Uma
vírgula ao invés de um ponto final
“...E Sansão orou ao Senhor:
"Ó Soberano Senhor, lembra-te de mim! Ó Deus, eu te suplico, dá-me forças,
mais uma vez, e faze com que eu me vingue dos filisteus por causa dos meus dois
olhos!...” (Jz.16:28 NVI)
As vezes nos complicamos
tanto, como vimos no ultimo domingo na mensagem: QUANDO NASCE UMA MÁGOA – A
SINDROME DE CAIM, e esta complicação nos leva a uma fuga, e a fuga a querermos
colocar um ponto final na nossa história, e quando pensamos que tudo está
acabado, e que vamos de alguma forma colocar um ponto final, vem Deus através
dos seus servos e mostra-nos apenas que é uma virgula.
1 – O trauma pelos nossos erros confundem-se com a dor da
mágoa:
Sansão cujo nome significa: pequeno sol, ou, como o sol, imagina isto? Tamanho era seu poder,
tamanho era sua fama, tamanha era sua capacidade de se desvencilhar do inimigo,
porem incapaz de se livrar dos traumas do passado e das dores da mágoa.
1.1 traumas do passado: Cada pessoa lida
com um trauma de forma diferente e a jornada para superar isso
é singular. O que funciona para um, pode não funcionar para outro; por exemplo:
Término de um relacionamento;
Perda de entes queridos;
Assédio físico, sexual ou mental;
Relacionamentos abusivos;
Situações de humilhação;
Assaltos e Sequestros;
Abandono na infância;
Situações de risco de vida;
Mudanças drásticas, como a separação dos pais na
infância;
Acidentes;
Exposição a situações extremamente difíceis, como
pobreza extrema.
1.1.1 Sinais do trauma emocional: Na maioria das vezes, não
conseguimos lembrar do trauma que vivenciamos porque nosso cérebro emocional
cria uma barreira, um mecanismo de defesa para nos proteger.
Temos
medo de encarar e reviver aquela dor, então, esse mecanismo é
criado quase que de forma inconsciente.
Mas, isso
apenas agrava o problema, pois quando não aceitamos a nossa história, deixamos
de ser nós mesmos.
Não dá
para fugir de um trauma emocional para sempre. Ao decorrer da vida,
sentimos diversos sinais, até que chega um momento onde não dá mais
para desviar o olhar.
Confira
alguns efeitos que o trauma pode gerar:
Emocional
Desesperança,
sentimento de incompetência e impotência;
Incapacidade
de se sentir feliz e desfrutar pequenos momentos de alegria;
Culpa;
Ansiedade
e Depressão;
Ataques
de pânico;
Falta de
amor-próprio e autoconfiança;
Dificuldade
em compartilhar sentimentos e pensamentos;
Raiva e
Medo.
Comportamental
Vícios
(substâncias químicas, álcool, jogo, comida e compras);
Comportamentos
Autossabotadores e Autodestrutivos;
Isolamento
social ou Fobia social;
Descuido
pessoal;
Fadiga;
Dificuldade
parental e de manter um relacionamento amoroso;
Insônia.
Cognitivo
Falha na
memória;
Perder a
noção do tempo com frequência;
Falta de
concentração;
Pensamentos
negativos;
Falta de
desejo sexual ou contato;
Dificuldade
em tomar decisões.
Afinal, como superar um trauma do passado?
Essa tarefa não é fácil – exige muito foco, prática
e persistência.
Há alguns comportamentos que podem promover mudanças
positivas, auxiliando no começo desse processo. Separamos 5 dicas para te
ajudar, veja a seguir!
1.1.1.1 Identifique os gatilhos
Precisamos ter consciência
daquilo que queremos mudar em nossas vidas e identificar os gatilhos que nos
levam a ter comportamentos ou pensamentos negativos é um passo
muito grande.
O trauma emocional carrega
emoções e sentimentos associados ao acontecimento e podemos acessar esses
programas emocionais através de algum gatilho externo ou interno.
Quando percebemos esses gatilhos,
temos o poder de mudar a nossa reação e, assim, agir de uma forma diferente da
próxima vez.
Gatilhos internos: memórias, crenças,
frustrações, expectativas, mágoas, ciúme, medos, rancores.
Por exemplo, lembrança de algum
acontecimento doloroso; pensamentos como “não sou capaz”, “ninguém me ama”;
medo de sofrer etc.
Gatilhos externos: ambientes, acontecimentos,
lugares, pessoas, tarefas, conversas, atividades, situações, cenários.
Por exemplo, encontrar uma pessoa
que desperta mágoa; necessidade de sempre ir em algum lugar ou encontrar alguém
que te lembre de alguma dor etc.
Sempre que entrar em um estado
emocional negativo, identifique o que aconteceu antes (isso
são os gatilhos) e anote.
Logo, será possível perceber um
padrão de comportamento e assim, alterá-lo!
1.1.1.2 - Trabalhe sua autoconfiança
O trauma não define a essência de
ninguém. Quando
temos baixa autoestima e não fazemos nada para mudar isso, diminuímos
o amor e damos espaço para a dor.
Todos os dias precisamos praticar
o amor-próprio, isso não nasce de uma hora para outra e muito menos se mantém
para sempre com apenas uma atitude. É um trabalho contínuo.
Então, procure lembrar dos pontos
positivos, suas qualidades únicas, características que somente você tem. Se
elogie ao olhar no espelho, tire um tempo para fazer coisas que gosta, diga
“não” e se coloque em primeiro lugar!
Aos poucos, isso se tornará um
hábito e a autoconfiança será a principal força para superar o
trauma.
1.1.1.3 - Encontre um porto seguro
Sentimentos inferiores vão surgir
e você precisa de um “porto seguro” para se desconectar disso —
tudo é equilíbrio. Algumas pessoas recorrem à espiritualidade, trabalho
voluntário, um hobby…
Encontre algo que traga alívio
para a sua vida. Você
precisa de leveza e todos os dias temos a oportunidade de achar uma parte de
nós que era desconhecida até então. Nunca é tarde para aprender algo novo!
1.1.1.4 - Aproprie-se do seu futuro
Metas e objetivos são essenciais
para termos motivação e assim, evoluir. Envolva sua vida
profissional, social e familiar nesse processo.
O que você quer alcançar nessas áreas?
Qual é o seu sonho? Pense a longo e curto prazo. Abrace o seu futuro, a sua
jornada. Ela pertence somente a você.
1.1.1.5 - Expresse seus sentimentos
Comece esse processo com as
pessoas que você confia e também com você mesmo. Não fuja dos seus pensamentos,
converse com eles, abra um espaço para o diálogo interno.
Depois, vá para o externo. Se
posicione, fale o que pensa, compartilhe seus sentimentos, medos, receios,
sonhos e alegrias.
Converse com um profissional
sobre o trauma, coloque esses sentimentos para fora.
Segurá-los dentro de você apenas
aumentará o trauma. Quando estiver preparado, converse sobre a situação com as
pessoas importantes da sua vida.
Isso é passado, já aconteceu.
Está na sua história, mas não define a sua existência! Pelo
contrário, faz parte da força que você tem hoje!
1.2 – A dor que a mágoa causa: a mágoa causa
dores físicas e emocionais, O ser humano, por muitas vezes durante a sua vida,
vivencia desavenças com pessoas do seu convívio, e alguns desses atritos não
são solucionados.
O resultado disso são ressentimentos que
são sustentados em sua mente e em seu coração. Há momentos em que o
desentendimento é prolongado por não ser resolvido, se transformando em rancor,
podendo perpetuar por várias semanas, meses ou até anos.
Trata-se de um cenário indesejável e
inconveniente, que em vários casos não é revelado ao outro o seu lado da
história e, assim, o contratempo permanece sem desfecho.
Seja com um familiar, amigo
ou colega de trabalho, é um sentimento que interfere nas ações do dia a
dia e impede de seguir em paz consigo mesmo.
Pensando em amenizar esses conflitos psicológicos e emocionais, criamos uma lista com três
formas de como lidar com as mágoas que insistem em afetar a nossa vida.
Como lidar com as mágoas?
1.1.2.1 - Procure
entender a razão
Para lidar com
as mágoas, o primeiro passo é entender que quanto maior o tempo que ela
permanecer em sua vida, mais profunda se transformará a ferida, tornando a
cicatrização ainda mais difícil. Após essa reflexão, é importante identificar a
raiz do ressentimento, buscando uma conversa pacífica e decisiva para
reparar os danos causados pelo desentendimento.
Não tenha medo
de expressar o que sente e procure deixar claro para a outra pessoa o quanto a
reconciliação é necessária. Porém, os dois pontos de vista devem ser expostos
durante a conversação, para que não ocorram mais decepções.
1.1.2.2 - Exercite
a compreensão
Com origem no
latim, a palavra mágoa significa macula, que quer dizer “desgosto, pesar,
tristeza, ressentimento”. Diante de sensações tão desagradáveis, faça a sua
parte e promova a reconciliação, pois manter sentimentos ruins prejudica o
progresso da sua vida e, por muitas vezes, eles tornam-se um empecilho para
alcançar a felicidade em sua plenitude.
Compreender e
aceitar que o outro também erra é uma etapa determinante para lidar com as
mágoas. Vale lembrar: cada ser humano vê o mundo de uma maneira. Isso quer
dizer que nem sempre a intenção da outra pessoa é magoar, pois uma atitude que
é errada para você, pode ser considerada correta por ela.
1.1.2.3 - Busque
trabalhar o perdão
Você já deve ter
ouvido aquela famosa frase: “passado deve ficar no passado”. Esse é o
entendimento necessário para reconhecer que o perdão é a chave para lidar com
as mágoas, pois elas estão sempre ligadas aos acontecimentos antigos que
prolongamos em nossa mente.
Isso também vale
para os relacionamentos a dois, em que o
convívio gera desentendimentos cotidianos que enfraquecem a relação. O ideal é
o que o casal reserve um tempo para conversar, garantindo uma união baseada no
diálogo.
Meu convite: antes de desistir de tudo e
colocar um ponto final, coloque uma virgula.
Foi assim com Sansão e pode ser assim com
você, foi assim Ele perdeu tudo, ele perdeu a liderança, ele perdeu a família,
você pode imaginar que o pai de Sansão falou face a face com Deus, e agora
estava ali seu filho, cego, amarrado e puxado como se fosse um cachorro, os
inimigos de Deus zombando dele, era o fim, mas ele decidiu colocar uma virgula,
não poderia viver o resto da sua existência ouvindo zombarias sobre ele, sobre
sua nação e sobre o seu próprio Deus.
Desta forma a virgula foi:
SOMENTE UMA VEZ
MAIS SENHOR
Você conseguiria fazer esta oração agora
mesmo?
Pr.Dr. Wagner Teruel
www.itsteologia.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário