A tri-unidade do homem, e O destino da alma apos a morte
(Justos e injustos)
As
bênçãos resultantes da vinda do Senhor Jesus a este mundo são incontáveis. Elas
se relacionam com tudo o que existe. Na glória celestial ser-nos-ão reveladas e
usufruídas inúmeras outras bênçãos derivadas da vinda de Jesus aqui; uma delas
tem a ver com os fiéis que dormem ou vierem a dormir no Senhor, entre nossa
morte e a vinda de Jesus, como já dissemos, têm alcance ilimitado, aqui e na
eternidade.
Antes
porem de entrarmos neste tema tão precioso conheçamos um pouco mais sobre a “TRI-UNIDADE”,
do homem Corpo, Alma e Espírito.
O
homem é constituído de duas substancias a material e a espiritual. A substancia
material é formada pelo corpo; a espiritual consta de duas partes: a alma e o
espírito. Foi criado a imagem e semelhança de Deus, semelhança esta que inclui
a tri-unidade. Esta imagem e semelhança não são para entendermos só
materialmente, mais também moralmente. Apesar da queda ocorrida no Éden, vemos
traços desta imagem e semelhança no homem, a saber: a) sua imortalidade, b) no
conhecimento tríplice de si mesmo, de Deus e do mundo, c) na sua consciência,
d) na razão, e) na linguagem, f) no livre arbítrio ou vontade pessoal do homem.
Este
atributo faz com que o homem se torne ser moral, isto é, assuma a
responsabilidade por seus pensamentos, expressões e atos. Deus é um Ser único,
o homem é um ser tri-único tri partido em sua unidade Espírito, Alma e Corpo
(1Ts.5:23;Lc.1:47-48;Hb.4:12;Jó 7:11;12:10;27:3).
Uma
evidencia da tri-unidade do homem é que em Gênesis 2:7, a Palavra de Deus no
original diz literalmente “FOLEGO DAS VIDAS”, certamente querendo
dizer as vidas do espírito da alma e do corpo.
1.
Corpo: (no hebreu “Basar”ou “Gevyyah”, no Grego “Somma”). É a parte
material do homem, palpável, visível. É a sede dos sentidos, por meios dos
quais a alma explora o mundo exterior. É o corpo que nos põe em contacto com o
mundo físico. Ele sempre integrará o homem, exceto durante o “estado
intermediário”, isto é, o tempo em que o corpo permanece no tumulo, mas, no
momento da ressurreição, ele receberá novamente o corpo “os salvos”,
um corpo glorioso em vários sentidos (1Co.15), e, “os ímpios”, um
corpo sem gloria abjeto, em que sofrerão pela eternidade (Mt.10:28b). O homem
foi criado para nunca morrer, mais com a entrada do pecado no mundo, ele perdeu
sua gloria e ganhou a morte (Rm.6:23; Gn.3:19;Ecl.12:7). Para que o corpo do
homem não se tornasse imortal como a alma, Deus expulsou Adão do Éden, para que
o homem não viesse a comer da arvore da vida (Gn.3:22-23). O corpo de gloria
que o homem tinha antes de pecar, será restaurado aos justos, no momento da
ressurreição (Rm.8:11;1Co.15:36-44).É a morte do corpo físico que se refere
(Ecl.3:19-21;9:5-6;12:7a).
2.
A Alma: (Hebreu “Nephesh”; Grego “Psyche”). A palavra alma aparece
com vários sentidos nas Sagradas Escrituras, tanto figurativos como por
sinédoque (comparação de varias coisas simultaneamente). É neste particular que
é preciso muito cuidado, pois muitas falsas interpretações resultam daí,
originando destarte falsos ensinos. Alguns erroneamente, dizem que “alma
vivente” quer dizer “corpo vivente”, e quando o corpo morre nada mais resta do
homem. Eles tomam a Gênesis 2:7, porem, “alma vivente”,ai, quer dizer, “alma
viva” ou “feita vivente”. Isto é, Deus formou o homem com tudo o que constitui,
inclusive a alma, mais tudo estava inerte até o momento que Ele soprou o
espírito, o fôlego de vida, a energia divina, e então a alma tornou-se vivente
(Sl.66:9) e deu dinamismo ao corpo. Os animais também têm alma, porem
infinitamente inferior a do homem
(Gn.1:20,21,24,28;Sl.8:5-8;1Co.15:39-41;Mt.6:26). Notemos que a mesma palavra
original “Nephesh” é usada em Gênesis 1, concernente ao homem e aos animais,
alem das muitas inferioridades como veremos a seguir, acaba com a morte do
bruto; já a alma do homem é eterna. Além disso, Deus ao criar os animais disse:
“Faça-se”, mas quanto ao homem, disse: “Façamos o homem segundo a
nossa imagem e a nossa semelhança” . O nosso corpo é a bainha da alma, ela
explora o ambiente ao nosso redor , e recebe impressões do mundo externo por
meio dos sentidos corporais: vista, ouvido, olfato, tato e paladar. É a sede
das emoções, paixões, desejos e sentimentos. Não é o tecido material, as
vísceras, músculos, nervos que pensam, e sim, a alma operando através dos
mesmos. É a alma que peca e envolve o corpo e o espírito (Ez.18:22). Se a
língua do difamador for cortada ele continuara difamando. Considerando ainda a
superioridade da alma do homem à dos animais, vemos que a alma do homem está no
seu “EU”, a sede dos sentidos, a personalidade, o caráter, os sentimentos, as
emoções, as paixões, os instintos, as afeições, os apetites. A alma por meio do
espírito, põe nos em contato com Deus, e por meio do corpo põe nos em contato
com o mundo. Considerada separada do espírito, a alma não tem substancia. Jesus
como homem tinha alma (Mt.26:30; Jô.12:27;Is.53:11). A expressão “alma
vivente”, em Gênesis 1, não seria necessária se não houvesse gradação nas almas
dos homens e dos animais. Sendo a alma humana tal como foi descrita acima, ao
morrer o corpo, ela sobrevive (Gn.35:18;Ap.20:4;Dt.34:6 com Lc.9:30; Gn.25:8-9
com Lc.16:22-31). A referencia de Lucas 16:22 mostra que ao morrer o corpo,
resta alguma coisa real e mortal que “...foi levado pelos anjos...”
(Mt.11:29;Dt.6:5;14:26;20:16;Jó 14:22;Sl.42:1-6;84:2).
3.
O Espírito: (Hebreu “RUACH”; Grego “PNEUMA”) Espírito Santo no grego é
“PNEUMA AGION” . é um ser vivo, inteligente, invisível, sem carne e ossos
(Lc.24:39). É ele a energia divina que Deus soprou no homem para que vivesse a
sua alma. A respiração é um processo para a admissão do oxigênio, para que
vivam as células orgânicas do corpo. O espírito é distinto do fôlego (Jó 34:14;
Is.42:5). Vêem-se, ai, que Fôlego e Espírito, são
duas coisas independentes. Se substituirmos, por exemplo, as palavras
“espírito” e “alma”, por fôlego, nas passagens seguintes, observaremos a mais
descabida aberração: Lc.12:19-20; 23:46; At.23:9; 1Co.2:11; 5:5; 2Co.3:17;
7:1;Gl.5:25; Ap.6:9-11; Jó.4:24;Sl.42:2-5; Mt.26:38; Ecl.12:7. o espírito
identifica o homem, a criatura espiritual, e lhes dá consciência de Deus. Só o
homem possui espírito (Jó 12:10b). a alma outros seres viventes tem, mais o
espírito somente o homem (Jó 12:10). É a sede da razão, moral, intelecto,
vontade, pensamento, consciência. É também a sede da adoração (1Co.14:15). Alma
e espírito são distintos porém inseparáveis (Hb.4:12;Jó 12:10; 27:3). Por ter o
homem vontade própria, é ele um ser moral e responsável pelos seus atos e conduta
(Jô.3:16-17; 7:17; Rm.7:18;1Co.9:17; Ap.22:17). Devido à alma e o espírito
fazerem parte da substancia espiritual do homem,e, por ser o espírito que
vivifica a alma, os dois são, na Bíblia, muitas vezes mencionados
indistintamente. Os dois interpretam-se de modo profundo e misterioso. Ora, o
espírito é referido como “pneuma”, ora é “psyche”, compare estes textos
Ecl.12:7 com Mt.10:28; Ap.6:9 com Hb.12:23; Lc.8:55 com At.20:10. é no espírito
que da se o testemunho do espírito Santo que somos filhos de Deus (Rm.8:16). Um
texto muito maravilhoso e profundo para o estudo da tri-unidade do homem
(corpo, alma e espírito) é 1Co.15:44. é lamentável que a tradução em português corpo
natural e corpo espiritual muito pouco explica o original
: “SOMMA PSUCHIKON” e “SOMMA PNEUMATIKON”. A primeira expressão significa de
fato “CORPO-ALMA”; refere-se ao corpo humano tal qual entra neste mundo,
dominado e controlado pela alma, com a sua natureza pecaminosa herdada de Adão.
Sim o homem natural (1Co.2:14), inconverso, é controlado pela alma. É o homem
puramente psicológico, cuja consciência e reconhecimento de Deus estão
adormecidos . sua mente tornou-se puramente terrena. A segunda expressão, no
original, significa, de fato, “CORPO-ESPÍRITO”. Refere-se ao homem já ressuscitado.
O corpo ressuscitado será um corpo mesmo porem superior à matéria. Será um
corpo próprio para vermos a Deus. Assim como Jesus era real após a
ressurreição. Seu corpo glorioso transpôs o pano da sepultura e também as
portas fechadas em Jerusalém. Os anjos removeram a pedra do sepulcro de
Jesus,não para deixa-lo sair de lá, mais para mostrar que Ele já havia
ressuscitado, saindo através da porta do sepulcro. Este corpo é chamado no
nosso texto de “CORPO-ESPÍRITO”, porque o espírito será, então, a parte dominante
daí por diante. Nossa situação será invertida com referencia à vida terrena
anterior. Como ressuscitado, o individuo se ocupará com Deus, Sua adoração,
comunhão e serviço. O texto de 1Co.15:38 diz: “Mais Deus dá-lhe um corpo como quer, e a cada semente o seu próprio
corpo”. Isto significa que teremos
a mesma identidade e individualidade, porém será um corpo transformado
(1Co.15:52b), e de composição diferente, cheio de energia divina e de novo e
divino principio vivificante. Será como o corpo de Nosso Senhor quando
ressuscitou (Lc.24:39; 1Jô1:1; Fp.3:20-21). A nossa salvação é realmente
“grande” (Hb.2:3). Quando a eternidade feliz começar e as eras vindouras
também, veremos então a suprema riqueza de Cristo no tocante a esta salvação
(Ef.2:7). Jesus, como homem, O
homem perfeito, tinha corpo
(Mt.1:21; 27:58; Hb.10:5). Tinha alma (Mt.26:38; Jô.12:27; Is.53:11). Tinha
espírito (Lc.23:46; Mt.27:50). Vemos então que:
Ø O CORPO: são os tecidos
vivos, ele nos liga com a terra, da qual comemos os frutos; e dá-nos a
consciência do mundo material. Enfim pelo corpo temos contato com o mundo
físico.
Ø A ALMA: por meio dela, o
homem tem consciência de si mesmo, sabe que é uma personalidade. Os animais não
têm esta consciência. A consciência da vida vem pela alma. A alma nos liga aos
nossos semelhantes, e assim, convivemos com eles. Nos liga ao mundo social.
Ø O ESPÍRITO: por meio dele, o
homem tem consciência de Deus. Ele nos relaciona com Deus na oração, adoração,
comunhão e outras coisas mais. Por isto, no momento em que saímos deste mundo
(na morte), os termos usados na Bíblia, são sempre espírito, e, Deus (Lc.8:55;
Lc.23:46; At.17:59; Tg2:26). Deus é espírito (Jô.4:24).
Os diversos sentidos da palavra
ALMA
Nas Escrituras Sagradas
Este
vocábulo tem seis sentidos diferentes nas Escrituras, sendo um real e cinco
figurados:
1.
O Sentido Real: isto é alma significando alma mesmo.
2.
Alma significando sangue: (Dt.12:23; Lv.17:14).
Isto apenas ressalta o valor do sangue, sem o qual o homem não pode viver.
Quando se faz transfusão de sangue, não significa que esta fazendo transfusão
de alma, nem injetando alma. Quando a Bíblia diz em Atos 17:26 que “de um só
fez toda a geração dos homens” , não quer dizer quer dizer que Deus fez
todos os homens com uma alma coletiva, dando um pedacinho a cada um.
3.
Alma significando o corpo, a pessoa física: (Gn.12:5; Lv.21:11;
Nm.6:6; Gn.46:27; Ex.1:5; 12:4; Rm.13:1; 1Pe.3:20 em Hebreu é “nephesh”).
4.
Alma significando
animal: (Gn.1:20). Aí, no original, a palavra empregada é alma
(nephesh). Se o sentido ai não fosse figurado, entenderíamos, por exemplo: “Produzam as águas pessoas viventes”, o que seria um contra-senso além da
passagem se referir a animais.
5.
Alma significando a vida: (Lv.22:3). Aqui se
trata de sinédoque, figura de linguagem literária, em que a parte é tomada pelo
todo. Alma é também chamada vida, porque é ela a parte mais importante do ser.
Ela transmite vida ao corpo mediante o espírito.
6.
Alma significando o coração: (Dt.2:30). Ora,
sabemos que o coração é um órgão como os demais, de carne, que bombeia o sangue
através do corpo. Tudo o que se atribui ao coração o é somente figurativo. A
referencia mesmo é a alma. Outras referencias (1Rs.3:9; 8:17; Sl.14:1; 73:26;
102:4;105:3; Pv.4:23; 23:17;25:20; Jr.17:9; Mt.9:14; Lc.2:51; Jô.14:1; At.7:54;
21:13; Rm.2:15; 10:10; 1Co.7:37; Hb.10:22; 1Jo.3:19-21).
O Destino da alma após a morte
(Justos e Injustos)
Neste pequeno estudo, vamos ver a condição dos mortos,
“Justos” e “Injustos”, antes e depois do advento de
Jesus, culminando na sua morte ressurreição e ascensão.
Antes da ressurreição de Jesus:
A palavra Seol no Antigo Testamento, equivale em sentido a Hades, no Novo
Testamento. Diferem na forma porque na primeira é hebraica e a segunda é grega.
Elas designam o lugar para onde iam todos após a morte tanto justos como
injustos, havendo, no entanto, nessa região dos mortos, uma divisão para os
justos, e outra para os injustos, separados por um abismo intransponível
(Lc.16:26). Todos estavam ali plenamente conscientes . O lugar dos justos era
de felicidade, prazer e segurança, e era chamado Seio de Abraão ou Paraíso. Já o lugar dos
ímpios era medonho, ignífero (onde há fogo), cheio de dores e sofrimentos,
estando todos perfeitamente vivos.
Jesus
ensinou estas coisas ao relatar o fato descrito em Lucas, no capítulo 16. É
oportuno dizer aqui que este capítulo não constitui de uma parábola . O título
posto no capítulo informando que é parábola, vem dos editores da bíblia, mas
não consta do original. Parábola é uma modalidade de narração em que não
aparecem nomes de pessoas. Além disso, o verbo haver, denota por sua vez que
foi um fato real. Vale a í o conselho que nosso Missionário Guillermo Valencia
sempre frisava, de “Não dar valor aos títulos das mensagens e sim na mensagem,
os títulos não fazem parte do texto”...
Conforme
Efésios 4:8-10, o Hades situa-se bem no profundo da terra. Além do ensino de
Efésios, as referencias à entrada de almas neste lugar é sempre “Desceu”. Confira : Jacó (Gn.37:35), Coré
(Nm.16:30-33), Jó (Jó17:16, 11:8), e outros (Sl.30:3, Sl.86:13,Sl.139:8,
Pv.9:18, Pv.15:24, Is.14:9, Is.38:18-32, Ez.31:15-17, Am.9:12). Em todas estas
referencias a Seol mostram
um lugar situado nas profundezas da terra. É de lastimar o fato de que inúmeras
referencias ao Seol,
no Antigo Testamento, certas versões em português traduzem por sepultura e
outros termos afins, o que sempre traz muita confusão.
As
palavras Hades
e Seol, aparecem às vezes traduzidas também por
inferno, como em Dt.32:22, 2Sm.22:6, Jó11:8, Jó26:6, Sl.16:10 e em muitos outros
lugares do Antigo Testamento, bem como do Novo Testamento. Mt.16:18, Ap.1:18.
O
cristão prudente não se apressa em dar interpretações pessoais à Palavra de
Deus. O inferno propriamente dita, isto é, o inferno eterno como destino final dos ímpios é o chamado Lago de fogo e
enxofre, mencionado em
Ap.20:10-14. o hades é apenas um inferno prisão, onde os ímpios permanecem
entre a sua morte e ressurreição, a qual ocorrerá por ocasião do juizo do
Grande Trono Branco, após o reino milenial de Cristo (Ap.20:17 e Ap.11:15).
Outras
vezes, a palavra Hades, como já dissemos, é traduzida por sepultura, como em Gn.37:35,Gn.42:38, Gn.44:31,
Jó21:13, etc... Deve-se tomar cuidado para evitar o ensino errôneo decorrente
de imperfeições nas traduções. Para citar só mais um exemplo deste problema,
esta mesma palavra hades é também traduzida por morte,
em 1Co.15:55b. Estas diferentes de uma mesma palavra têm trazido muita
confusão.
Portanto
antes da vinda de Jesus a este mundo, todos desciam aos Seol os justos e os
injustos, havendo uma separação intransponível entre as duas divisões do mesmo.
Depois da ressurreição de Jesus:
Jesus,
antes de morrer por nós, promete aos seus que “As portas do inferno nunca
prevalecerão contra ela” (Mt.16:18). Isto mostra que os fiéis de Deus, a partir
dos dias de Jesus, não desceriam mais ao Hades, isto é, a divisão reservada ali
para os justos. O texto em apreço indica futuridade em relação à ocasião em que
foi proferido por Jesus. A mudança ocorreu entre a morte e a ressurreição do
Senhor, pois ele disse ao ladrão arrependido: “Hoje estarás comigo no Paraíso” (Lc.23:43). O apostolo Paulo diz a respeito
do assunto: “Subindo ao alto, conduziu cativo o cativeiro, e deu dons aos homens.
Ora, subiu, que é, senão o que também desceu às partes mais baixas da terra?” (Ef.4:8-9).
Entende-se
pois, que Jesus, ao ressuscitar, levou para o céu os crentes do Antigo
Testamento que estavam no Seio de Abraão, conforme ele prometera em Mt.16:18. Muitos desses
crentes, Jesus os ressuscitou certamente para que se cumprisse o tipo
prefigurado na festa das Primícias (1Co.15:20-23). Nesta festa sagrada havia
pluralidade (o texto bíblico fala de molho ou feixe). No seu cumprimento
deveria, haver também pluralidade. E houve, conforme vemos em Mt. 27:52-53. A
obra redentora de Jesus no Calvário afetou, não só os vivos, mas também, os mortos que dormiam no Senhor.
A
vitória plena de Cristo teria que concluir a derrota da morte. Ora, todo
vencedor sempre regressa da última batalha trazendo consigo provas e evidencias
da sua vitória final. Era, pois, justo que o Senhor Jesus ressuscitasse alguns
e os trouxesse consigo, uma vez derrotada a morte!
O
apóstolo Paulo foi ao Paraíso, que já estava no terceiro céu (2Co.12:1-4). Portanto, o paraíso está agora lá em
cima, na imediata presença de Deus. Não embaixo, como antes. A mesma coisa se
vê em Apocalipse 6:9-10, onde as almas dos mártires da Grande Tribulação
permanecem no céu “debaixo do altar”, aguardando o fim da Grande
Tribulação, para ressuscitarem (Ap.20:4) e ingressarem no reino milenial de
Cristo.
Os crentes que agora dormem no Senhor estão no céu,
pois o paraíso está agora ali, como um dos resultados da obra redentora do
Senhor (2Co.5:8). No momento do
arrebatamento da igreja, seus espíritos virão com Jesus unir-se-ão a seus
corpos ressurretos, e subirão com Cristo, já glorificados (Ts.4:14).
A presente situação dos injustos
mortos:
Para estes não houve qualquer alteração quanto ao seu
estado, continuam descendo ao hades, o “Império da Morte” onde ficarão
retidos em sofrimento consciente até o juízo do Grande Trono Branco, aos o
Milênio, quando ressuscitarão para serem julgados e postos no inferno eterno
(Ap.20:13-15). Assim sendo, qualquer fantasma ou “alma de outro mundo”
que aparecer aqui é diabólica, porque do Hades não sai ninguém. É uma prisão,
cuja chave está com Jesus (Ap.1:18). Alma do outro mundo, ou espíritos
falantes ou incorporados não vêem a terra: os salvos estão com Jesus, e os
perdidos estão presos. O diabo, sim, por enquanto está solto, e sabe imitar e
enganar com muita perícia.
Em Ezequiel 32:17-32, no chamado “Rol das nações
Ímpias no Hades”, vemos os ímpios mortos das nações ali referidas,
postos no Hades. Esta passagem é sumamente importante diante dos fatos que
estamos estudando.
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