Elimeleque, Noemi, Malom e
Quiliom
Nossa historia começa com um jovem casal, o nome dele
Elimeleque sua esposa chamava-se Noemi, durante um período de escassez, fome e seca
em Israel, o casal decide juntamente com seus filhos descerem para Moabe.
Era um dia de sol, pela manhã com uma brisa suave,
Elimeleque vai até os parentes próximos e empenhora suas terras, pratica muito
comum em Israel, volta pra casa com o dinheiro do arrendamento das terras,
albarda os animais, com um beijo suave na testa dos velhos anciãos da aldeia se
despede de todos e La vai, Elimeleque, Noemi, Malom e Quiliom, uma família
agora com um pouco de dinheiro nos bolsos, e um coração cheio de sonhos e
idéias, ao escrever este texto me lembra as palavras da canção do Gonzagão Asa
Branca, acho que não teríamos trilha sonora melhor para descrever esta cena.
“...Quando
olhei a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Que
braseiro, que fornalha
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Nem um pé de prantação
Por falta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Por
farta d'água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Morreu de sede meu alazão
Inté
mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Então
eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Guarda contigo meu coração
Hoje
longe, muitas léguas
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Numa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Espero
a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando
o verde dos teus olhos
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Se espalhar na prantação
Eu te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração
Eu
te asseguro não chore não, viu
Que eu voltarei, viu
Meu coração...”
Que eu voltarei, viu
Meu coração...”
Só
que havia uma diferença na canção de Luiz Gonzaga e na realidade da Familia de
Elimeleque; o nome.
O
nome que eles tinham, o lugar que eles vinham traziam consigo a dignidade de
uma familia prospera, abençoada mais que decidiram sair da proteção de Deus.
Vamos conhecer um pouco a vida de cada um membro da
família?
Elimeleque seu nome significa MEU DEUS É REI, uma
afirmação contundente de que o Deus-Rei é o Deus dele, portanto, se o seu Deus
é o Rei, haveria mesmo a necessidade de se ter um fundo musical tão triste e depreciativo
como a ASA BRANCA?
Um homem de posses da família hezronita, que habitava
em Efrata de Belem, viveu no tempo dos Juizes, logo da descendência daquele que
viria ser rei em Israel, da descendência de Davi, Salomão, homens marcado por
experiências inteligíveis, mais agora, estava indo rumo a Moabe, e o pior, com
sua família
Belem que significa CASA DO PÃO, uma cena inusitada, a
casa do pão estava vazia, não saciava mais a fome, o povo estava carente do pão
e não havia, qual o resultado? Descer a Moabe.
Moabe significa TERRA DOS DESEJOS, quem de nós em algum
momento não sonhou com a terra dos desejos, onde seus sonhos, seus ideais,
tornam-se “realidade”? todos nós mais o que acontece é que a terra dos desejos
guardam surpresas nada agradáveis para nós, vem sofrimento, vem dor, vem
tristeza, vem constrangimento e por último a morte.
“... é melhor pouco pão e água
na terra de Deus, que fartura na terra dos desejos...”
Trazendo para nossos dias, constantemente somos
confrontados também com esta mesma realidade, encontramos que estamos em seca
na terra do pão, decidimos sair da nossa posição, ligamos nosso ipad, iphone na
canção ASA BRANCA, e vamos rumo a terra dos desejos, com uma promessa, de que
quando o verde dos seus olhos se espalhar na plantação, eu te asseguro não
chore não, eu voltarei, viu meu coração. Mais a pergunta é será que vai dar
tempo para o retorno?
E Noemi, quem era? Seu nome significa AGRADAVEL, SUAVE,
ENCANTADORA, como pode um homem que tem Deus como rei, uma esposa de nome
encantadora abandonar a casa de Deus? Abandonar o altar por falta de pão? Mais
a frente seu nome passa a ser MARA que significa AMARGA, pois a vida na terra
dos desejos a tornou assim. Noemi uma mulher que tem muito que ensinar as
nossas mulheres hoje em dia o que é submissão, ela poderia ter falado, brigado,
discutido, esperneado com o marido, porem, o arrendo da terra estava em suas
mãos, era necessário sair, era necessário ouvir, e em um momento só, mesmo com
os filhos ao seu lado, ela coloca um saco nas costas e sai solfejando a triste
canção: Que braseiro que fornalha, nem um
pé sede prantação, por falta dágua perdi meu gado, morreu de sede meu alazão.
Seus filhos Malom e Quiliom, quem eram? Filhos de um
relacionamento lindo, adolescentes recém formado em seus ensinos médios, da
prazer de lembrar sua iniciação diante do sacerdote, primeiro Malom recitando a
Torá como nenhum outro jovem jamais havia declamado, seus olhos castanhos
brilhavam pela sede de tornar-se prospero na terra do pão, seria ele o homem
que se tornaria o próximo Juiz? Quem sabe? Mais de repente numa noite de frio
diante da fogueira que fizeram no quintal, seu pais se aproxima e diz meu filho
vou arrendar nossas terras, iremos partir amanhã, seus sonhos de adolescentes,
seus ideais, ficaram e tornaram-se poeira, sua viagem seria sem volta seu
próprio nome já diz DOENÇA, sim tirar Malom da casa do pão não era muito
inteligente, pois o único lugar onde há cura é na casa do pão, na terra dos
desejos vai se agravar ainda mais a
enfermidade, não haverá esperança pra ele, seu irmão Quiliom fica aterrorizado
com o fato da mudança, haviam sido criados ali, seus amigos, parentes, estavam
todos ali, a escola era perto, o sacerdote estava a postos para receber o
recital da Torá, ele havia estado nas montanhas de Gileade, corrido, perto do
Jordão, ele sabia o valores daqueles lugares e mais Quiliom significa MORTE,
era certo que pra ele só havia uma esperança estar em Belem, estar na casa do
pão, lá na terra dos desejos haveria morte na certa, mais o arrendamento das
terras estava acertado os valores pagos, o contrato assinado. É hora de ir.
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