Amargura é uma raiz que brota
onde o pecado não é vigiado
O
versículo 15 diz: “nem haja alguma raiz de amargura que,
brotando...” Se olharmos, como cuidadosos estudiosos da
Bíblia, fiéis aos princípios de que a Bíblia interpreta a própria Bíblia,
veremos, no inicio do versículo 15, as palavras que definem como essa raiz
brota, ou de onde ela brota. Diz o próprio texto:“atentando, diligentemente,
porque ninguém seja faltoso, separando-se da graça de Deus”. Parece que esta raiz de amargura brota de
corações faltosos. Moisés também afirma o mesmo: os que contaminam o povo com o
veneno da idolatria são aqueles cujos corações se desviam do Senhor. Para
Calvino, em seu comentário de Hebreus, esse sentimento de amargura brota de
duas fontes:
a)
Desejos pecaminosos: O coração humano é contaminado pelo pecado
e os desejos do coração são comprometidos com esta inclinação pecaminosa (Jr.
17.9).
Jesus
adverte aos discípulos de que as coisas que contaminam o homem são aquelas que
saem do coração, como fruto de seus desejos (Mt 15.19,20).
Sendo
assim, amargura brota de desejos pecaminosos.
b)
Ilusória esperança de impunidade: Esta é outra fonte perigosa de onde brota a
amargura. Por se tratar de um ressentimento guardado na alma, muitos se iludem
pensando que irão espalhar este sentimento no seio da igreja, e que, no final,
ficarão impunes; afinal, não se conhece alguém que tenha sido disciplinado por
alguma igreja por semear a amargura no meio do povo. Mas o fiel Juiz de toda a
terra sonda os corações ( I Sm 16.7). Não devemos nos esquecer
disto.
A
Bíblia diz que aquele que encobre as suas transgressões, jamais prosperará (Pv
28.13).
Muitos
corações escondem amarguras e ressentimentos e não sabem porque se desenvolvem
tão pouco na vida cristã, na santificação. Quando alguns garotos
norte-americanos praticaram um massacre em uma das escolas nos Estados Unidos,
o então presidente Bill Clinton expressou, assim, a sua preocupação: “Há um grande numero de outros garotos por
ai que estão acumulando ressentimentos dentro de si, e fora do nosso alcance”. Não deixe brotar esse mal em seu coração
e nem no meio da igreja.
É
oportuno observar a advertência feita por Deus a Caim (Gn 4.7).
A amargura perturba a harmonia e a paz
No
versículo 15, encontramos esta estrutura: “nem haja raiz de amargura que, brotando,
vos perturbe”. O menor efeito que podemos ver deste
terrível mal é que ele perturba o ambiente onde se instala. A linguagem do
autor é para que os seus leitores possam atentar para esse mal que perturba a
igreja, envenena almas e desarmoniza comunidades inteiras. A amargura perturba
ao próprio individuo.
Li,
certa vez, uma frase que me chamou muito a atenção. Dizia: “Muitos parecem carregar um inferno dentro
de si, e onde vão, o inferno vai com eles, porque o inferno esta dentro deles”. A verdade é que algumas pessoas não atentam
para o fato de que guardam amarguras dentro de si e, por isso, não conseguem
viver em paz e harmonia consigo mesmas. Sua palavra tende a ser sempre
depreciativa. Transferem para o outro aquilo que está dentro de si e que as
perturbam. Tratam os outros com dureza, parecem até mesmo não terem aprendido a
amar.
Paulo
exorta a que tenhamos em nós o mesmo sentimento que houve, também, em Cristo Jesus (Fp 2.5).
Jesus
disse que um pouco de fermento levada a massa toda. O que Moises chama de “raiz que produz erva venenosa e amarga” é exatamente um tipo de veneno que
perturba, incomoda, afeta quem está por perto também. Em vez de
produzir a paz, produz a intoxicação.
A amargura atinge a comunidade
A
amargura é perturbadora, tanto para quem a possui, quanto para os
outros. O grande problema da amargura é que ela contamina o ambiente.
Assim como o sal, o fermento, o tempero, em geral, a amargura atinge a
totalidade. Ela contamina a comunidade com seu efeito maléfico. Quando um
membro da igreja fica amargurado com alguma situação, nem sempre consegue
guardar aquilo só pra ele, e logo temos uma comunidade contaminada.
No
versículo 15, o autor compara tal atitude como procedimento de alguém impuro e
profano, e mais, semelhante a Esaú, que vendeu o direito de primogenitura. Mas
tarde, querendo herdar a benção, foi rejeitado, pois não achou lugar de
arrependimento (Gn 27.32-35).
Parece
um caminho sem volta. Contamina-se de tal forma que não encontra saída. Quantas
vidas amargas! Quantos corações contaminados por palavras venenosas! Quanta
imprudência e ausência de vigilância daqueles que deveriam estar “semeando a paz”! (Tg 3.18). Peça a Deus para te livrar da
amargura, porque ela adoece a alma.
Vencendo a amargura com uma vida de
santificação
Encontramos,
na Bíblia, todas as coisas que nos conduzem à vida e à santidade. O próprio
texto de Hebreus que estamos estudando nos apresenta material de sobra para
vencermos a amargura, crescermos em santidade. O autor, nesse contexto, apresenta-nos as
seguintes alternativas: “Segui a paz com todos e a santificação
(...) atentando diligentemente para que ninguém seja faltoso (...) nem haja
impuro ou profano” (vs 14-16).
Na
estrada de volta a Belem onde os transeuntes passavam, ficavam os mercadores de
desgraças, os gerenciadores de tormentas, os precursores de maledicências, e
por ali passava Noemi que outrora era a AGRADAVEL, SUAVE E ENCANTADORA mais que
agora havia se tornado MARA - AMARGA e tambem Rute a moabita.
O retorno
foi amargo, o retorno havia fel misturado com sarcasmo, não havia esperança e
novamente debaixo do mesmo pé de Zimbro descansam quietas a amargura e a
companheira a amiga (RUTE), que visão mais magnifica seria possivel um
fotografo, ou um pintor desenhar este quadro? Acho que improvável, quem vai
querer desenhar ou fotografar a amargura e a sua companheira.
O
dia se acaba, a noite vem, já não há mais pássaros agoureiros na copa do velho
zimbro apenas uma doce esperança, amanhã será um novo dia.
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