sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

O Pastor como formador de Pastores

 


O pastor como formador de pastores

Quando eu ainda era promotor de evangelismo, meu pastor o Ministro GUILLERMO VALENCIA GARCIA, me deu o seguinte conselho, na verdade foram dois excelentes que levo sempre comigo, e um destes conselhos foi me instruir que ovelhas (membros) geram ovelhas (membros) e pastores geram pastores, ainda hoje me recordo quando ele me ensinou sobre isto, era uma noite gélida e chuvosa, estávamos saindo da zona leste de São Paulo com destino a zona sul da mesma cidade e ele dedicou alguns minutos do seu tempo para me ensinar. Hoje, após 23 anos de ministério quero compartilhar com vocês alguns conselhos, nosso tema de hoje é: PASTOR COMO FORMADOR DE PASTORES...

Como administradores da Palavra, não devemos nos esquecer que muitos dos irmãos que ensinamos, também podem ter o chamado ao ministério pastoral, pois o ministério pastoral não é uma concorrência, o Senhor disse que os campos estão prontos, mas poucos são os ceifeiros (Mc.9:37), logo todo o que desejar servir a Deus no ministério é bem vindo e, é nossa responsabilidade capacita-los para o ministério, lamentavelmente temos visto e assistido uma quantidade de pastores ruins pregando e cuidando do povo.

Neste século XXI o povo está sendo mal alimentado com a palavra, amantes de sí mesmo tem utilizado o púlpito para se auto promoverem, e a minha pergunta quem é o responsável? Não há outra resposta a não ser, os pastores que deitaram azeite sobre a cabeça destes ministros, porem, não os ensinaram o que é o ministério pastoral.

Hoje em dia temos: pastores que não pregam, apenas cantam, pastores que não pregam apenas revelam, sequer sabem o que é ministério profético, confundem com ministério revelatorio. O que é uma vergonha.

É de suma importância promover um homem ao ministério, porem não podemos esquecer que se ele tiver êxito ou fracassar a pergunta seguirá:

QUEM FOI QUE O CONSAGROU? Se o novo ministro obteve êxito no seu ministério, a sombra daquele que o promoveu estará em destaque, eu mesmo tive muitos problemas com o pastor que me promoveu, mas carrego a grata satisfação por tudo que fez por mim, hoje ao olhar para traz, trago comigo uma trajetória de graça e paz, trago comigo uma trajetória de sucesso, não sucesso que me encha os bolsos de dinheiro, ou que me faça ser o maior de todos, mas o resultado está nas aguas do batismo onde muitas almas foram sepultadas e nasceram de novo. Meu sincero agradecimento ao Pastor GUILLERMO VALENCIA GARCIA, por ter me colocado no caminho do serviço a Deus.

Se caso o ministério é apagado, cheio de falhas, falta de condições para doutrinar, ou admoestar o povo, se o pastor consagrado não visita os membros, não se importa com a Igreja, abre o ponto de pregação em cima da hora, não estuda, sempre transfere o púlpito para que outro pregue e as ovelhas então já não ouvem a voz do pastor, a pergunta também seguirá: QUEM FOI QUE CONSAGROU ESTE PASTOR?

Desta forma tiraremos a seguinte conclusão: que ao promovermos uma pessoa ao sacro santo ministério pastoral, não é por causa da quantidade de dízimos que esta pessoa devolve ou a quantidade de cultos que ela assiste, também não deve ser por afinidade. Vemos então que é um trabalho árduo e que repousa sobre o pastor formador de pastores um peso de responsabilidade enorme.

Antes porem, falemos sobre os procedimentos para promover uma pessoa ao santo ministério pastoral:

1 – Deve ser apresentado pelo pastor a toda a Igreja: e este irmão deve desfrutar da aceitação do povo

1.1.      O povo deve reconhecer neste candidato a pastor o chamado e ver nele a visão ministerial;

1.2.      O povo deve reconhecer a moral e a índole do candidato a pastor;

1.3.      O povo deve reconhecer nele seu conhecimento sobre as doutrinas fundamentais;

1.4.      O povo deve reconhecer que seu lar é um lar de respeito e acima de tudo cristão

1.5.      Ainda de forma empírica o povo deve entender que ele preenche os quesitos para o ministério pastoral.

 

2 – Depois de apresentado ao povo o candidato deverá ser submetido aos trabalhos pastorais:

2.1. A Igreja deve levar o candidato a atuar em visitações

2.2. A Igreja deve levar o candidato a atuar nos sacramentos

2.3. A Igreja deve levar o candidato a atuar na área administrativa da Igreja

2.4. A Igreja deve levar o candidato a atuar nos cultos e temas diversos

 

3 – No Espaço Pentecostal o candidato serve primeiramente dois anos para depois ser consagrado:

3.1. Durante estes dois anos o candidato será observado em todos os aspectos

3.1.1. Economia pessoal e elcesiastica

3.1.2. Atenção a família e a Igreja

3.1.3 Dedicação aos estudos e capacitação

 

NOTA: Nenhum candidato será consagrado caso não esteja estudando teologia

 

Um olhar ao chamado:

Muitos fracassos de um homem no ministério é a falta de chamado.

“...E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: "Como são belos os pés dos que anunciam boas novas!.." (Rm.10:15 NVI).

 

Pregar sem estar conscientes de que somos chamados pelo Senhor, é uma ideia descabida, pois o candidato a ministro deve estar ciente de que ao ser chamado ao Ministerio, ele, o candidato não pode se dar ao luxo de pregar qualquer coisa, ou orar sem fé etc...

 

“...Então o Senhor me disse: "É mentira o que os profetas estão profetizando em meu nome. Eu não os enviei nem lhes dei ordem nenhuma, nem falei com eles. Eles estão profetizando para vocês falsas visões, adivinhações inúteis e ilusões de suas próprias mentes"...” (Jr.14:14 NVI)

Neste texto vemos ao menos três coisas importantes:

 

A – Ser enviado, ninguém se auto consagra;

B – Ser conscientes de que recebemos uma ordem;

C – Estar seguros de que Deus nos respalda

 

Mas qual será o resultado daquele que não tem chamado?

Bem vou tentar te dizer não de acordo com o nosso português, mas sim com o “português de Deus”: “...Por isso, assim diz o Senhor: "Quanto aos profetas que estão profetizando em meu nome, embora eu não os tenha enviado, e que dizem: ‘Nem guerra nem fome alcançarão esta terra’, aqueles mesmos profetas perecerão pela guerra e pela fome! E aqueles a quem estão profetizando serão jogados nas ruas de Jerusalém, por causa da fome e da guerra. E não haverá ninguém para sepultá-los, nem para sepultar as suas mulheres, os seus filhos e as suas filhas. Despejarei sobre eles o castigo que merecem; "Diga-lhes isto: " ‘Que os meus olhos derramem lágrimas, noite e dia sem cessar; pois a minha filha virgem, o meu povo, sofreu um ferimento terrível, um golpe fatal...” (Jr.14:15-17 NVI)

 

Isaias foi consciente do seu chamado e teve êxito o contrario também é real, caso não haja consciência não haverá êxito: “...Então ouvi a voz do Senhor, conclamando: "Quem enviarei? Quem irá por nós? " E eu respondi: "Eis-me aqui. Envia-me!"...” (Is.6:8 NVI)

 

O próprio Jeremias consciente de seu chamado, teve ousadia de polemizar a Deus, antes de aceitar o chamado, mas o Senhor Deus lhe respondeu claramente: “...E hoje eu faço de você uma cidade fortificada, uma coluna de ferro e um muro de bronze, contra toda a terra: contra os reis de Judá, seus oficiais, seus sacerdotes e o povo da terra...” (Jr.1:18 NVI).

 

Caso isto não houvesse acontecido no ministério de Jeremias, o profeta jamais poderia chegar e dizer: “...Mas, se eu digo: "Não o mencionarei nem mais falarei em seu nome", é como se um fogo ardesse em meu coração, um fogo dentro de mim. Estou exausto tentando contê-lo; já não posso mais! Ouço muitos comentando: "Terror por todos os lados! Denunciem-no! Vamos denunciá-lo! " Todos os meus amigos estão esperando que eu tropece, e dizem: "Talvez ele se deixe enganar; então nós o venceremos e nos vingaremos dele". Mas o Senhor está comigo, como um forte guerreiro! Portanto, aqueles que me perseguem tropeçarão e não prevalecerão. O seu fracasso lhes trará completa vergonha; a sua desonra jamais será esquecida...” (Jr.20:9-11 NVI)

 

Paulo também estava consciente do seu ministério: as seguintes expressões são comumente encontradas nas cartas de Paulo:

“...Paulo, chamado para ser apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, e o irmão Sóstenes,... “ (1Co.1:1 NVI)

“...Paulo, apóstolo enviado, não da parte de homens nem por meio de pessoa alguma, mas por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos...” (Gl.1:1 NVI)

Entre outros textos...

 

Muitas vezes ouvimos que “fulano” foi enviado à obra, mas era infiel com os dízimos era inconstante nos cultos, era um problema para o pastor, então o pastor deu um jeito de se livrar dele enviando-o para a obra, pois estando na obra ele vai aprender. A pergunta seria qual o resultado este candidato dará na obra?

Se um pastor não é santo na Igreja local, jamais será santo no Ministério.

A nível local o candidato tem se tornado um problema e a nível ministerial também será um problema, por que? Simplesmente porque o candidato não passou pela porta, ele “pulou a janela”.

 

O candidato com chamado ao ministério está como um baluarte ou como uma cidade fortificada, suportando as aflições como bom soldado de Jesus o Cristo (2Tm.2:1-3 e 4:5)

 

Um olhar à capacidade do candidato:

Duas coisas devem chamar a atenção se o candidato está capacitado ou não:

1 – Ele preenche os quesitos da sua salvação pessoal?

1.1        Arrependimento

1.2        Batismo nas águas em Nome de Jesus

1.3        Batismo com Espirito Santo

1.4        Santidade

1.5        Permanece firme

 

2     – Ele tem os dons do Espirito Santo e o Fruto do Espirito Santo?

Os dons são necessários para que possa ganhar almas, e atuar no meio da Igreja

O Fruto é necessário para que o candidato esteja capacitado e protegido no ministério

 

Aconselho ao candidato a ministro que leia meu livro MINISTERIO DO ESPIRITO SANTO

 

Deus os abençoe em breve mais estudos e trabalhos sobre o candidato ao ministério pastoral

 

Atte.

 

Pr.Dr. Wagner Teruel

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