sexta-feira, 16 de agosto de 2019



Fora da casinha


Aprendi este termo estes dias atrás com alguns alunos em Curitiba, e conheci uma pessoa em Curitiba que numa hipérbole desconexa e sem sentido, eu afirmo que esta pessoa não é fora da casinha, é fora do bairro inteiro, mas alem do bairro é fora da cidade, já está na BR a 120 km por hora.

É incrível como as mulheres frequentemente saem fora da casinha (não estou bem habituado com o termo) ou vivem fora da casinha.

Numa tentativa desesperada de uma hermenêutica apenas textual, compreendi que a casinha é o lugar de segurança, conformismo, paz, enfim um lugar onde a mulher está convicta nas suas decisões e segura no apoio do lar.

Mas estar fora da casinha, ou viver fora da casinha, num conceito populista de compreensão do verbo SER ou ESTAR, leva invariavelmente ao desiquilibio, neste caso mental, nem tanto social, apenas psíquico.

Nós homens (e espero que nenhum homem esteja lendo este livro) temos a dinâmica de colocar a mulher fora da casinha, é obvio que estou tratando da singularidade de que a mulher seja naturalmente normal, não aqueles casos que já surtam com facilidade.

A falta de comprometimento com o lar, a comodidade familiar, o desarranjo social, e até mesmo a mídia, colaboram e muito para que o homem, leve suas princesas para fora da casinha.

Mais uma vez fazendo alusão aos contos de fadas, frequentemente os príncipes resgatam as princesas dos castelos, ou seja, as tiram para fora da casinha. Esta pratica tão marcante, que parece ser salutar, é triste, pois por vezes os homens as retiram das suas casinhas, porem, não as colocam em um palácio.

Permitam-me explicar melhor, a mulher por mais que more no palácio com os pais e viva no conforto etc... elas querem seus próprios palácios, coisas que por vezes conseguem sem nenhum problema, o que acontece é que mesmo havendo conforto e alimento, os maridos (príncipes) as deixam desconfortáveis, palavras mal faladas, ataques de ordem moral, ignorância, fazem a mulher sair da casinha e se tornar uma verdadeira desvairada, volto a insistir que nem sempre é culpa do homem, as vezes a mulher já vem para o lar com algum tipo de transtorno.

Como identificar? Qual o resultado de “SAIR FORA DA CASINHA? O que fazer?

É bem difícil diagnosticar de forma tão simples, seria uma irresponsabilidade de minha parte, partindo apenas pelo conceito dos temperamentos que são quatro, depois a mescla parental (genes paterno e materno), influencias de segundo grau familiar, e por ultimo uma dose excessiva de informações que realmente, seria leviano da parte de qualquer um tentar a definição sobre a identificação, mas pensando nisto uma das marcas possíveis seria a própria mulher, faça um analise de como voce era na sua infância (fase da inocência), adolescência (fase da curiosidade) e na maturidade (fase de decisões), o que mudou? A resposta está dentro de voce mesma, ninguém jamais poderá assegurar o que acontece com voce que sai tantas vezes fora da casinha, apenas voce.

As mulheres frequentemente beijam sapos pensando que eles serão príncipes encantados, porem, pensem comigo, se ele é sapo, está na lagoa, comendo moscas, minha querida ele não pode ser algo bom para voce. Por que? Simples. Ele está transformado em algo que sua essência não é, de ser humano para um anuro de pele verrucosa, nada de atraente, a inteligência destruída, a aprencia repugnante, mas acima de tudo uma horrenda mascara separa ele da dura realidade.   Por que voce sai fora da casinha? Por mais difícil que seja a resposta é paradoxalmente bem simples voce beijou um sapo querida, ele mora na lagoa, voce mora no palácio, que triste quando o homem se conforma com a condição de sapo, e mesmo depois do beijo acha bonito morar na lagoa, entenda-se morar na lagoa por não crescer emocionalmente, espiritualmente, profissionalmente etc... Por que voce está fora da casinha? Ora minha irmã voce beijou um sapo que até pouco tempo ele comia moscas, não esta acostumado com os manjares do reino, ele come moscas e insetos, que dará para voce comer? E eu não estou falando apenas de alimento físico. Estou falando de alimento intelectual, suporte psíquico, alimento espiritual, etc... E voce se pergunta, por que sempre saio da casinha? Partindo da simplicidade na objetividade, é porque voce colocou esperanças demais em um sapo.

Não estou apelando aqui a flexibilidade da descontinuação matrimonial, de forma alguma, minha reflexão hoje é sobre entender que não há sentido sair fora da casinha porque seu marido não trocou a lâmpada do quarto, pois ele é apenas um sapo beijado.

Voce querida irmã não pode ter aspirações sociais em um homem que não aprendeu a tratar uma dama. E viver para ela, frequentemente nós homens tratamos melhor nossos amigos que nosso lar.

Não surte por pequenas coisas, mas também não banalize, não vale a pena, naquilo que for necessário surte, saia fora da casinha é seu direito, mas não espere compreensão do sapo que está coachando ao seu lado neste exato momento.



Trecho extraido do livro MULHER VIRTUOSA
Já disponível em www.itsteologia.com.br 

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