segunda-feira, 30 de julho de 2012

Povo Pária

“...Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos de Deus, peregrinos dispersos no Ponto, na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia e na Bitínia...” (1Pe.1:1 NVI). Estamos chegando a nossa sexta semana de estudos sobre a sociologia do apostolo Pedro e os problemas envolvidos na diáspora. Desde o último culto quando aprendemos que devemos ser discípulos, um discípulo aprende a abrir suas portas para que outros peregrinos, ou dispersos, possam descansar. No estudo sociológico clássico de Max Weber sobre o judaísmo como POVO PÁRIA, ao tratar do estatuto de estranho e marginal do judaísmo nas esferas politicas, judiciais e sociais, ele elva plenamente as implicações técnicas dos termos correlatos de paroikous. O termo povo-pária, também usado por Weber em sentido técnico, pretendia descrever estes paroikous ou parepidemous como mais que um povo hospede, devido as obrigações sociais, eles eram povo-pária por opção seus corações ansiavam receber em seus oikos um companheiro, um conterrâneo. Povo hospede, povo artesão, em termos semelhantes referem-se a grupos ou indivíduos que, como resultado das invasões ou conquistas, foram expropriados de suas terras por grupos imigrantes e reduzidos à dependência econômicas para com os que os conquistaram, os conquistadores poderiam então reduzir a população local em apenas uma população hospede, sem levar em condição sua anterior residência como naturais. De modo semelhante, migrações de grupos e indivíduos poderiam levar a relacionamentos de hospedes para com os anfitriões. As relações de status entre hospedes e grupos anfitriões poderiam variar, podendo os hospedes ser legal convencionalmente privilegiados ou sub-privilegiados e ainda poderia ser acrescidos de barreiras rituais. Sobre estes três pontos quero tratar o nosso pensamento hoje. 1 - Povo-pária privilegiado: já conhecemos um pouco da relação de como se relacionava com os anfitriões, uma vez que, na verdade, estes pseudo anfitriões eram usurpadores do povo pária, pois eles eram os legítimos donos da terra e não os anfitriões. Como você agiria em um caso destes? Sendo dono legitimo da terra, alguém vem e toma sua terra e ainda transforma sua casa na sala de estar deles, e é você quem terá que fazer o café e servi-los? Difícil não é verdade? Mais é assim que somos, estamos na terra que Deus criou para o homem viver e ser feliz, estamos no local onde a natureza reconhece o seu Salvador, porem, o inimigo de nossas almas nos tomou nossas terras e tem usurpado a nós nos resta servir, e servir bem, mais a quem serviremos? Ao pseudo anfitrião? Não seguiremos servindo ao Dono de tudo, nosso lar será um lar hospedeiro, um lar onde as pessoas poderão vir atribuladas e encontrarão descanso, virão sem saídas e encontrarão um povo que tem chaves de vitória. Este povo-pária é o privilegiado, venha fazer parte deste povo. 2 – Povo-pária sub-previlegiado: Imagine que o povo-pária privilegiado contava com a benção de poder continuar vivendo na sua própria casa e terra, porem, não poderia cultivar mais e nem poderia sair dali, uma espécie de prisão domiciliar. Já o sub-privilegiado não contaria com esta possibilidade, seriam desterrados, seriam dispersos, verdadeiros paroikous caminhando como nômades pelas terras estrangeiras. Alguns de nós também somos assim, vivemos para o ministério caminhando de lugar em lugar levando a preciosa palavra, forasteiros que onde parar devem servir alimentos a outros, não receberá nada em troca, não será privilegiado pelo melhor lugar de moradia, e ainda do seu prato irão comer, com tudo isto, você ainda ficará satisfeito, pois o discípulo não espera nada em troca, ele está sempre disposto a doar e nunca a receber, é ele quem serve e nunca é servido. 3 – Povo-pária e as barreiras rituais: outra questão agora eram os rituais, por parte dos anfitriões, os rituais eram politeístas, eram rituais por vezes satânicos, regados a muitas formas de pecado, o povo pária por vezes era convocado a participar dos rituais, mais graças a uma lei de artesãos, eles eram desobrigados, porem, o inverso não era bem assim, os chamados anfitriões tinham livre acesso aos rituais do povo-pária, eles poderiam entrar e assistir, apenas não poderiam participar, a não ser fossem convidados, desta forma muitos anfitriões acabavam por se converter ao judaísmo, é isto que precisamos, em nossas casas, quer sejamos, oikos, paroikous, parepidemous, devemos sim ser povo-pária, para podermos transformar os chamados anfitriões em santos da casa de Deus. Não gostaria você de dar seu primeiro passo como discípulo e ouvir a voz de Deus hoje e abrir as portas de sua casa para que mais e mais pessoas sejam salvas? Meu convite hoje é faça da sua casa um Espaço Pentecostal, deixe esta vida de sedentarismo espiritual e torne-se um hospedeiro, Nossa meta: Que cada membro seja um ministro e cada casa seja um Espaço Pentecostal, você está pronto pra este desafio? Atte. Pr.Dr. Wagner Teruel www.espacopentecostal.net.br www.itsteologia.net

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