Onde o indigente tem privilégio
Romanos 5.6-8
“Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu
por nós, sendo nós ainda pecadores.” (Rm.5.8)
Advertência: O conteúdo deste capítulo é próprio para abrir o apetite.
Você pode querer lê-lo na cozinha.
Minha primeira colocação ministerial foi em Suzano, São Paulo.
Em nossa congregação que era em uma garagem, tinham apenas uma familia, e logo
depois foi chegando mais e mais pessoas para congregar, eu não tinha ideia que
mais pra frente esta seria uma marca do meu ministerio, sempre começar com uma
única familia. A vantagem de começar com uma única familia é que normalmente
nos tornamos intimos e passamos a ser uma familia, e voce sabe comofamilia
sempre se dedica a cozinhar não é mesmo? Eu me encaixava perfeitamente, porque
apesar de nunca ser permitido em cozinhar, mas sempre gotei muito de comer
Em algumas igrejas, os jantares “triviais” fazem jus ao nome.
As cozinheiras rapam a panela, e você tenta a sorte. Não assim com essa igreja.
Nossos “triviais” eram um grande evento. Alias, isto, de jantares triviais, logo
logo vamos estabelecer aqui na nossa Igreja, aguardem.
Para as mulheres, era uma refeição extra-oficial; para os
homens, uma descarada comilança.
Para mim, era ótimo, uma verdadeira cornucópia. O paulista gosta muito de
churrasco tambem, mas feijoada, panquecas etc... poxa, já estou desenvolvendo
de novo este ministerio da comilança. Já se perguntou por que há tantos
pregadores robustos? Você entra no ministério para ter refeições como essas. já
diz o ditado que pastor sem pança não gera confiança.
Enquanto os outros planejam o que cozinhar, os jovens
solteiros e adolescentes estudam a técnica de armazenagem dos camelos. Nestes jantares
cada pessoa deve aportar com alguma coisa, para os jovens é sempre dificil,
certa ocasião, em um destes ataques de prateleiras e geladeiras para levar a
Igreja, um certo jovem apareceu com meio pote de pasta de amendoim, antigamente
chamava-se amendocrem, hoje não sei como se chama, outra vez ele apareceu com meia
dúzia de pão com geléia. Uma das melhores oferendas foi um saco fechado de batata
frita. Outra, um pouco mais magra, foi uma lata de sopa de tomates, também
fechada.
Não
era muito, mas ninguém nunca reclamou. De fato, o modo como agiam aquelas senhora
o faria pensar que ele havia levado um peru de final de ano, filas recebiam o
pote de amendoim e o colocavam sobre a longa mesa, com os outros alimentos.
Davam um prato e incentivavam:
— Vá em frente, não se acanhe. Encha o prato. Ele ia! Purê de
batatas. Molho. bife. Frango frito. Ele pegava um pouco de cada coisa, menos é
claro o amendoim.
Ele chegava como um indigente, e comia como um rei! Embora
Paulo nunca tenha ido a um “trivial”, ele teria adorado o simbolismo. Ele diria
que Cristo fez por nós
precisamente o que aquelas senhoras faziam pela Igreja. Ele recebeu-nos em sua
mesa em virtude de seu amor e de nossa petição. Não são as nossas oferendas que
nos garantem um lugar no banquete; na verdade, qualquer coisa que levemos
parecerá insignificante em sua mesa.
A admissão
de nossa fome é a única exigência, pois, “Bem-aventurados os que têm fome e
sede de justiça, porque serão fartos” (Mt 5.6). Nossa fome, então, não é um
anseio a ser evitado, mas antes, um bem-vindo desejo a ser atendido. Nossas
fraquezas não são para serem rejeitadas, mas confessadas. Note sé não é este o
âmago das palavras de Paulo, quando escreve: “De fato, no devido tempo, quando
ainda éramos fracos, Cristo morreu pelos ímpios. Dificilmente haverá alguém que morra por um justo; pelo homem bom talvez alguém tenha
coragem de morrer. Mas Deus demonstra seu amor por nós pelo fato de Cristo ter
morrido em nosso favor quando ainda éramos pecadores.” (Rm 5.6-8 NVI).
1 - O retrato de um indigente
O retrato que Paulo faz de nós não é nada atrativo. Nós
éramos “incapazes de ajudar a nós mesmos”, “vivendo contra Deus”, “pecadores”,
“inimigos de Deus” (Rm 5.6,8,10). Tais são as pessoas por quem Cristo morreu.
O terapeuta familiar, Paul Faulkner, conta do homem que
resolveu adotar uma adolescente problemática. Alguém questionaria a lógica do
pai. A menina era destrutiva, desobediente e desonesta. Um dia, ela veio da
escola para casa, e revirou tudo à procura de dinheiro. Quando ele chegou, ela
já se fora, e a casa estava de pernas para o ar.
Ao saber do fato, os amigos insistiram com ele para que não
finalizasse a adoção.
— Deixe-a ir — aconselharam. — Afinal, ela não é realmente
sua filha.
A resposta dele foi simples:
— Sim, eu sei. Mas eu disse a ela que era.
Deus, também, fez um acordo para adotar o seu povo. E seu
pacto não é invalidado por nossa rebelião. Uma coisa é amar-nos quando somos
fortes, obedientes, e cordatos. Porém, e quando vasculhamos-lhe a casa, e
roubamos o que é dele? Esta é a prova do amor.
E Deus passa na prova. “Mas Deus prova seu amor para
conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
As mulheres de minha igreja não olhavam o amendoim que o
jovem levava, ou diziam: “Volte quando aprender a cozinhar”.
O pai não olhou para a bagunça da casa, e disse: “Volte
quando aprender a respeitar”.
Deus não olhou para nossas vidas confusas, e disse: “Morrerei
por você, quando você o merecer”.
Nem Davi olhou para Mefibosete e disse: “Eu o resgatarei
quando você aprender a andar”.
Mefibo o quê?
Mefibosete. Quando você ouvir sua história, compreenderá por
que mencionei-lhe o nome. Assopre a poeira dos livros de 1 e 2 Samuel, e lá
você o verá.
(E Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado de ambos
os pés. Era da idade de cinco anos quando as novas de Saul e Jônatas vieram de
Jezreel; e sua ama o tomou e fugiu; e sucedeu que, apressando-se ela a fugir,
ele caiu e ficou coxo; o seu nome era Mefibosete) (2 Sm 4.4).
Os parêntesis no versículo não são tipos. Mefibosete está
entre parêntesis na Bíblia. O versículo não diz muito; apenas seu nome
(Mefibosete), sua calamidade (deixado cair pela ama), sua deformidade
(aleijado dos pés), e segue adiante.
Mas isto basta para levantar algumas questões. Quem era esse
menino? Por que sua história aparece na Escritura? Por que Wagner Teruel esta
mencionando MEFIBOSESTE nesta serie de mensagens NAS GARRAS DA GRAÇA? Apenas
para uma pequena volta ao passado, creio que será útil.
Mefibosete era filho de Jônatas e neto de Saul, o primeiro
rei de Israel. Saul e Jônatas tinham sido mortos na batalha, deixando o trono
para ser ocupado por Davi. Naqueles dias, o novo rei, às vezes, demarcava seu
domínio, exterminando a família de seu antecessor.
Davi não pretendia seguir esta tradição, mas a família de
Saul não sabia disso. Então apressaram-se a fugir. O cuidado deles
concentrou-se em Mefibosete, de cinco anos, que, após a morte do pai e do tio,
era o provável herdeiro do trono. Se Davi tivesse a intenção de assassinar os
herdeiros de Saul, esse menino seria o primeiro da lista. Então a família
fugiu. Na precipitação, Mefibosete escapuliu do colo da ama, danificando,
permanentemente, ambos os pés. Pelo resto de sua vida, ele seria um aleijado.
Se a história está começando a lhe parecer familiar, é o que
deveria acontecer. Você e Mefibosete têm muito em comum. Você também não nasceu
da realeza? E você também não traz as marcas de uma queda? E não temos,
cada um de nós, vivido com medo de um rei que nunca vimos?
Mefibosete entenderia o retrato que Paulo faz de nós,
indigentes: “estando nós ainda fracos...” (Rm 5.6). por aproximadamente duas
décadas, o jovem príncipe viveu numa terra distante, amedrontado demais para
falar com o rei. Ele era fraco, incapaz de ajudar-se a si mesmo.
Entrementes, o reino de Davi florescia. Sob a sua liderança,
Israel aumentou dez vezes o seu tamanho original. Ele não conhecia derrotas em
campo de batalha, nem insurreição em sua corte. Israel estava em paz. O povo
estava agradecido. E Davi, o pastor feito rei, não esquecera a promessa feita
a Jônatas.
A Promessa de Um Rei
Davi e Jônatas eram como duas teclas num piano. Separados,
faziam música; juntos, harmonia. Jônatas amava a Davi “com todo o amor da sua
alma” (1 Sm 20.17). Sua legendária amizade encontrou sua prova máxima no dia em
que Davi ouviu que Saul tentava matá-lo. Jônatas empenhou-se para salvar Davi,
e pediu em troca um favor ao amigo: “Nem tampouco cortarás da minha casa a tua
beneficência eternamente; nem ainda quando o Senhor desarraigar da terra a cada
um dos inimigos de Davi. Assim fez Jônatas aliança com a casa de Davi (1 Samuel
20.15,16).
Você reconhece que essa era uma terna lembrança para Davi?
Pode imaginá-lo refletindo sobre esse momento, anos mais tarde? Da sacada do
palácio, contemplando a cidade salva. Cavalgando em seu corcel, através dos
campos abundantes. Vestido em sua armadura, inspecionando seu competente
exército. Em algum momento foi ele dominado pela gratidão? Alguma vez pensou: “Não
houvesse Jônatas salvo a minha vida, nada disso teria acontecido”?
Talvez, um desses momentos de reflexão o tenha levado a
voltar-se para os servos e perguntar: “Há ainda alguém que ficasse da casa de
Saul, para que lhe faça bem por amor de Jônatas?” (2 Sm 91).
Aqueles que estão nas garras da graça são conhecidos por
fazerem semelhantes indagações. “Posso fazer algo por alguém?” “Posso ser
bondoso com alguém, assim como outros têm sido bondosos comigo?” Isto não é
uma manobra astuta. Davi não procurou fazer o bem a fim de ser aplaudido pelas
pessoas. Nem fez alguma coisa, esperando que fizessem o mesmo por ele. Mas foi
movido pelo singular pensamento de que ele também já fora fraco, E em sua
fraqueza, fora ajudado. Enquanto se escondia de Saul, cabia-lhe bem o epitáfio
de Paulo: “Quando éramos incapazes de ajudar a nós mesmos” (Rm 5.6).
Davi obtivera livramento; agora desejava fazer o mesmo. Um
servo chamado Ziba conhecia um descendente. “Ainda há um filho de Jônatas,
aleijado de ambos os pés. E disse-lhe o rei: Onde está? E disse Ziba ao rei:
Eis que está em casa de Maquir, filho de Amiel, em LoDebar” (2 Sm 9.3,4).
Apenas uma sentença e Davi soube que havia mais do que ele
esperava. O menino era “aleijado de ambos os pés”. Quem teria culpado Davi por
perguntar a Ziba: “Há alguma outra opção? Algum membro saudável da família?”
Quem o culparia por raciocinar:
“Um aleijado não se adaptará à multidão do castelo. Apenas a
elite anda por estes pavimentos; este menino nunca poderá andar! E que serventia
teria ele? Sem saúde, sem educação, sem treino. E quem sabe que aparência ele
tem? Todos esses anos, vivendo em... como é mesmo? LoDebar? Até o nome parece “lodo
e barro”. Certamente há alguém que eu possa ajudar, que não seja tão paupérrimo”.
Mais tais palavras nunca foram pronunciadas. A única resposta de Davi foi: “Onde
está esse filho?” (v.4).
Esse filho. Há quanto tempo Mefibosete não recebia a
designação de filho? Em todas as referências anteriores, fora chamado de
aleijado. Em cada menção, seu nome é seguido de sua desvantagem. Todavia, as
palavras de Davi não fizeram menção de sua deficiência. Ele não perguntou: “Onde
está Mefibosete, essa criança problemática?” Mas sim: “Onde está esse filho?”
Alguns de vocês sabem o que significa carregar um estigma. A
cada vez que seu nome é mencionado, sua calamidade o acompanha.
“Tem tido notícias de João, ultimamente? Você sabe, aquele
colega divorciado”.
“Recebemos uma carta do Sergio. Lembra dele? O
alcoólatra”. “Margarida
está na cidade. Que humilhação ela ter criado sozinha aqueles meninos”.
“Vi Melissa hoje. Não sei por que ela não consegue parar num emprego”.
Como um irmão incômodo, seu passado o segue onde quer que
você vá. Não há ninguém que o veja pelo que você é, e não pelo que você faz?
Sim. Existe um que o vê pelo que você é. Seu Rei. Quando Deus fala de você, não menciona sua situação,
dor, ou problema; ele o deixa partilhar da sua glória. Ele o chama de filho.
“Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a
sua ira.
Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui
segundo as nossas iniqüidades.
Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande
a sua benignidade para com os que o temem.
Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele
afastado de nós as nossas transgressões.
Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se
compadece daqueles que o temem.
Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó”
(Sl 103.9-14).
Mefibosete carregou seu estigma por vinte anos.
Quando lhe mencionavam o nome, mencionavam-lhe o problema. Porém quando o rei pronunciou-lhe
o nome, chamou-o de “filho”. E uma palavra vinda do palácio equivale a mil
vozes nas ruas.
Os mensageiros de Davi rumaram para a casa de
Mefibosete, puseram-no em uma carruagem, e escoltaram-no até o palácio. Ele foi levado à
presença do rei, onde prostrou-se com o rosto em terra, e confessou: “Eis aqui
teu servo” (2 Sm 9.6). Seu temor era compreensível. Embora ele tivesse ouvido
falar da bondade de Davi, quem lha garantiria? Apesar de os emissários lhe
haverem dito que Davi não pretendia fazer-lhe mal, ele estava amedrontado.
(Você não estaria?) A ansiedade estava naquela face que se inclinava ao chão.
As primeiras palavras de Davi para ele foram: “Não tenha medo”.
De igual modo, seu Rei é conhecido por dizer o mesmo.
Já notou que a maioria das ordens repetidas pelos lábios de Jesus era: “Não
temas”? Já observou que a ordem celeste para não temer aparece em cada livro da
Bíblia?
Mefibosete fora chamado, encontrado, e resgatado, mas ainda
precisava de garantia. O apóstolo
aponta a cruz como nossa garantia do amor de Deus. “Deus prova o seu amor para
conosco em que Cristo morreu
por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8). Deus provou seu amor por nós
através do sacrifício de seu Filho.
No passado, Deus enviara profetas a pregar; agora, enviou seu
Filho para morrer. No passado, Deus comissionara anjos a ajudar; agora,
ofereceu seu Filho para redimir. Quando trememos, ele aponta o sangue derramado
no madeiro e conforta: “Não tenha medo”.
Durante os primeiros dias da guerra civil americana, um
soldado da União foi preso por deserção. Incapaz de provar sua inocência, foi
condenado e sentenciado à morte dos desertores. Sua apelação foi parar na mesa
de Abraão Lincoln. O presidente compadeceu-se do soldado e assinou um indulto.
O soldado retornou ao serviço, lutou durante toda a guerra, e foi morto na
última batalha. No bolso de sua camisa, foi encontrada a carta assinada pelo
presidente.
Cercando o coração do soldado, estavam as palavras de perdão
de seu líder. Ele achara coragem na graça. Pergunto-me quantos milhares mais
acharam coragem na cruz enaltecida de seu Rei.
O Privilégio da Adoção
Assim como Davi cumpriu sua promessa a Jônatas, Deus
cumpre-nos a sua. O nome Mefibosete significa “o que despedaça a desonra”. E
era isto, exatamente, o que Davi pretendia fazer pelo jovem príncipe.
Logo em seguida, Davi devolveu a Mefibosete todas as suas
terras, colheitas, e servos, e insistiu que o aleijado comesse da mesa do rei.
Não apenas uma vez, mas para sempre!
“E te restituirei todas as terras de Saul, teu pai, e tu de
contínuo conterás pão à minha mesa”.
“Mefibosete... de contínuo comerá pão à minha
mesa”.
“Porém Mefibosete comerá pão à minha mesa como um dos filhos do
rei”.
“Morava, pois, Mefibosete em Jerusalém,
porquanto de contínuo comia à mesa do rei; e era coxo de ambos os pés” (2 Sm
97,10,11,13 itálicos meus).
Pare e visualize a cena na sala de jantar real.
Posso novamente passar minha pena a Charles Swindoll a fim de ajudar você?
A sineta ressoa através do palácio, anunciando o jantar. Davi
chega e senta-se à cabeceira da mesa. Em poucos minutos, Amnon — esperto e
astucioso Amnon — senta-se à esquerda de Davi. A adorável e graciosa Tamar, uma
jovem bonita e atraente, aproxima-se e senta-se ao lado de Amnon. E então,
atravessando o recinto, Salomão caminha lentamente, vindo de seus estudos;
precoce, brilhante, preocupado Salomão. O virtual herdeiro senta-se devagar. E
aí, Absalão — bonitão, encantador Absalão, com seus cabelos bastos e ondulados,
negros como um corvo, descendo-lhe pelos ombros — assenta-se também. Nessa
noite particular, Joabe, o corajoso guerreiro e comandante das tropas de Davi,
foi convidado a jantar. Musculoso, bronzeado, Joabe senta-se perto do rei.
Posteriormente, eles esperam. Ouve-se o arrastar de pés, o tum, tum, tum das
muletas, enquanto Mefibosete, um tanto desajeitado, encontra seu lugar à mesa,
escorrega para o assento e... a toalha da mesa cobre-lhe os pés. Pergunto-lhe:
Mefibosete compreendeu a graça?
E eu lhe pergunto: você vê nele a nossa história?
Filhos da realeza, aleijados por uma queda,
permanentemente desfigurados pelo pecado. Vivendo de modo parentético nas crônicas da terra,
apenas para ser lembrado pelo rei. Movido não por nossa formosura, mas por sua
promessa, ele chamou-nos a si, e convidou-nos a tomar lugar à sua mesa. Embora
às vezes coxeemos mais do que andamos, tomamos nosso lugar junto a outros
pecadores-tornados-santos, e partilhamos a glória de Deus.
Posso partilhar com você algumas das coisas que o
esperam na mesa do rei?
Você está além da condenação (Rm 8.1).
Você está liberto da lei (Rm 7.6).
Você está perto de Deus (Ef 2.13).
Você está livre do poder do mal (Cl 1.13).
Você é um membro do reino de Deus (Cl 1.13).
Você está justificado (Rm 5.1).
Você é perfeito (Hb 10.14).
Você foi adotado (Rm 8.15).
Você tem acesso a Deus a qualquer momento (Ef 2.18).
Você é uma parte de seu sacerdócio (1 Pe 2.5).
Você nunca será abandonado (Hb 13.5).
Você tem uma herança imperecível (1 Pe 1.4).
Você partilha da vida de Cristo (Cl 5.4),
de seus privilégios (Ef 2.6)
de seus sofrimentos (2 Tm 2.12),
e de seu serviço (1 Co 1.9).
Você é um:
Membro do seu corpo (1 Co 12.13).
Ramo na videira (Jo 15.5).
Pedra no edifício (Ef 2.19-22).
Noiva ataviada (Ef 5.25-27).
Sacerdote na nova geração (1 Pe 2.9).
Habitação do Espírito (1 Co 6.19).
Você possui (guarde isto!) todas as bênçãos espirituais possíveis
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual
nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo”
(Ef 1.3).
Este é o presente oferecido ao mais humilde pecador da terra.
Quem poderia fazer tal oferta, senão Deus? “E todos nós recebemos também da
sua plenitude, com graça sobre graça” (Jo 1.16).
Paulo declara-nos tudo ao perguntar:
Você já experimentou algo como este extravagante amor de
Deus, esta profunda sabedoria? Está além de nossa mente. Nunca o calcularemos
com exatidão.
“Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de
Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos!
Quem conheceu a mente do Senhor?
Ou quem foi seu conselheiro
Quem primeiro lhe deu para que ele o recompense?
Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas.
A ele seja a glória para sempre! Amém.” (Rm 11.33-36).
À semelhança de Mefibosete, somos filhos do Rei. E,
como acontecia em Suzano, nossas maiores oferendas, comparadas ao que nos é
dado, não passam de amendoins.
Por Pr.Dr. Wagner Teruel
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