Os nomes sagrados de Deus, ponto
de partida da historia da Salvação
Quem és, Senhor? Quando
perguntamos por alguém desconhecido, o primeiro dado que se espera é o nome; só
depois vem os outros detalhes que desenham o retrato do individuo em questão. O
nome estabelece e manifesta a identidade pessoal.
Algo semelhante acontece
quando alguém se encontra pela primeira vez com o Deus de Israel e recebe o
privilegio de poder discernir alguma nova faceta do Ser Eterno. Tais momentos
decisivos da historia da salvação tem sido caracterizados às vezes porque Deus
se tem apresentado sob um novo nome. Em Genesis 17:1, relata o primeiro desses
encontros e Deu se apresenta a Abraão com um “sou EL SHADDAY”, um nome sagrado
que habitualmente se traduz como “DEUS TODO PODEROSO”, tempo depois, Deus se
revela a Moises e lhe diz: “...Disse Deus ainda a Moisés: "Eu sou o Senhor. Apareci a
Abraão, a Isaque e a Jacó como o Deus Todo-poderoso, mas pelo meu nome, o
Senhor, não me revelei a eles...” (Ex.6:2-3 NVI).
Existem
varias formas de abordar o estudo da ideia de Deus no AT. Mais escolhi os nomes
divinos como pontos de referencia para a nossa viagem na Bíblia.
Partirei
do principio de que os nomes sagrados são símbolos referidos a Deus em termos
de categorias tomadas do mundo da experiência humana e que tem, portanto, as
peculiaridades da linguagem metafórica. Max Vlack chamou a atenção sobre este
funcionamento de seleção, de filtragem, este filosofo, usando, por exemplo a
frase: “ O HOMEM É UM LOBO”, observa que tal afirmação metafórica carece de
sentido para quem não saiba o que são e como são os lobos. Não basta saber o
significado dessa palavra no dicionário; a forma correta de entender a metáfora
requer conhecimento de uma serie de tópicos que a palavra LOBO implica para o
HOMEM, o resulta é que o HOMEM se converte numa agressiva e habilidosa desta de
rapina. Portanto, a metáfora do lobo funciona como um filtro que
instantaneamente estrutura e modifica nossa percepção aos excluir das condições
humanas certas qualidades próprias tais
como: compaixão, preocupação, carinho etc... que ficam anuladas pela escolha
desta símile. A metáfora seleciona, suprime, ressalta e organiza os atributos
do sujeito secundário.
Se
aplicarmos o que citamos aos homens de Deus na Bíblia, isso significa que nossa
tarefa é dupla: primeiro; temos que tentar determinar o conteúdo linguístico de
cada nome, e depois, definir o sistema de tópicos associados a cada um. Para
faze-lo recorreremos ao estudo dos nomes divinos em seu mais amplo contexto
cultural, levando em conta que o objetivo final é permitir uma melhor
compreensão da ideia de Deus que cada um deles expressava. Emprego então o
termo: “IDEIA DE DEUS”, para expressar em sua totalidade a concepção que os
israelitas tinham das qualidades divinas, de suas atividades e de seu campo de
ação, por exemplo, se Deus influi ou não na natureza, se intervém ou não na
historia, se participa ou não na vida dos indivíduos e das nações etc...
1 – Os Nomes de Deus como principio de
Organização:
Quem
és, Senhor? Tal é, em essência, nossa pergunta. Consequentemente tratarei de
assinalar as diversas respostas que permitem os nomes sagrados do AT. Dessa
forma, os próprios nomes apelativos se transformam no principio organizador da
pesquisa. Cabe, porem, perguntar se essa forma de trabalho corresponde com a
pergunta inicial e com os dados que vamos empregar. Sem entrar na discussão
teórica dos problemas metodológicos que suscitam certos estudos recentes sobre
a teologia do AT. Tenho notado como os estudos da teologia veterotestamentária,
tem trazido o enfoque de eleição, pacto, salvação, reconciliação, escatologia,
etc... frutos apenas de uma teologia sistemática partidária, minha principal
objeção contra este proceder é que quem as pratica dá as costas para a
linguagem do AT. Essas noções podem ser reflexões tardias sobre assuntos que a
Bíblia trata com palavras muito mais comuns e precisas. C. Westermann recomenda
um enfoque alternativo: em vez de falar, por exemplo, da salvação como
requisito, tem maior interesse em pesquisar a estrutura verbal, neste caso, a
palavra utilizada “SALVAR” yãsã asayaassim,
ou ao menos pensa Westermann, a pesquisa não se centrará em condições
estáticas, mais em acontecimentos dinâmicos. A aplicação de tal método nos
permite descobrir que a grande eclipse que descreve a ideia do AT. Sobre Deus
tem dois focos, um deles é o Deus Salvador, o que Karl Barth descreveu como: “SENKRECHT VON OBEN” (O DIREITO DE CIMA), isto é, a
intervenção divina instantânea e inesperada; Deus toma parte ativa na historia
salvifica do povo. O outro foco é o Deus providente, a atividade criadora
divina, que nada tem a ver com intervenções dramáticas no acontecer humano ou
na historia da salvação; pelo contrario, trata-se da providencia constante e
inefável de Deus, que em todo momento conecta o criado com sua fonte e que
funciona “HORIZONTALMENTE” dentro do próprio curso da historia: a colheita
anual e a multiplicação da descendência, animal e humana, na tenda patriarcal
são mostras cotidianas desta providencia celestial. Esta concepção de Deus
aparece fundamentalmente nos livros sapienciais e nos salmos, enquanto que o
Deus salvador é próprio dos livros históricos, principalmente o pentateuco. A
postura de Westermann constitui uma saudável reação contra a estreiteza de
olhar que tem caracterizado os estudos teológicos do AT. Centrados em demasia
na perspectiva do desenvolvimento da historia da salvação, e recorda que o Deus
da Bíblia é algo mais que um Deus salvador. Westermann também toca num ponto
culminante ao denunciar a corrente de abstração que tem dominado a teologia
bíblica nestes tempos: diante do perigo de uma lenta asfixia no oceano díspar
de informações que são os livros sagrados, o gosto em resumir e generalizar,
mesmo correndo o risco de que o esforço acabe em abstrações sem força,
anêmicas.
O Deus Providente
Deus continua
provendo geração
Após geração
desde o começo dos
Tempos
Os Salmos e a
Literatura
Sapiencial (Pv.
Jó, Ecl)
|
O Deus Salvador
O Milagre da fuga
do Egito é um
Bom exemplo do
modo em que
Deus intervém na
Historia.
Os livros
Históricos do AT.
|
Definição teologal de Claus Westermann
Dessa, forma, a
contribuição de Westermann não deixa de ter valor, e partindo de diferentes
pontos de vista, outros autores tem chamado a atenção a respeito das diferentes
particularidades da ideia de Deus no AT. Uma das razões que tem levado a
centralizar meu estudo nos nomes de Deus é que se trata de um tema
frequentemente ignorado pelas pesquisas recentes sobre o AT. Além disso,
levantar a questão da ideia que Israel tinha por Deus por meio do estudo dos
nomes sagrados ajuda a esclarecer com seriedade como entender a Deus na Bíblia.
O primeiro desafio é
aceitar o texto sagrado em sua própria formulação, sem interpreta-la com o
auxilio das abstrações teológicas ; ocupar-se das designações de Deus é
trabalhar com elementos linguísticos próprios da linguagem divina da Bíblia,
isto é, trabalhar no plano da língua hebraica. E não é só isso; trataremos de
nomes próprios e para os antigos israelitas os nomes estavam repletos de
sugestões. O outro desafio é colocar a sí mesmo nas coordenadas históricas em
que se encontravam os protagonistas da Bíblia quando testificaram sobre Deus;
não bastam só os detalhes linguísticos, temos que nos preocupar também com as
situações históricas, especialmente se considerarmos que o AT. Nunca
proporciona um retrato completo das particularidades do Ser Divino, inteligível
num contexto abstrato fora do marco cronológico e dos detalhes de uma dada
situação histórica. Hoje precisamos aceitar que através do AT. Estamos
conhecendo todos os retratos possíveis, imagináveis do Pantocrator, quer seja
em momentos concretos nos quais narram as Escrituras, Deus se apresenta à
humanidade, segundo esta situação histórica, o povo é consciente de novos
traços e particularidades do Deus escondido. Essa observação nos conduz ao
importante ponto das relações mutuas entre teologia e acontecimento: a teologia
do antigo Israel, entendida no sentido de suas ideias sobre Deus, se desenvolve
como resposta aos contínuos mutáveis desafios da vida diária.
Os textos bíblicos
constituem um poderoso legado a favor de que, apesar de todas as mudanças, há
uma constante na revelação: O Deus que se manifestou a Abraão é o mesmo que
falou a Moisés, com Isaias e com Ezequiel (Ex.3:6; 6:3). Entretanto, isso não
significa que a ideia que Isaias tinha de Deus era a mesma dos patriarcas. Nos
próximos cultos veremos as divergentes ideias, porem, paradoxalmente as ideias
patriarcais sobre o monoteísmo restrito e a importância dos nomes de Deus para
revelar sua unidade estão perfeitamente atreladas as ideias do Profeta Isaias.
Uma lista completa dos
diversos nomes divinos empregados no AT. Seria muito extensa. Sem muito
esforço, os nomes que me vem a memoria são YHW (O SENHOR), EL SHADDAY (DEUS
TODO PODEROSO), ELOHIM (DEUS), YHWH TSEBAOT (SENHOR DOS EXERCITOS), além dos
epítetos como “O DEUS VIVO”, “O SANTO”, “O EXCELSO”, “O REDENTOR” entre outros,
caso o fizéssemos esta serie de mensagem seria por demais exaustiva e não
apontaria para a compreensão da importância, que é nosso verdadeiro foco. Tanto
ELOHIM, como ELOAH, ELOI, ELI, são apenas similares, alguns deles são vagos e
amorfos que será redundante estuda-los, ou alguns foram tão pouco empregados
que são um tanto suspeito por sua escassa representação.
2
– O Significado dos Nomes no Mundo Bíblico:
Primeiro devemos
considerar como o mundo bíblico concebe os nomes pessoais em geral e os de Deus
em particular. Alguns indícios apontam que, nesse ambiente, os nomes tinham
grande importância:
1.1 Nome e Realidade:
no mundo conceitual dos antigos semitas, nome e realidade caminhavam juntos. A
introdução ao poema épico babilônico da criação, o ENUMA ELISH, descreve como
era tudo antes que se criassem os céus e a terra, isto é, antes que as coisas
fossem “NOMEADAS”, logo nomes e existência são a mesma realidade. Algo similar
se encontra na narração bíblica do Paraiso: “...Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas
as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes
chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome...” (Gn.2:19 NVI). Dean
Mc Bride fez uma sagaz observação ressaltando que dar o nome às coisas é um
importante complemento do ato divino da criação, porque é assim que se organiza
tudo o que vive, se divide e se define em entidades reconhecíveis.
1.2 Nome e Personalidade: em
nosso mundo existe a tendência de considerar que os nomes próprios são
etiquetas que se aderem às coisas, isto é, que são banalmente utilizados para
identificar e distinguir objetos e indivíduos. Ao contrario disso, o que
sabemos mostra que o mundo bíblico existia uma ligação mais intima entre o nome
e o seu portador, em 1 Samuel 25 se conta a historia de um tal NABAL, que,
arrogantemente, se negou a dar alimentos a Davi e a seus homens, porem, a
mulher de Nabal percebe a estupida atitude de seu marido e diz a Davi:”... Meu senhor, não dês atenção
àquele homem mau, Nabal. Ele é insensato, conforme o seu nome significa; e a
insensatez o acompanha. Contudo, eu, tua serva, não vi os rapazes que meu
senhor enviou...” (1Sm.25:25 NVI). Possivelmente seus pais tinham dado a Nabal um nome que
significava “O NOBRE”, mais no hebraico o adjetivo NABAL, pode significar
igualmente o oposto, ou seja, “O ESTÚPIDO”, “O INSENSATO”, tal jogo de palavras
constitui o núcleo do relato anterior, na medida em que o caráter de Nabal fica
bem expresso por seu nome. Outro exemplo pertinente se encontra nos relatos
patriarcais, quando Esaú comenta o seguinte sobre a falta de escrúpulos do seu
irmão: “...E disse Esaú: "Não é com razão que o seu nome é Jacó? Já é a
segunda vez que ele me engana! Primeiro, tomou o meu direito de filho mais
velho e agora recebeu a minha bênção! " Então perguntou ao pai: "O
senhor não reservou nenhuma bênção para mim?... " (Gn.27:36 NVI).
Uma tradução de confiança sustenta que o nome
de Jacó significa “DEUS PROTEJA”, que “DEUS TE CONSERVE”, o que provavelmente
expressa a bem aventurança que os pais desejavam ao seu filho recém nascido,
outra tradução igualmente confiável, aponta para a ideia de “AQUELE QUE AGARRA
A OPORTUNIDADE”, ou “AGARRADO AO CALCANHAR”, Esaú, entretanto, nos remete a
outra etimologia, a derivada da raiz semítica AGABÓ (JACÓ) que significa
“SUPLANTADOR” ou “ENGANADOR”, desta forma, muitos pregadores, e até mesmo
teólogos definem Jacó simplesmente como enganador, pelo fato de que Jacó tinha
a capacidade de enganar. Enfim isto pode ajudar a compreender o porque da
mudança do nome de Jacó, que passa a ser chamado de “ISRAEL”, seu encontro
noturno com o Deus de Jaboque produziu tal mudança em sua forma de ser que deixou
de se comportar como antes (Gn.32:28). Esse vinculo entre o nome e a
personalidade – uma relação que é dificilmente definível, mais que não deixa de
existir – é o que permite compreender várias expressões. Uma delas aparece na
conversa entre Deus e Moisés, quando o primeiro diz: “EU TE CONHEÇO PELO TEU
NOME” (Ex.33:17). Diferentemente do uso contemporâneo, onde conhecer a alguém “pelo
nome” é sinônimo de uma relação superficial, no mundo bíblico a expressão
indica algo mais profundo: DEUS SABE QUEM É MOISES PORQUE CONHECE INTIMAMENTE O
SEU CARATER. A segunda expressão é bem conhecida: “EM HONRA DO SEU NOME”. O salmista
exclama: “...restaura-me o vigor. Guia-me nas veredas da justiça por amor do seu nome...” (Sl.23:3 NVI); e existe também a expressão profética: “...Por
amor do meu próprio nome eu adio a minha ira; por amor de meu louvor eu a
contive, para que você não fosse eliminado...” (Is.48:9 NVI). A frase
parece se referir à essência de Deus: porque Deus é como é, porque Deus é Deus,
atua conforme a sua vontade pelo caminho do bem, é paciente, perdoa os pecados,
etc... para nossos propósitos, o interessante é que a Bíblia se refere a essas
realidades mediante o nome de Deus. Finalmente, a relação entre nome e pessoa
explica porque o AT. Às vezes se refere ao nome e não ao seu portador, como
acontece, por exemplo, em Isaias e nos Salmos: “...Vejam! De longe vem o Nome
do Senhor, com sua ira em chamas, e densas nuvens de fumaça; seus lábios
estão cheios de ira, e sua língua é fogo consumidor...” (Is.30:27
NVI); “...Que o Senhor te responda no
tempo da angústia; o nome do Deus de
Jacó te proteja!...” (Sl.20:1 NVI).
1.3 Nome e Presença:
Até agora falamos da associação entre nome e realidade e entre nome e presença:
por presença se entende obviamente, à de Deus, isto é, suas manifestações, as
teofanias. No antigo “CÓDIGO DA ALIANÇA” transmitido no livro do Exodo, o texto
original hebraico contem uma afirmação difícil de interpretar, mas que em minha
opinião deve entender-se deste modo: “...Façam-me um altar de terra e nele
sacrifiquem-me os seus holocaustos e as suas ofertas de comunhão, as suas
ovelhas e os seus bois. Onde quer que eu
faça celebrar o meu nome, virei a vocês e os abençoarei...” (Ex.20:24 NVI).
Em outras palavras: Deus proclama seu nome no santuário, manifestando, desse
modo, Sua presença (Dt.4:7). O AT. Contem um numero de passagens em que se
descreve o que, com bastante exatidão, pode ser chamado uma teofania, uma
manifestação de Deus. Tais textos apresentam duas características comuns. Primeiro,
se referem habitualmente à “VINDA” da divindade, seja do Sinai, seja de Arã ou
de outro lugar, e o verbo do movimento implica que Deus se aproxima. Em segundo
lugar, a vinda de Deus acontece em meio de fenômenos naturais, a terra treme e
as montanhas se movem, derretendo-se como a cera. Uma passagem como a de Juizes
5:4-5 pertence a este grupo de descrições de teofanias; Arthur Weiser e outros
estudiosos sustentaram que a teofania formava parte da liturgia do templo de
Salomão, onde um rito assim harmonizaria bem com o caráter dramático da
liturgia: é muito provável que as tochas e o som das trombetas foram – podemos assim
pensar – parte do ritual da teofania (Ex.19:16 e 20:18); além disso, é logico
que o anuncio do nome sagrado fosse o momento crucial da cerimonia e indicaria
a especial presença de Deus; essa proclamação podia ser feita, talvez, pelo
sumo sacerdote ou por outro profeta que participasse no serviço divino. Entretanto,
isso é uma hipótese e assim deve ser considerada.
1.4 O Valor Legal do Nome: Quando
se compra ou se vende uma propriedade, costumamos registra-la por escrito para
que conste futuramente. No antigo Israel, anunciar o nome do novo proprietário
era o colofão de qualquer trato; assim, por exemplo, quando se vendia uma
propriedade, o nome do comprador era chamado diante das testemunhas no lugar em
questão enquanto se fechava a compra e venda e o dinheiro mudava de mãos; Kurt
Galling enumerou uma série de passagens do AT. Que devem ser entendidas em
relação a esta pratica (Sl.49:11-12) se refere aqueles que davam o próprio nome
as suas propriedades; em Isaias 4:1, o texto em hebraico relata como sete
mulheres dizem ao mesmo homem, em ordem: ‘QUE NOS SEJA PERMITIDO USAR O TEU
NOME’. As expressões legais são também empregadas em sentido teológico como por
exemplo, quando alguém ou algo se é conhecido como o nome do Senhor. Jeremias não
recebeu seu nome de Deus, como frequentemente se traduz: “...Achando-se as
tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do
meu coração; porque pelo teu nome sou
chamado, ó Senhor Deus dos Exércitos...” (Jr.15:16
ARCFIEL); em outras palavras é o escravo de Deus. Da mesma maneira em Jeremias
14:9 nos diz: “...Por que serias como
homem surpreendido, como poderoso que não pode livrar? Mas tu estás no meio de
nós, ó Senhor, e nós somos chamados pelo
teu nome; não nos desampares...” (Jr.14:9 ARCFIEL). Não por
causa da dedicação do Templo, Salomão afirma que: “ESTE TEMPLO QUE EDIFIQUEI
TRAZ O TEU NOME” (1Rs.8:43); e finalmente, em Amós 9:12; é o “POVO” sobre quem
se pronuncia o nome de Deus. É obvio, mais vale a pena repetir que o AT. É a
Bíblia de Jesus, e, portanto, o NT precisa de seu contexto justo se não pudesse
ser interpretado a luz dos livros anteriores.
Nossa serie de
mensagens nos permitirá que falemos mais sobre isso, mais agora para terminar
quero citar um texto do Novo Testamento: “...Não
são eles que difamam o bom nome que
sobre vocês foi invocado?...” (Tg.2:7 NVI). A forma de Thiago se
expressar lembra a proclamação do direito de propriedade, tal e como aparece no
AT., e testemunha que o nome de Jesus era proclamado sobre aqueles que recebiam o batismo:
qualquer pessoa batizada entrava numa nova relação com Jesus, porque passava a
ser propriedade de Jesus, por isto batizamos em Nome de Jesus.
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