O Reino Milenar
de Jesus Cristo
“...Vi descer do céu um anjo que trazia na mão a chave do
abismo e uma grande corrente; Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o
diabo, Satanás, e o acorrentou por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e pôs
um selo sobre ele, para assim impedi-lo de enganar as nações até que
terminassem os mil anos. Depois disso, é necessário que ele seja solto por um
pouco de tempo; Vi tronos em que se assentaram aqueles a quem havia sido dada
autoridade para julgar. Vi as almas dos que foram decapitados por causa do
testemunho de Jesus e da palavra de Deus. Eles não tinham adorado a besta nem a
sua imagem, e não tinham recebido a sua marca na testa nem nas mãos. Eles
ressuscitaram e reinaram com Cristo durante mil anos; (O restante dos mortos
não voltou a viver até se completarem os mil anos) Esta é a primeira
ressurreição; Felizes e santos os que participam da primeira ressurreição! A
segunda morte não tem poder sobre eles; serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e
reinarão com ele durante mil anos; Quando terminarem os mil anos, Satanás será
solto da sua prisão e sairá para enganar as nações que estão nos quatro cantos
da terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a batalha; Seu número é como
a areia do mar; As nações marcharam por toda a superfície da terra e cercaram o
acampamento dos santos, a cidade amada; mas um fogo desceu do céu e as
devorou...” (Ap.20:1-9 NVI).
Este pequeno estudo não pretende cobrir
tudo que é tratado na Palavra de Deus sobre o milênio. Visa, tão-somente, dar
instrução clara e objetiva de alguns pormenores deste maravilhoso tema.
Infelizmente, os cristãos de hoje, em
nossas Igrejas, sabem pouco sobre o Reino Milenar de Cristo nesta terra. Uma
era futura, onde se cumprirá as promessas de Deus referente as alianças
firmadas por Ele no decorrer da história bíblica.
Vamos analisar os aspectos mais
essenciais da doutrina:
O Reino Milenar é o cumprimento das
Alianças Divinas
O estabelecimento do reino milenar de
Cristo se torna indispensável, porque somente assim, haverá o cumprimento de
todas as alianças feitas por Deus com Israel. Uma aliança é um pacto, um
acordo. E Deus fez vários pactos, acordos com a nação de Israel, nas quais, Ele
próprio Se obrigou a cumpri-los, independente do homem obedecer a Deus ou não.
Quatro são as alianças incondicionais de Deus para com a nação de Israel:
Quatro são as alianças incondicionais de Deus para com a nação de Israel:
Aliança
Abraâmica (Gênesis 12.1-3) – nesta aliança Deus
promete fazer de Abraão uma grande nação; esta nação teria a posse da terra;
receberiam as bênçãos universais de Deus e através deles, se estenderiam a toda
a nação esta mesma bênção por intermédio de Jesus Cristo.
Aliança
Palestiniana (Deuteronômio 30.3-10) – uma extensão
da
Aliança
Abraâmica, onde Deus cita mais detalhes sobre a
ocupação da Terra Prometida e as bênçãos concernentes a esta ocupação. Através
desta aliança a restauração final e a conversão de Israel são garantidas.
Aliança
Davídica (2Samuel 7.4-17; 1Crônicas 173-15) –
nesta Aliança, Deus prometeu que Israel sempre teria um rei da linhagem de
Davi, portanto, o trono seria de possessão perpétua da família Davídica,
descendentes da tribo de Judá, sendo que este rei reinaria sobre a nação como
um todo.
Nova Aliança (Jeremias 31.27-40;
Hebreus 8.7-13) – estabelece um novo coração para Israel, uma conversão genuína
e autêntica. É estabelecida sobre o sacrifício vicário de Cristo e, por causa
disso, garante bênção eterna para todo aquele que crê.
Nota-se que o devido cumprimento total
destas alianças de Deus com Israel será plenamente estabelecido no Reino Milenar.
Três escolas principais de
interpretação:
1)
Pré-Milenistas: entendem a base da interpretação
literal das profecias, a Vinda de Jesus Cristo precederá o Seu reinado de mil
anos em companhia de Seus remidos.
2)
Pós-Milenistas: acreditam que a Segunda Vinda de Jesus
Cristo será precedida da vitória final do Evangelho no período do milênio.
3)
Amilenistas: entendem que a descrição de Apocalipse
20 é puramente simbólica.
Para quem será o Milênio?
1)
Jesus Cristo, como Rei Supremo
(Zacarias 14.9);
2)
Para os Salvos (1Tessalonicenses
4.16-17);
3)
Para o remanescente (nações) da Grande
Tribulação (Mateus 25.31-46);
4)
Para os judeus sobreviventes
(Deuteronômio 28.13; Isaías 60.10-15; Zacarias 8.20,23).
O
Lugar do Reino: será na Terra, refletindo não
somente o aspecto espiritual, mas também o terreal (Isaías 65.21; Mateus
5.25-26; Apocalipse 5.9-10).
A Capital do Reino: será Jerusalém (Salmo 48.1-3). Biblicamente, a Palestina é o centro geográfico da Terra. Será o centro de adoração para todos os povos.
A Universalidade do Reino: o reino do Messias será universal abrangendo o mundo inteiro (Ezequiel 43.1-7; Mateus 25.31; Zacarias 14.9; Salmo 72).
Israel no Reino: tendo Cristo como Seu Messias e Cabeça, Israel se tornará a nação líder do mundo, não mais a “cauda” (Deuteronômio 28.13-44; Isaías 60.10-15; Zacarias 8.20-23).
A Igreja no Reino: a posição da Igreja será de esposa ao lado do Esposo, e a Rainha ao lado do Rei. A Igreja reinará com Jesus Cristo (Apocalipse 19 e 20).
A Hierarquia no Reino
Encontraremos um sistema hierárquico sólido no reino milenar. Jesus Cristo será o Rei. Abaixo dEle estará o grande Rei Davi, como sendo o regente, o príncipe. Depois outros reinarão sob suas autoridades.
Provas de que Davi é o regente no milênio (Oséias 3.5; Ezequiel 37.24-25; 34.23-24; Isaías 55.3-4; Jeremias 30.9; 33.15-21).
Muitos são contra a idéia de que o Davi histórico reinará literalmente no milênio. Alegam que este Davi é o Senhor Jesus Cristo. A estes quero deixar três importantes versos da Palavra de Deus que demonstram que realmente é o Davi histórico, o segundo rei de Israel.
1)
Ezequiel 45.22 – O príncipe nesta passagem oferece a si mesmo oferta pelo
pecado. Cristo não pode oferecer sacrifício por seu próprio pecado, pois Ele
nunca cometeu pecado.
2) Ezequiel 46.2 – O príncipe está comprometido em atos de adoração. O Senhor Jesus Cristo recebe adoração no milênio, mas não está envolvido com atos de adoração, ou seja, Cristo não se envolve com adoração.
2) Ezequiel 46.2 – O príncipe está comprometido em atos de adoração. O Senhor Jesus Cristo recebe adoração no milênio, mas não está envolvido com atos de adoração, ou seja, Cristo não se envolve com adoração.
3)
Ezequiel 46.16 – O príncipe tem filhos e divide sua herança com eles. Isso
nunca poderia acontecer com Jesus Cristo.
Portanto, para aqueles que argumentam que o príncipe citado em Ezequiel é o próprio Jesus Cristo, estas passagens se tornam um grande embaraço em suas doutrinas.
Portanto, para aqueles que argumentam que o príncipe citado em Ezequiel é o próprio Jesus Cristo, estas passagens se tornam um grande embaraço em suas doutrinas.
Por que devemos afirmar que realmente será o
próprio Davi histórico que irá reinar?
1)
Porque é muito mais coerente com a interpretação literal das Escrituras.
2) Somente Davi poderia ser regente no milênio sem violar as profecias concernentes ao reinado de Cristo.
2) Somente Davi poderia ser regente no milênio sem violar as profecias concernentes ao reinado de Cristo.
3)
Os santos ressurretos terão posições de responsabilidade no milênio como
recompensa (Mateus 19.28; Lucas 19.12-27). Davi pode ser designado para assumir
tal responsabilidade já que era ‘homem segundo o coração de Deus’.
4)
Davi será nomeado regente sobre a Palestina e governará a terra como príncipe,
ministrando sob a autoridade de Jesus Cristo, o Rei.
Note também que nobres e governadores reinarão sob Davi (Jeremias 30.21; Isaías 32.1; Ezequiel 45.8-9; Mateus 19.28).
Da
mesma forma, muitas outras autoridades menores também reinarão (Lucas
19.12-27). E os juízes serão novamente levantados (Zacarias 3.7; Isaías 1.26).
Propósito do Templo Milenar
Na era milenar haverá um novo templo,
onde os judeus estabelecerão como centro da adoração no milênio. Este Novo
Templo será diferente dos demais, já destruídos, com dimensões diferentes,
móveis diferentes dos templos anteriores (Ezequiel 40 a 47).
1)
Servirá para demonstrar a santidade de
Deus.
2)
Servirá para prover uma habitação para
a glória de Deus.
3)
Servirá para perpetuar o memorial do sacrifício.
4)
Servirá para prover o centro do governo
divino.
5)
Servirá para prover a vitória sobre a
maldição.
Sacrifícios serão novamente estabelecidos, no entanto, não serão meritórios, ou seja, para perdoar os pecados. Estes sacrifícios serão estabelecidos em caráter memorial. Assim como a ceia é para nós hoje uma lembrança de que Cristo morreu e ressuscitou, os sacrifícios no milênio mostrarão ou apontarão para tal fato.
A Atuação do Espírito Santo no Milênio:
O Espírito Santo será derramado sobre
toda carne para habitar, encher e ensinar (Jeremias 31.33-34; Joel 2.28-32;
Ezequiel 36.25-31).
Notamos que a profecia de Joel será
finalmente cumprida literalmente, pois apenas uma parte fora cumprida no Dia de
Pentecostes.
A obra do Espírito Santo será mais abundante
e terá uma manifestação muito maior na era milenar do que em qualquer outra
época. Portanto a plenitude do Espírito Santo será comum nesta era (Isaías
32.15; 44.3; Ezequiel 39.29; Joel 2.28-29).
O cristão será, portanto, habitado pelo
Espírito Santo da mesma forma como este é hoje (Ezequiel 36.27; 37.14; Jeremias
31.33).
Características gerais do Milênio:
1)
Um reino material com duração de mil
anos, tendo Jesus Cristo como Rei (Apocalipse 20.5-6);
2)
Satanás será preso (Apocalipse 20.1-3);
3)
Jesus Cristo reinará com cetro de ferro
(Salmo 2.8-9; Apocalipse 12.5; 19.15; Gênesis 49.10; Números 24.17);
4)
Vida longa (Isaías 65.19-20);
5)
Real, concreto e visível (Apocalipse
20);
6)
Paz universal entre os povos e as
nações (Isaías 9.6; Miquéias 4.3-4; Lucas 2.13-14);
7)
A terra da Palestina será aumentada
(Isaías 26.15);
8)
A topografia será alterada (Zacarias
14.4);
9)
As chuvas cairão trazendo bênçãos
(Isaías 41.18; Ezequiel 34.26; Joel 2.23);
10)
As
fontes e mananciais de águas serão abundantes (Ezequiel 47.1-11; Zacarias
14.8);
11)
A
terra produzirá abundantemente (Isaías 32.15; 35.1; Ezequiel 47.12; Amós 9.13);
12)
Haverá
paz e justiça em plenitude (Isaías 32.16-17);
13)
Haverá
paz até na criação de modo geral (Isaías 11.6-9; 65.25;
Romanos
8.19-21);
14)
O Evangelho será pregado em todo o mundo
(Isaías 11.6-9; 14.1-2; 49.22-23; 60.14; Zacarias 8.20-23);
15)
Ainda haverá pecado (Isaías 65.18-20; Lucas
19.11-27);
16) Novo Templo e sacrifícios memoriais (Isaías 56.6-7; Ezequiel 40.1 a 44.31);
16) Novo Templo e sacrifícios memoriais (Isaías 56.6-7; Ezequiel 40.1 a 44.31);
17)
Os salvos estarão em glória com Seu Salvador (Colossenses 3.4);
18)
Trabalho. O período do milênio não será caracterizado por inatividade, mas
haverá um sistema econômico perfeito, no qual as necessidades do homem serão
abundantemente providas por seu trabalho nesse sistema. Haverá uma sociedade
plenamente produtiva, suprindo as necessidades dos súditos do Rei (Isaías
62.8-9; 65.21-23; Jeremias 31.5; Ezequiel 48.18-19). A agricultura, bem como a
manufatura proverá empregos.
19)
Haverá um aumento da luz solar e lunar, isto será a causa do aumento da
produtividade na terra (Isaías 4.5; 30.26; 60.19-20; Zacarias 2.5).
20)
A língua será unificada, as barreiras lingüísticas serão desfeitas (Sofonias
3.9).
21)
Haverá uma transformação no corpo das pessoas que tem deformidades físicas
(Isaías 29.17-19; 35.3-6; 61.1-2; Miquéias 4.6-7; Sofonias 3.19).
22)
As águas do Mar morto ficarão saudáveis e peixes serão encontrados ali
(Ezequiel 47.8).
Como será o fim do Milênio?
1)
Satanás será solto (Apocalipse 20.7);
2)
Enganará multidões (Apocalipse 20.8);
3)
Promoverá uma rebelião (Apocalipse
20.9);
4)
Os rebeldes serão mortos queimados
(Apocalipse 20.9);
5)
Satanás será destruído com um assopro
da boca de Cristo (2Tessalonicenses 2.8);
6)
Satanás será lançado no Lago de Fogo e
Enxofre (Apocalipse 20.10);
7)
O último inimigo – a morte – é derrotado
(Apocalipse 20.14; 1Coríntios 14.26);
Atte. Pr.Dr. Wagner Teruel
www.itsteologia.com.br
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