais - Eles fizeram reis, mas não por
mim; constituíram príncipes, mas eu não o soube; da sua prata e do seu ouro
fizeram ídolos para si, para serem destruídos. O teu bezerro, ó Samaria, te
rejeitou; a minha ira se acendeu contra eles; até quando serão eles incapazes
da inocência? (Os. 8.4,5).
Os israelitas pensavam que
podiam conseguir o amor por meio de dinheiro - Porque subiram à Assíria, como
um jumento montês, por si só; Efraim mercou amores (Os. 8.9). Estavam
fantasiando amores - Porque sua mãe se prostituiu; aquela que os concebeu
houve-se torpemente, porque diz: Irei atrás de meus amantes, que me dão o meu
pão e a minha água, a minha lã e o meu linho, o meu óleo e as minhas bebidas
(Os. 2.5). No entanto já havia provado o amor de Deus - QUANDO Israel era
menino, eu o amei; e do Egito chamei a meu filho (Os. 11.1).
Percebe-se em Oséias um
embrião da doutrina da graça (favor imerecido) a qual é explícita no Novo
Testamento. Deus queria a restauração da nação, como quer a restauração da
humanidade. Com este desejo de reparar, o Senhor sempre dá a iniciativa, como
deu com os profetas e agora com Cristo (graça significa iniciativa divina).
Oséias encerrou seu livro
com promessas de perdão para os arrependidos, fundamentado no imenso amor de
Deus.
Um comentário:
Paz pastor o livro vai ser uma bênção.....Deus abençoe .
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