segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Alienação Social e Religiosa

Alienação Social e Religiosa “...Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos de Deus, peregrinos dispersos no Ponto, na Galácia, na Capadócia, na província da Ásia e na Bitínia...” (1Pe.1:1 NVI). É impressionante como as marcas do passado também são evidentes nos dias de hoje. Sejam quais forem as falhas que se julgou haver, à luz de mais de cinquenta anos de pesquisas sociológicas, desde a sua publicação (1917-1919), esse trabalho dos inicios da obra de um dos pais da sociologia moderna constitui magistral demonstração da compatibilidade e complementariedade da sociologia e da pesquisa exegética, em particular com o respeito ao estudo da alienação social e religiosa. Uma vez mais estamos nos tornando para as ocorrências dos parikous e termos correlatos no NT, em especial na carta de Pedro que estamos estudando nestes dias. Vamos dividir nossos estudos hoje em duas partes a social e a religiosa Alienação: A palavra alienação tem várias definições: cessão de bens, transferência de domínio de algo, perturbação mental, na qual se registra uma anulação da personalidade individual, arrombamento de espírito, loucura. A partir desses significados traçam algumas diretrizes para melhor analisar o que é a alienação, e assim buscar alguns motivos por quais as pessoas se alienam. Ainda assim, os processos alienantes da vida humana foram tratados de maneira atemporal, defraudada, abstraído de processos sócio-econômicos concreto. O suicídio, sendo um fenômeno que indica uma qualquer desordem mental, insere-se no quadro da alienação (ver lista de suicidas famosos). A alienação trata-se do mistério de ser ou não ser, pois uma pessoa alienada carece de si mesmo, tornando-se sua própria negação. Alienação refere-se à diminuição da capacidade dos indivíduos em pensar em agir por si próprios. Alienação Social: como já vimos o povo de Israel que estava em Bitínia, província da Ásia e demais adjacências, viviam como os povos hospedeiros, em suas casas porem, alienados, presos e sem a solução do ser ou não ser. Da mesma forma, as vezes no nosso mundo vivemos alienados socialmente, nestes mesmos dias de hoje, estamos vivendo vésperas de eleições, e muitos irão vender seus votos, por qualquer preço, e logo, estarão alienados, presos as suas convicções. E no caso da fé? É a mesma coisa, hoje em dia infelizmente não se lê mais, não se discute mais, não se polemiza mais e desta forma, ficam alienados. Nossa sociedade aqui, hoje concentrada é alienada, vive no seu próprio pecado, nos seus erros e ninguém poderá dizer nada porque, simplesmente somos alienados socialmente, na Igreja cantamos e oramos, choramos e clamamos, mais em casa somos corruptos, pecadores, parados na frente da televisão vendo toda classe de erros das novelas e filmes e ainda assim acreditamos que esta vida dramatúrgica é a realidade exposta que quer se aplicar em nossas vidas pessoais. As três formas da alienação social Podemos falar em três grandes formas de alienação existentes nas sociedades modernas ou capitalistas: 1. A alienação social, na qual os humanos não se reconhecem como produtores das instituições sociopolíticas e oscilam entre duas atitudes: ou aceitam passivamente tudo o que existe, por ser tido como natural, divino ou racional, ou se rebelam individualmente, julgando que, por sua própria vontade e inteligência, podem mais do que a realidade que os condiciona. Nos dois casos, a sociedade é o outro (alienus), algo externo a nós, separado de nós, diferente de nós e com poder total ou nenhum poder sobre nós. 2. A alienação econômica, na qual os produtores não se reconhecem como produtores, nem se reconhecem nos objetos produzidos por seu trabalho. Em nossas sociedades modernas, a alienação econômica é dupla: Em primeiro lugar, os trabalhadores, como classe social, vendem sua força de trabalho aos proprietários do capital (donos das terras, das indústrias, do comércio, dos bancos, das escolas, dos hospitais, das frotas de automóveis, de ônibus ou de aviões, etc.). Vendendo sua força de trabalho no mercado da compra e venda de trabalho), os trabalhadores são mercadorias e, como toda mercadoria, recebem um preço, isto é, o salário. Entretanto, os trabalhadores não percebem que foram reduzidos à condição de coisas que produzem coisas; não percebem que foram desumanizados e coisificados. Em segundo lugar, os trabalhos produzem alimentos (pelo cultivo da terra e dos animais), objetos de consumo (pela indústria), instrumentos para a produção de outros trabalhos (máquinas), condições para a realização de outros trabalhos (transporte de matérias-primas, de produtos e de trabalhadores). A mercadoria-trabalhador produz mercadorias. Estas, ao deixarem as fazendas, as usinas, as fábricas, os escritórios e entrarem nas lojas, nas feiras, nos supermercados, nos shoppings centers parecem ali estar porque lá foram colocadas (não pensamos no trabalho humano que nelas está cristalizado e não pensamos no trabalho humano realizado para que chegassem até nós) e, como o trabalhador, elas também recebem um preço. O trabalhador olha os preços e sabe que não poderá adquirir quase nada do que está exposto no comércio, mas não lhe passa pela cabeça que foi ele, não enquanto indivíduo e sim como classe social, quem produziu tudo aquilo com seu trabalho e que não pode ter os produtos porque o preço deles é muito mais alto do que o preço dele, trabalhador, isto é, o seu salário. Apesar disso, o trabalhador pode, cheio de orgulho, mostrar aos outros as coisas que ele fabrica, ou, se comerciário, que ele vende, aceitando não possuí-las, como se isso fosse muito justo e natural. As mercadorias deixam de ser percebidas como produtos do trabalho e passam a ser vistas como bens em si e por si mesmas (como a propaganda as mostra e oferece). Na primeira forma de alienação econômica, o trabalhador está separado de seu trabalho - este é alguma coisa que tem um preço; é um outro (alienus), que não o trabalhador. Na segunda forma da alienação econômica, as mercadorias não permitem que o trabalhador se reconheça nelas. Estão separadas dele, são exteriores a ele e podem mais do que ele. As mercadorias são um igualmente um outro, que não o trabalhador. 3. A alienação intelectual, resultante da separação social entre trabalho material (que produz mercadorias) e trabalho intelectual (que produz idéias). A divisão social entre as duas modalidades de trabalho leva a crer que o trabalho material é uma tarefa que não exige conhecimentos, mas apenas habilidades manuais, enquanto o trabalho intelectual é responsável exclusivo pelos conhecimentos. Vivendo numa sociedade alienada, os intelectuais também se alienam. Sua alienação é tripla: Primeiro, esquecem ou ignoram que suas idéias estão ligadas às opiniões e pontos de vista da classe a que pertencem, isto é, a classe dominante, e imaginam, ao contrário, que são idéias universais, válidas para todos, em todos os tempos e lugares. Segundo, esquecem ou ignoram que as idéias são produzidas por eles para explicar a realidade e passam a crer que elas se encontram gravadas na própria realidade e que eles apenas as descobrem e descrevem sob a forma de teorias gerais. Terceiro, esquecendo ou ignorando a origem social das idéias e seu próprio trabalho para criá-las, acreditam que as idéias existem em si e por si mesmas, criam a realidade e a controlam, dirigem e dominam. Pouco a pouco, passam a acreditar que as idéias se produzem umas as outras, são causas e efeitos umas das outras e que somos apenas receptáculos delas ou instrumentos delas. As idéias se tornam separadas de seus autores, externas a eles, transcendentes a eles: tornam-se um outro. As três grandes formas da alienação (social, econômica e intelectual) são a causa do surgimento, da implantação e do fortalecimento da ideologia. Alienação Religiosa: no pensamento de Karl Marx ele define a religião pura e simplesmente como uma projeção de nossa realidade terrena para um plano superior metafísico. A religião consiste para ele em um mundo fantástico, criado pela mente humana que tenta dar a certos fenômenos naturais um ar sobrenatural, isto significa que religião com o seu Deus não passa de uma mera ilusão, algo a que não se deve dar crédito. Muitos irmãos também tem esta definição como certa, acreditam que a religião é apenas fenômenos naturais, mais na verdade, a religião não é outro meio para a corrupção do ser humano, nós não podemos nos fechar a uma determinada religião, devemos entender que o religioso não caminha com suas próprias pernas, não sai adiante, pois a religião o trava com suas leis, porem, o verdadeiro cristão descansa no Senhor Deus. “Religião é como quimioterapia, ela pode resolver um problema, mas pode causar um milhão a mais.” John Bledsoe . “Acreditar é mais fácil do que pensar. Daí existirem muito mais crentes do que pensadores.” Bruce Calvert. “A ciência tem provas sem certeza. Os teólogos têm certeza sem qualquer prova”. (Ashley Montagu). Na próxima semana estarei ministrando PAROIKIA DOS PATRIARCAS ESTRANHOS RESIDENTES PATRIARCAS. Atte. Pr.Dr. Wagner Teruel www.espacopentecostal.net.br www.itsteologia.net