sábado, 26 de dezembro de 2015

As lágrimas do Redentor


As Lágrimas do Redentor

“E quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela, dizendo: Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas, agora, isso está encoberto aos teus olhos." (Lc 19.41,42)

TEMOS aqui ama lamentação compassiva em meio a um triunfo solene. Está escrito que Ele viu a cidade e chorou sobre ela. Duas coisas concorreram para com­por a causa desta tristeza — a grandeza da calamida­de: Jerusalém, outrora tão querida por Deus, devia sofrer, não uma cicatriz, mas uma ruína. 'Porque dias virão sobre ti, em que os teus inimigos te cercarão de trincheiras, e te sitiarão, e te estreitarão de todas as bandas, e te derribarão, a ti e a teus filhos que dentro de ti estiverem, e não deixarão em ti pedra sobre pedra, pois que não conheceste o tempo da tua visitação" (Lc 19.43,44). E a oportunidade perdida de evitar isso: "Ah! Se tu conhecesses também, ao menos neste teu dia, o que à tua paz pertence! Mas, agora, isso está encober­to aos teus olhos" (Lc 19.42). E, novamente: "Pois que não conheceste o tempo da tua visitação" (Lc 19.44).
Em primeiro lugar, a calamidade era maior aos seus olhos do que aos nossos. Sua mente ampla e inclusiva podia captar a extensão deste caso triste. Nossos pensamentos não alcançam tal distância; não obstante, podemos apreender o que tornou este caso tão deplorável. Podemos considerar Jerusalém como a cidade do grande Rei, onde estava o palácio e o trono da majestade do céu, escolhendo "habitar com os homens na terra” Aqui. a luz e glória divinas há muito brilha­vam; aqui estava a Sbequinah sagrada, o lugar da habitação do Altíssimo, os símbolos da sua presença, o lugar da adoração, o propiciatório, o lugar de receber petições e de dispensar favores: "A casa de oração para todas as nações". Para seu povo, esta era a cidade das solenidades, onde as tribos subiam, as tribos do Senhor, até o testemunho de Israel, para dar graças ao nome do Senhor; pois ali estava o trono do julgamento, o trono da casa de Davi. Davi que era tão grande amante da alma dos homens, tão grato e querido tinha sido ao seu coração o lugar onde, pela sucessão de muitas eras passadas, o grande Deus usou (embora mais obscuramente) para revelar suas amáveis propensões aos pecadores, para manter tratados sole­nes com eles, para se fazer conhecido, para atrair e fascinar almas à sua própria santa adoração e conhecimento. E agora o horrível prospecto se mostra da desolação e ruína, pronto para subjugar toda essa glória e devastar as habitações do amante divino. Sua tristeza deve ser concebida à proporção da grandeza desta mudança devastadora.
Em segundo lugar, a oportunidade de prevenção foi perdida. Houve uma oportunidade: Jesus foi enviado "às ovelhas perdidas da casa de Israel". Ele foi a eles como pessoas que lhe pertencem. Tivessem eles O recebido, que lugar alegre Jerusalém teria sido! Quão gloriosos teri­am sido os triunfos de Deus se eles tivessem se arrependido, crido, obedecido! Estas eram as coisas que pertenciam "à tua paz"; esta era a oportunidade, o "tempo da tua visitação". Estas eram as coisas que poderiam ter sido feitas naquele dia, mas agora era muito tarde; o tempo se esgotara, e as coisas da paz foram ocultas aos seus olhos. Quão ardente era o seu desejo de que eles tivessem feito o contrário, de que eles tivessem tomado o curso sábio e seguro.
Podemos resumir o significado e sentido destas palavras: É coisa em si mesma muito lamentável e muito lamentada pelo nosso Senhor Jesus, quando o povo vive sob o Evangelho, tem um dia de graça e uma oportunidade de saber as coisas que pertencem à paz, e desgas­ta esse dia e perde a oportunidade de tal maneira que as coisas da paz são escondidas totalmente dos seus olhos. Temos estas distintas divisões de discurso a serem consideradas e nas quais insistimos.

I. Quais são as coisas necessárias a serem conhecidas pelos que vivem sob o Evangelho, que são pertencentes à sua paz?
Mais particularmente, vamos inquirir: o que são essas coisas em si mesmas e que tipo de conhecimento delas é o que se quer e são necessários aqui.
Quais são as coisas que pertencem à paz de um povo que vive sob o Evangelho? As coisas que pertencem à paz do povo não são as mesmas com todos. Viver ou não sob o Evangelho faz diferença con­siderável na questão. Antes da encarnação e aparição pública de nos­so Senhor, nada mais era necessário entre os judeus que depois se tornou necessário. Antes, era-lhes suficiente crer num Messias por vir, mais indefinidamente. Depois, Ele claramente lhes afirma: "Se não crerdes que eu sou, morrereis em vossos pecados" (Jo 8.24). Crer em
Cristo não pode ser necessário a pagãos que nunca ouviram falar dEle, como um dever, embora seja necessário como um meio. O fato de eles não crerem em Cristo não pode ser em si pecado, embora por meio disso eles queiram remediar os outros pecados. Porém isto diz respeito mais a nós que vivemos sob o Evangelho a fim de apreender­mos corretamente o que nos é necessário. O Evangelho nos encontra num estado de apostasia de Deus, como nosso Rei soberano, não aptos a obedecê-lo e glorificá-lo, como o primeiro, nem desfrutarmos dEle e sermos satisfeitos nEle, como o último. O arrependimento para com Deus cura e remove este desafeto de nossa mente e coração em relação a Ele sob ambas estas noções. Por meio disso, a alma se volta a Ele, com esta sensação e resolução: "Fui rebelde e desleal contra a autoridade superior e o seu governo mais legítimo que me deu vida e cuja criatura sou eu. Não mais viverei assim. Agora me volto a ti, oh Senhor; tu és o meu Senhor c Deus. A ti agora escolho servir e obede­cer como o Senhor de minha vida. Em ti está o meu temor, a ti me sujeito a não mais viver segundo a minha vontade, mas a tua".

II. Tal como viver sob o Evangelho tem um dia ou oportunidade presente para a obtenção do conhecimento destas coisas que perten­cem imediatamente à paz e de tudo o mais que seja necessário.
Não digo nada sobre que oportunidades tiveram os que nunca viveram sob o Evangelho, os quais, sem dúvida, podem saber mais do que fazem e conhecem melhor o que realmente sabem. É-nos suficiente saber quem desfruta o Evangelho para entender nossas vantagens, Nem, quanto àqueles que o desfrutam, é o dia de cada um de clareza igual. Quão poucos em comparação já viram tal dia como Jerusalém neste momento viu, feito pelos raios do Sol da Justiça, nosso próprio Senhor oferecendo-se para ser o instrutor deles, falando como ne­nhum homem falou com tal autoridade que excedeu de longe os outros mestres e surpreendeu seus ouvintes. Em que arroubo Ele usou para deixar os que o ouviam, sempre que Ele vinha, pois eles se maravilhavam com as palavras graciosas que saíam da sua boca. Com que obras poderosas e benéficas Ele recomendou sua doutrina, bri­lhando no poder glorioso e saboreando da abundante misericórdia do céu, para que toda mente apreensiva pudesse ver a divindade encarnada. Deus desceu para trabalhar com os homens e fasciná-los com o seu conhecimento e amor. Por muitos anos não se viu dia como esse. Contudo, onde quer que o mesmo Evangelho vá, ali tam­bém se faz um dia do mesmo tipo e sempre proporciona a verdade, embora com luz diminuída, por meio da qual as coisas de nossa paz são entendidas e conhecidas. Por exemplo:
2.1.  Temos o estado verdadeiro e distinto da disputa entre Deus e nós. Os pagãos entendiam um pouco da apostasia do homem de Deus, de modo que Ele não está no mesmo estado em que estava no princípio. Mas ainda que entendessem que algo fora perdido, mal conseguiam dizer o quê. O Evangelho revela a depravação universal da natureza degenerada de todos os homens e de toda faculdade humana. O Evangelho pleiteia com os homens como rebeldes contra o seu legítimo Senhor. Mas desta traição contra a majestade do céu, os homens pouco suspeitam até que lhes seja dito. O Evangelho lhes fala tão claramente e representa o assunto em luz tão clara, que eles só precisam se contemplar nessa luz para que vejam que assim é. Os homens bem que podem, se quiserem, criar sem pestanejar escuridão entre a mais clara luz. Mas abra seus olhos, homem, você que vive sob o Evangelho, ponha-se a ver sua alma e você descobrirá que é dia para você. Você tem um dia, estando sob o Evangelho, e luz o bastante para ver que esta é a postura da sua alma e o estado do seu caso diante de Deus. E é de grande importância entender as coisas referentes à sua paz. para saber qual é o verdadeiro estado da disputa entre Deus e você.
2.2. O Evangelho proporciona luz para saber qual é o assunto desta disputa, se ela prosseguir e não houver reconciliação. Dá-nos outros relatos mais claros do castigo do outro mundo, o qual representa mais completamente a extremidade e perpetuidade das misérias futu­ras. Estes relatos nos ajudam a entender que acréscimo os hábitos inalterados e malignos dos homens trarão às suas misérias. Suas concupiscências e paixões ultrajantes, que aqui eles fizeram seu negócio de satisfação, tornaram-se seus atormentadores insaciáveis. Cada um receberá "segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem ou mal" (2 Co 5.1O). "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7). O que suas próprias reflexões culpadas contribuirão, as mordidas e suplício dos vermes que não morrem, as corrosões vene­nosas da víbora criada em seus seios, agora tornam-se serpente adul­ta; que sociedade e insulto dos demônios, com quem eles devem participar das aflições e tormentos, e por quem foram seduzidos e treinados nessa sociedade e comunhão amaldiçoadas.
2.3. Também representa Deus para você como reconciliável por um Mediador. Nesse Evangelho, a paz lhe é pregada por Jesus Cristo. Esse Evangelho deixa você ver Deus em Cristo, que reconcilia o mun­do com Ele. que o pecado pode não ser imputado a eles. Esse Evan­gelho proclama glória a Deus nas alturas, paz na terra, boa vontade aos homens. Assim as vozes dos anjos resumiram as alegres novas do Evangelho, quando o Príncipe da Paz nasceu no mundo. "Deus não deseja a morte dos pecadores, mas que eles se voltem e vivam"; de modo que Ele "quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade" (1 Tm 2.4).

III. Este dia tem suas fronteiras e limites, de forma que quando terminar e estiver perdido como oportunidade, as coisas da paz são escondidas para sempre dos seus olhos. Que este dia não c infinito e interminável, vemos na instância atual.
Jerusalém teve seu dia; mas esse dia teve seu período. Vemos que finalmente chega a esse ponto, que agora as coisas da paz estão ocultas aos olhos dela. Vemos geral­mente a mesma coisa, quando os pecadores são tão seriamente pres­sionados a fazer uso do tempo presente. "Se hoje ouvirdes a sua voz, não endureçais o coração" (SI 957,8), e citado c exortado em Hebreus 3.8. Eles são admoestados a buscar o Senhor enquanto Ele pode ser encontrado, a chamá-lo enquanto Ele está perto. Às vezes, parece que Ele não será encontrado e está bem longe. É-lhes dito que este é o tempo aceitável, este é o dia da salvação.
Este dia, com qualquer lugar ou povo, pressupõe uma noite precedente, quando a aurora nas alturas não lhes tinha visitado o horizonte e todos se sentavam na escuridão e na região e sombra da morte. Houve um tempo, sabemos, de escuridão muito geral, quando o dia do Evangelho, 'o dia da visitação", não tinha ainda amanhecido no mundo, tempos de ignorância, em que Deus foi tolerante para com as nações da terra; os raios dos seus olhos passaram além delas. Mas quando as pálpebras da manhã se abrem sobre um povo e a luz brilha sobre eles com raios diretos, eles recebem a ordem de se arre­penderem. Eles são limitados a este ponto do tempo com tal peremptoriedade, como aquele nobre romano usou para com um príncipe orgulhoso, pedindo tempo para deliberar na proposta que lhe fora feita de retirar as forças que molestavam alguns dos aliados daquele Estado. Com a ponta da vara, ele desenhou uma linha em torno de si e exigiu que, antes que se mexesse para sair daquele círculo, o príncipe fizesse sua escolha, se seria amigo ou inimigo do povo de Roma. Assim os pecadores devem entender a seriedade da situação em que se encontram. O Deus da sua vida, pecador, em cujas mãos estão os tempos, traça com muito mais acerto o seu limite ao tempo presente, e espera sua resposta às ofertas e exigências jus­tas e misericordiosas que Ele faz. Ele circunscreve o seu dia da graça; está incluso em ambas as partes, e tem uma noite como também uma manhã; como teve um precedente, assim tem uma noite subseqüente. e o último, se não for mais escuro, é normalmente muito mais turbu­lento que o primeiro. Deus encerra esse dia com muito desgosto, o qual tem efeitos terríveis. Se não fosse expressamente dito a você qual é a condição daquela noite que segue o dia do Evangelho; se fosse perguntado ao vigilante: "Que noite?", ele só responderia que vem como também a manhã veio, eventos tenebrosos são significa­dos por esse mais terrível silêncio. Ou é tudo um, se você o chamar de um dia; há o bastante para distingui-lo do dia da graça. As Escri­turas chamam tal estação calamitosa indiferentemente pelo nome de noite ou dia-, mas o fato de o último nome ser usado com um ou outro suplemento para significar dia, não quer dizer no sentido agradável ou mais grato: um dia da ira, um dia mau, um dia de escuridão e trevas espessas, não diferindo da noite mais escura; e para dizer que a manhã de tal dia está vindo, é tudo um como a noite que vem de um dia brilhante e de um dia sereno.
3.1.  Que há grande diferença entre os fins e limites do dia ou esta­ção da graça quanto a indivíduos em particular e em referência ao corpo coletivo de um povo que habita determinado lugar.
3.2.  Quanto a ambos há uma diferença entre o fim de tal dia, intermissões ou intervalos escuros que possam haver nele. O Evangelho pode ser retirado de tal povo e ser restaurado.
3.3. Quanto a indivíduos em particular, pode haver muita diferença entre eles. Por exemplo, se, quando viviam sob o Evangelho, obtive­ram o conhecimento das principais doutrinas ou da suma ou substân­cia do Cristianismo, embora sem qualquer efeito santificador ou im­pressão em seus corações, e se, por negligência própria, viveram sob o Evangelho em total ignorância desse fato. O dia da graça pode não ter terminado para o primeiro grupo, embora nunca vivam novamen­te sob o ministério do Evangelho. Considerando que, com o outro tipo, quando esses indivíduos já não desfrutam os meios externos, é provável que o dia da graça haja terminado, de forma que não haja mais esperança no caso deles do que no dos pagãos nas regiões mais escuras do mundo; e talvez muito menos, como sua culpa tem sido muito maior pela negligência de tão grandes e importantes coisas.

IV. Se com qualquer um que viveu sob o Evangelho, o seu dia acabou, e as coisas da paz estão agora para sempre ocultas dos seus olhos.
Isto em si mesmo é caso muito deplorável e muito lamentado por nosso Senhor Jesus. Que o caso é em si mesmo muito deplorável, quem não vê? Uma alma perdida, uma criatura capaz de Deus, a caminho dEle, perto do Reino de Deus, naufragado no porto! Peca­dor, de quão alta esperança você caiu! Em que profundidade de misé­ria e aflição! E o fato de que foi lamentado por nosso Senhor está no texto. Ele viu a cidade e chorou sobre ela.
E agora consideraremos que uso devemos dar a tudo o que vi­mos. Embora nada possa ser útil aos próprios indivíduos, a quem o Redentor lamenta como perdidos, contudo o que Ele faz pode ser de grande proveito para os outros.
O proveito que, em parte, dirá respeito àqueles que o apreendem corretamente, não é o caso deles, e, em parte, tal pode ser em grande temor que seja.
Pois terem razão de se persuadir não é o caso: A melhor base sobre a qual podemos concluir com certeza, é que nesse dia, eles, pela graça de Deus, já conheceram efetivamente as coisas da sua paz, pois sinceramente, com todo o coração e alma, se voltaram para Deus, tomaram-no para ser o seu Deus e se dedicaram a Ele, a fim de serem dEle; confiando e sujeitando-se à misericórdia salvadora e poder governante do Redentor, de acordo com o sentido do concerto do Evangelho, do qual eles não deixam que seu coração se desvie ou recuse, mas resolvem, com a ajuda divina, perseverar nele todos os dias. Agora havendo chegado a esta confortável conclusão sobre es­sas coisas, só me resta dizer:
Regozije-se e queira Deus que assim seja. Cristo, seu Redentor, regozija-se com você e em você, o que se deduz diante de sua indignação quanto aqueles que estão sem esperança. Se Ele chora sobre eles, Ele, sem dúvida, regozija-se em você. Há alegria no céu em relação a você. Os anjos se regozijam, o seu Redentor glorioso presi­dindo no concerto jovial. E você não se regozijaria por você mesmo?
Porte-se com esse cuidado, cautela e zelo, que tornam-se um es­tado de reconciliação. Perceba que sua atual paz e amizade com Deus não é original e contínua a partir disso, mas foi interrompida e parti­da; que sua paz não c a das pessoas constantemente inocentes. Você não está neste estado bom e feliz, porque nunca ofendeu, mas está na qualidade de reconciliado, que outrora era inimigo. E quando, em sua vida, você chegou ao conhecimento das coisas que pertencem à paz, você sentiu a dor e experimentou a amargura de ter sido aparta­do e feito inimigo em sua mente pelas más obras. Quando os terrores de Deus o cercaram e suas setas cravaram em você em rápida suces­são, você não encontrou dificuldade e tristeza? Você não estava em expectativa temerosa de ira e ardente indignação a ponto de consu­mi-lo e queimá-lo como adversário? Você não teria dado o mundo inteiro por uma palavra ou um olhar de paz, por alguma esperança bruxuleante de paz? Quão cauteloso e amedrontado você estaria de uma nova brecha! O quanto você estudaria comportamentos aceitá­veis para andar digno de Deus até ficar completamente bem aceitá­vel! Quão estritamente cuidadoso você seria em manter a fé com Ele e ficar firme no concerto com Ele! Quão preocupado pelos seus inte­resses e em que agonias de espírito, quando você visse as erupções ou inimizade contra Ele vindo de outra pessoa, não uma desconfian­ça ou medo de preconceito final aos seus interesses, mas a apreensão da injustiça da própria coisa e um amor obediente ao seu nome. trono e governo. Quão zeloso você seria a atrair outras pessoas! Quão fervoroso em seus esforços dentro de sua própria esfera de ação e quão amplo em seus desejos estendidos até à esfera do universo de que todo joelho se dobrará e toda língua o confessará!
Mais clamor sincero a Deus e rogos com Ele pelo seu Espírito, por quem o vital vínculo unitivo deve ser contraído entre Deus e Cristo e suas almas. Assim, este será o concerto de vida e paz. Senhor! O quanto os cristãos de nossos dias se enganam com uma religião de­senvolvida súbita e inesperadamente por si mesma! Com efeito, divi­na em sua instituição, mas meramente humana em relação à radicacão e exercício: em cujo aspecto também deve ser divina ou nada. Ainda temos de aprender que um poder divino tem de trabalhar e formar nossa religião em nós, como também a autoridade divina a dirige e a ordena? É em vão que todas essas escrituras nos dizem que é Deus que tem de criar corações novos e renovar espíritos retos em nós; que é Ele que tem de nos fazer voltar, se algum dia nos voltar­mos: que nunca podemos ir a Cristo a menos que o Pai nos leve? Não há causa de desânimo, se você considerar o que foi dito antes neste discurso. "Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis: batei, e abrir-se-vos-á" (Lc 11.9). O seu Pai celestial dará o seu Espírito àqueles que pedirem, mais prontamente que os pais dão pão aos filhos, e não uma pedra. Mas, e se vocês tivessem de pedir muitas vezes e esperar muito tempo, isso apenas encareceria mais o presente e mostraria seu alto valor. Você deve lembrar com que freqüência você agravou, re­sistiu e afrontou este Espírito, e que você fez Deus esperar muito tempo por você. O que ocorreria se o absoluto Senhor soberano de todos esperasse que você ficasse à disposição dEle? Ele espera para ser gracioso, e benditos são os que esperam por Ele. Renove suas aplicações a Ele. Coloque, de quando em quando, esse concerto di­ante de você. com o qual você mesmo deve chegar a uma plena e definitiva conclusão. E se não for feito de uma vez, tente novamente, e vezes sem conta. Lembre-se de que é por sua vida, por sua alma, por você. Mas não se satisfaça apenas com tais movimentos lânguidos em seu interior, que podem ser os únicos efeitos do seu espírito, do seu coração negro, torpe, apático, lerdo, morto, duro, pelo menos não da influência eficaz e regeneradora do Espírito divino. Você nun­ca ouviu que operações poderosas ocorreram em outros, quando Deus os transformava, renovava-os e atraía-os em união viva consigo mesmo, e Ele mesmo por Ele? Que surpreendente luz penetrante entrou no coração deles, como quando Ele criava o mundo, iluminando o caos. Como Ele os fez ver coisas que dizem respeito a eles como verdadeiramente eram, e cada um com seu próprio rosto, Deus, Cris­to e eles, pecado e dever, céu e inferno, com suas verdadeiras apa­rências. Quão efetivamente foram despertos! Como os terrores do Todo-Poderoso atacaram e agarraram suas almas! Que agonias e do­res excruciantes eles sentiram, quando a voz de Deus lhes disse: "Des­perta, ó tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e Cristo te esclarecerá" (Ef.5.14). Como Ele os derrubou aos seus pés, lançou-os no pó, quebrou-os, dissipou-os, fez se humilharem, se abominarem e se detestarem, encheu-os de tristeza, vergonha, confusão e indigna­ção para com suas próprias almas culpadas, habituou-os a uma seve­ridade contra si mesmos, até que alcançassem por si só uma maior perspicácia, como também uma auto-acusação, auto-julgamento e auto-condenação. Ele até os fez pretender o inferno e confessar que a porção dos demônios que lhes pertencia era sua mais merecida por­ção. E se agora seus olhos tinham sido dirigidos a um Redentor, e um brilho de esperança lhes aparecera; se agora eles são ensinados a reconhecer o Deus que lhes diz: "Pecador, tu ainda estás disposto a se reconciliar e aceitar um Salvador?'' Que arroubo ao qual esta pergunta os põe! É vida dentre os mortos! O quê? Há esperança para um mise­rável perdido como eu? Quão doce é esse enternecedor convite! Que agradável intimação traz consigo: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). Se o Senhor do céu e da terra olha do trono de glória e diz: "O quê! Pecador, tu menosprezarás meu favor e perdão, meu Filho, teu Redentor podero­so e misericordioso, e ainda minha graça e Espírito?" — Qual será a resposta do miserável e envergonhado, intimidado pela glória da majestade divina, aguilhoado com compunção, vencido com a intimação da generosidade e do amor? "Com o ouvir dos meus ouvi­dos ouvi, mas agora te vêem os meus olhos. Por isso, me abomino e me arrependo no pó e na cinza" Jó 42.5,6). Tão interiormente é a verdade desta palavra agora sentida: "Que tu te lembres e fiques con­fundido e nunca mais abras a boca por causa de tua vergonha, quan­do eu sou pacificado para ti, por tudo o que fizeste, disse o Senhor Deus". Mas pecador, você fará um concerto comigo e meu Cristo? Você me tomará por seu Deus, e Ele por seu Redentor e Senhor? E posso, Senhor? Ainda posso? Graça admirável, misericórdia comedida e maravilhosa por eu não ter sido lançado no inferno com minha primeira recusa. Sim, Senhor, com todo o meu coração e alma eu renuncio as vaidades de um mundo vazio e enganador e todos os prazeres do pecado. Em seu favor está a minha vida. "A quem tenho eu no céu senão a ti? E na terra não há quem eu deseje além de ti" (Si 7325). E, bendito Jesus, Príncipe dos reis da terra, que me amaste e me lavaste dos meus pecados em teu sangue, e a quem o Deus eterno exaltou para ser Príncipe e Salvador, dar arrependimento e remissão de pecados, eu me prostro diante de ti, meu Senhor e meu Deus; eu, aqui, de boa vontade presto minha homenagem diante do teu trono. Eu tomo a ti como Senhor de minha vida. Eu me rendo absolutamen­te e me resigno a ti. Teu amor me constrange a, daqui por diante, não mais viver para mim mesmo, mas para ti, que morreste por mim e ressuscitaste. E eu me sujeito e me rendo à tua bendita luz e poder, Espírito Santo da graça, para ser cada vez mais iluminado, santificado e preparado para toda boa palavra e obra neste mundo, e para uma herança entre os que são santificados no outro mundo. Pecador, nun­ca permita que sua alma descanse até que você a encontre em comu­nhão com Deus; assim você pode verda­deiramente dizer e sentir que seu coração está nisto. Não fique cansa­do ou impaciente, esperando e esforçando-se, até que você diga que este é hoje o verdadeiro sentimento de sua alma. Tais coisas foram feitas no mundo; (mas o quanto é raro nos últimos dias!) assim Deus trabalhou com os homens, para salvá-los de descer à sepultura, de­pois de haver encontrado um resgate para eles. E por que não se espera que Ele faça isso? Ele feriu rochas e fez as águas verterem; sua mão não está encurtada, nem seu ouvido agravado. O perigo não é. pecador, que Ele venha a ser inexorável, mas que você o seja. Ele deixará que você rogue, se você prevalecer suplicando seu favor de todo o coração.
Não jogue fora a alma e tão grande esperança por mera indolên­cia e preguiça de sentir um pouco de dor por sua vida. Deixe que o texto, que foi seu diretório sobre as coisas que pertencem à paz, seja também o seu motivo, de modo que você veja o Filho de Deus cho­rando sobre tais coisas como se não soubesse delas. As lágrimas do Redentor não o comoverão? Coração duro! Considere o que estas lágrimas importam para este propósito:
4.1. Significam a real profundidade e grandeza da miséria na qual você está caindo. Elas vertem de olhos intelectuais e mais abrangentes que vêem longe, penetram profundamente as coisas, têm um prospecto amplo e grande e tomam o consolo daquele estado abandona­do para o qual os pecadores irreconciliáveis dirigem-se às pressas, com todo o horror que isso significa. O Filho de Deus não chorou lágrimas vãs e sem causa ou por coisa insignificante; nem esgotou lágrimas por si mesmo ou desejou a profusão de lágrimas de outrem. "Filhas de Jerusalém, não choreis por mim". Ele sabe o valor das almas, o peso da culpa e o quanto isso os pressionará para baixo e os afundará; como também a severidade da justiça de Deus, o poder da sua ira e quais serão seus terríveis efeitos, quando finalmente caírem. Se você não entende estas coisas, creia no Deus que o fez. Pelo menos creia nas lágrimas dEle.
4.2.  Estas lágrimas significam a sinceridade do seu amor e piedade, a verdade e ternura da sua compaixão. Você acha que suas lágrimas são enganosas, aquEle que nunca conheceu malícia? Isso era como o restante do seu comportamento? E lembre-se de que aquEle que der­rama lágrimas, da mesma fonte de amor e misericórdia também derra­mou sangue. Isso também foi feito para enganar? Você cometeu algu­mas coisas realmente muito consideráveis, se acha que valeu a pena o Deus encarnado chorar, sangrar e morrer, a fim de ludibriá-lo numa falsa estima dEle e do seu amor. Mas se é a maior loucura imaginável entreter tal pensamento, senão que suas lágrimas eram sinceras e não artificiais, as genuínas expressões naturais de benignidade e piedade francas, você deve considerar contra que amor e compaixão você está pecando, que entranhas está repulsando. Se você perecer, é sob tal culpa que os próprios demônios não estão sujeitos, pois nunca tiveram um Redentor que sangrasse por eles, ou, pelo que saibamos, que chorasse sobre eles.
4.3.  Estas lágrimas mostram a irreparabilidade do seu caso, se você persistir na impenitência e incredulidade, até que as coisas da paz sejam totalmente escondidas dos seus olhos. Estas lágrimas serão as últimas emissões de amor (até mesmo derrotado), de amor que está frustrado de seu terno desígnio. Você percebe nestas lágrimas as leis do céu inalteráveis e firmes, a inflexibilidade da justiça divina, que o mantém em laços inexoráveis e selado — se você provar-se incurávelmente obstinado e impenitente — à perdição. Pois até o próprio Redentor, que é poderoso para salvar, não pôde, por fim, salvá-lo, mas apenas chorar sobre você, lágrimas derramadas em cha­mas que atormentam você, sem suavizá-las; mas as lágrimas (embora tenham outro desígnio, até expressar verdadeira compaixão) ainda exacerbam e aumentam inevitavelmente o seu fervor, e continuará assim por toda a eternidade. Ele até chega a dizer a você, pecador:
"Tu desprezaste meu sangue; tu ainda terás minhas lágrimas". O que teria salvado você agora só lamenta sua perda.
Mas as lágrimas choradas sobre outros, como perdidos e sem es­perança, por que não comoveriam você, enquanto ainda há esperan­ça em seu caso? Se você for efetivamente comovido em sua alma, e, olhando àquEle a quem você traspassou, verdadeiramente chora so­bre Ele, você assegura para si a perspectiva de que o choro dEle sobre as almas perdidas não incluiu você. O seu choro sobre você arrazoaria seu caso abandonado e sem esperança; a sua lamentação sobre Ele o tornará seguro e feliz. Que seja assim, e considere ainda que:

4.4. Estas lágrimas significam o verdadeiro intento que Ele tem de salvar almas e com que alegria Ele o salvaria, se você tão-somente aceitasse a misericórdia, enquanto fosse possível. Pois se Ele chora sobre aqueles que não serão salvos, do mesmo amor que é a fonte destas lágrimas, provêem misericórdias salvadoras para aqueles que desejam recebê-las. E o amor que chorou sobre os que estavam per­didos, o quanto glorificará sobre os que estão salvos! Ali o seu amor é desapontado e afrontado, contraditado em seu propósito gracioso; mas aqui, tendo-o rodeado, o quanto Ele se alegrará sobre você com cântico e descanso em seu amor! E você também, em vez de ser envolvido com os irreconciliados pecadores da velha Jerusalém, será citado entre os cidadãos gloriosos da Nova Jerusalém, e triunfará jun­to com eles em glória eterna.


Atte.

Pr.Dr. Wagner Teruel


terça-feira, 23 de junho de 2015

Quarto capitulo do Livro: OSEIAS MAIS QUE UM PADEIRO


A historia dos nomes da família de Oséias
Jezreel
Bem meus filhos vocês sabem que há muitos anos, Deus me chamou para ser profeta, Jeú o nosso rei, não tem feito o que Deus se agrada, e com isto, a nação passou a ter serios problemas, desta forma quando sua mãe engravidou de você meu filho Jezreel, Deus me mostrou as coisas que as pessoas estão comentando de sua mãe ai na rua q e voces sabem muito bem, não quero vocês maltratando ela, quero que vocês a amem, Deus permitiu isto acontecer por causa da nossa nação, e não por causa da nossa casa. Deus me chamou me levou ao vale de Jezreel e me disse: "Dê-lhe o nome de Jezreel, porque logo castigarei a dinastia de Jeú por causa do massacre ocorrido em Jezreel, e darei fim ao reino de Israel. Naquele dia, quebrarei o arco de Israel no vale de Jezreel"
Por isto, meu filho Jezreel coloquei seu nome assim, e por isto você significa aquele que Deus espalha, através da sua vida, e de seu nome Deus coloca uma profecia implacável sobre Israel meu filho pois Deus estava dizendo que iria espalhar a nação e permitir que sejam levados a cativeiro, mais, da mesma forma que Deus promete espalhar, seu nome também traz uma tradução diferente que é DEUS SEMEIA. Para você ter uma idéia do seu nome deixa eu contar a historia do vale de Jezreel.
O Vale de Jezreel leva este nome da antiga cidade de Jezreel (conhecida em Árabe como Zir'in; em Árabe: زرعين) que estava localizada em uma pequena colina com vista para a margem sul do vale, embora alguns estudantes pensam que o nome da cidade originou-se do nome do clã que a fundou cuja existência é contada na Estela de Merneptá.
As primeiras referências históricas são muito antigas, e pra nós ficou marcada com as guerras do Megiddo e Kadesh, onde os exércitos do antigo Egito dos faraós tentaram subjugarnos. No periodo bíblico, as tribos de Aser, Zebulom e Isaccar detiveram o domínio do vale, a primeira na parte litorânea, a segunda no centro e a terceira na região que chega ao Rio Jordão. Os árabes chegaram no primeiro século da hégira, trazendo com eles o islã. Por ser local estratégico, de passagem de mercadores e viajantes que cruzavam a Palestina histórica, o Vale de Jezreel foi palco de inúmeras batalhas, a exemplo da batalha de Ein Jalut (عين جالوت), não longe do Monte Gilboa, Houve uma batalha sangrenta, os mamelucos lutaram contra os mongóis, que estavam a planejar invadir o Egito.
Também meu filho Jezreel é profético, quando o grande e bom Deus voltar, será no vale de Jezreel que haverá a grande batalha do armagedon, agora parece utópico, mais em breve as nações e povos serão subjugadas pelo nosso Deus.
Mais pai, pergunta Jezreel, isto não é uma fantasia de sua mente pai, olha não me entenda mal, estou com o senhor e sofro com seu sofrimento, porem, é fantástico demais pai, me lembro da minha iniciação junto aos sacerdotes, eles riam de mim, e do senhor, fiquei irado e quase não consegui minha iniciação, mais quando o senhor me falou ao meu ouvido que era para eu me concentrar e descansar em Deus, respirei fundo e consegui minha iniciação. Hoje entendo que meu nome é de suma importância para o final de todas as coisas, quero fazer juz ao meu nome e SEMEAR, pois sei que no tempo de Deus, Ele me retribuirá, obrigado pai, por ser fiel ao Deus dos céus. 
Amem, meu filho mais quero te pedir que nunca se esqueça de cuidar e de zelar por sua mãe, neste momento ela está nos ferindo mais logo ela vai recuperar os seus conceitos e precisaremos estar preparados para receber ela ok?
Agora me da um minutinho, é hora do almoço, sua mãe não tem o que comer lá onde ela está, preciso comprar algum alimento e mandar entregar, sabe o que mais me dói, é ela não saber ou reconhecer que sou eu que levo o alimento pra ela, ela pensa que é alguma outra pessoa. Lo Ruama diz: então deixe-a com fome, onde já se viu ficar pensando que são os amantes dela; ao que Jezreel responde: que isto menina, por mais que meu nome signifique AQUELE QUE DEUS ESPALHA, eu prefiro semear o bem, vai lá pai depois continuamos.

Lo Ruama
Pronto meus filhos mandei um almoço especial pra mãe de vocês, na verdade não tive coragem de ir entregar, pedi pra um garoto levar e ela ficou feliz, o sorriso lindo dela se abriu, ela perguntou pro mensageiro: quem mandou este alimento delicioso, eu estava escondido e espreitando, o menino me entregou e disse pra ela: foi o profeta Oséias e apontou em minha direção, ela olhou colocou um ultimo pedaço na boca, e jogou o almoço no chão e gritou em minha direção: ME ESQUEÇA, NÃO QUERO SABER DE VOCE, DO SEU DEUS DA SUA IGREJA. Sai de lá chorando, as pessoas na rua meneavam a cabeça e diziam: não entendo porque ele insiste com isto.
Pois é papai, insiste Lo Ruama, por que o senhor insiste nesta situação?
A indagação gerou um silencio brutal, olhares de reprovação vieram dos seus irmãos, o pai, se retira pra enxugar as lagrimas, ele não queria que seus filhos vissem ele chorando, e logo retorna.
Sabe minha filha tenho um amor a Deus incondicional, vai chegar um tempo que as pessoas só servirão a Deus se houver resultado, eu nunca fiz isto e nunca farei, minha vida, meu ministério é reconhecido por renuncia, fazer o bem sem olhar a quem e se algo der errado, minha filha, não busco o culpado, eu mesmo me penalizarei, eu mesmo me condenarei, meu advogado, meu conselheiro e meu consolador é o Senhor, por que Ele permitiu eu passar por tudo isto? Não sei mais de uma coisa eu sei.. eu não desisto.
A propósito, depois que Jezreel nasceu sua mãe disse que jamais teria outro filho, por causa da situação que vivíamos eu também pensei é melhor mesmo não termos mais filhos, de repente Deus me deu você, minha intenção era te chamar de princesa, ou de Abigail que você sabe que significa A ALEGRIA DO PAPAI, mais quando você nasceu eu estava indo para registrar seu nome Deus me ordena te chamar de LO-RUAMA, o nome jamais representaria você minha filha pois onde você estiver o pai jamais te abandonará, ou te desfavorecerá, mais você é grande, seu nome representa a atual situação de Israel, você viu que os Egipcios tentaram dominar e no vale de Jezreel nós obtivemos a vitoria? Agora os Assirios estão entrando aqui pelo Reino e Israel e se alojando em Samaria, Damasco está sendo sitiada, e Deus utilizou seu nascimento pra dizer que Israel está desfavorecido de Deus. Nunca pense minha filha que é por causa da nossa situação familiar que você tem este nome, e sim por causa da nação de Israel, em um futuro não muito distante as pessoas chegarão a pensar que são maiores que as suas próprias nações, ou governo, mais minha filha acredite nosso Deus, nossa nação é maior que nós mesmos.
Pai, indaga Jezreel, porque somos mais escuros e Lo-Ruama é branquinha? Já reparou que ela tem cabelos encaracolados e bem claros, nós temos olhos negros, meus amigos me falaram que ela legalmente não é minha irmã, é verdade?
Meu filho, afirma Oséias, desde a concepção de Lo-Ruama até o dia de hoje, tenho ela como minha legitima filha, ela jamais nesta casa ou em qualquer outro lugar deixará de desfrutar dos privilégios da família, para nós, aqui ela é nossa família, aqui em casa ela não é desfavorecida, viva esta verdade e não deixe que nada te abale.

Bem ta na hora de tirar o pão do forno, quem quer um pedacinho de pão, esfumaçando e delicioso? Não é a toa que me chamam de Oseias o padeiro.

Lo Ami
Depois de um delicioso café da tarde com broas de milho, pão sovado, leite, Lo-Ami o caçula fala: Papai e meu nome por que tão feio? Por que tem um tom de desprezo, parece que a maldição do nosso lar caiu todo sobre meu nome.
Verdade meu filho, disse Oséias, seu nome significa: Literalmente significa: “Não-Meu-Povo”, sabe meu filho, as coisas não andam muito em casa, você praticamente foi criado por mim e por suas tias e avós, os vizinhos me ajudam também, pois sempre se aproveitam para vasculhar a nossa vida, quando você nasceu eu pensei este será meu ultimo filho, meu caçulinha, Deus com certeza me permitirá colocar o nome que eu quero, porem, igual que seus irmãos, Deus me ordenou colocar este nome em você lembrando a Israel que era um ponto final, logo toda a nação seria entregue nas mãos dos desprezíveis e vis homens maus. Por isto, voce tem este nome, apesar de toda dor de colocar em você um nome tão negativo, pois eu quero que você entenda que até mesmo um NÃO tem seu lado positivo, quero lhe contar uma historia que vou chamar de:







O Positivo do Não

 “...(Jônatas, filho de Saul, tinha um filho aleijado dos pés. Ele tinha cinco anos de idade quando chegou a notícia de Jezreel de que Saul e Jônatas haviam morrido. Sua ama o
apanhou e fugiu, mas, na pressa, ela o deixou cair, e ele ficou manco. Seu nome era Mefibosete.)...” (2Sm.4:4 NVI)

Não, palavra negativa, palavra que exprime uma negação, de modo nenhum, se adicionarmos o verbete Não a um substantivo, adjetivo, ou verbo, teremos então uma prerrogativa de ausência, privação.

Como você encara quando recebe um não? Como você age?

As vezes o não é também sentido de falsidade, quantas vezes você disse sim, quando na verdade queria dizer não. Quando não podemos dizer não é porque não sabemos nem podemos distinguir qual é a nossa prioridade na vida, para onde estamos indo e qual é o nosso objetivo.

O não é necessário e devemos aprender a dizer com paz no coração, podemos, e, está permitido dizer não. Dizer não muitas vezes é sinônimo de saúde mental. Sem ódios, nem broncas, nem em maus tons podemos sim, dizer não.

1 – O poder das palavras sim e não:
Quando alcançamos a maturidade para compreender a negativa como uma afirmativa, logo, conseguiremos agregar ao nosso comportamento um esvaziamento psíquico tão positivo que nos sentiremos bem mais leves.
Como você tem andado com suas palavras? Sempre digo pra minha esposa que ela pega carga maior que pode suportar por causa do Não, ou melhor, por não saber dizer não.
O sim e o não fazem parte da negociação, quando você escolheu a roupa para vir ao culto teve que dizer obrigatoriamente um sim para a roupa que você está usando e um não para a que você pegou e desistiu de usar ela na ultima hora.
O sim e o não determinarão sua posição de liderança, autoridade e controle de sua própria vida.
Logo, dizer não, é esvaziar-se é negativar o receptor, porem, é uma afirmativa para você que poderá ter sua mente livre, agora não seja com isto um negativo absoluto, sim e não falarão de você de suas convicções, sim e não ditos sabiamente no tempo certo farão com que você evite uma enormidade de conflitos e problemas, porem, se viver na negativa estará se distanciando cada vez mais e mais do sucesso.

‘2 - O que peço é o que eu recebo?
Nas negativas quase sempre sofremos, queremos receber algo, porem, recebemos totalmente o contrario e nos perguntamos por que será que o que eu peço não recebo? E a resposta pode ser: Por causa do Não.
É muito comum ver pessoas que não conseguem ser felizes porque não expressam diretamente o que querem, ou, o que pensam, pedem desejam, porem, não são específicos e desta forma perdem a oportunidade da benção.
Paz, saúde, amor, felicidade, dinheiro, não são desejos ruins, mais são indefinidos, não passam de metas abstratas impossíveis de avaliar, e, é ai que vem a frustração.
Quando você for pedir precisará ser especifico, não seja um embromador, caso contrario receberá um não extremamente negativo, se você pedir especificamente poderá receber um não também, porem, ele não será negativo, pois quando Deus não nos dá o que queremos, Ele está nos preparando algo melhor.
Vejamos a vitimização de falar, pedir e negar:

2.1 Vitimando-se: são as pessoas que em lugar de pedir da seguinte forma: Você me compra um sorvete, ela diz: Estou aqui a horas trabalhando, morrendo de calor e ninguém faz nada por mim. Esta forma de vitimização não conseguirá que alguém lhe ajude, da mesma forma orar a Deus pedindo desta forma, simplesmente será impossível receber a benção de Deus. Talvez você se pergunte e qual o problema de falar assim? A resposta é bem simples, é que a maioria de nós sempre temos a ideia da inferioridade, e desta forma, a vitimização nos acolhe, um não neste momento será exatamente o que merecemos, porem, não o que precisamos ouvir, por outro lado a pessoa que vai negativar sua ação não sabe disto, desta forma precisamos, pensar como meu irmão reagirá frente minha fala?

2.2 Sendo Enroladores: são aqueles que não dizem as coisas diretamente. Por exemplo: em lugar de indicar aos outros que gostaria de receber uma visita do pastor, dão milhares de volta para dizer que estão se sentindo sozinhos.

2.3 Adoecendo ao falar: é o caso típico das pessoas que ficam doentes quando estão atravessando algum tipo de problema ou uma dificuldade. São as que não conseguem colocar em palavras as emoções, neste caso seus corpos acabam falando por elas, e de fato ficam doentes, mais doentes da alma.
“...A emoção é o que eu sinto agora, o sentimento é o que venho sentindo há muito tempo...” (Bernardo Stamateas)

3 – Os nãos que curam:
“...Um não pronunciado com a mais profunda convicção é melhor e maior do que um sim enunciado com o proposito de agradar ou o que é pior, de evitar um problema...” (Mahatma Gandhi)
Para termos mais saúde, mais sucesso e principalmente paz, devemos dizer Não a determinados fatos e a certos tipos de pessoas.
William Ury cita: “...A arte de liderar não está em dizer sim, mais em saber dizer não...”. muitas vezes não conseguimos dizer não quando desejamos fazer e sabemos que deveríamos.
Para superar esta situação devemos:

3.1 Não idealizar ninguém: ao idealizarmos outra pessoa, estando colocando-a em um papel superior enquanto nos diminuímos, tornando-nos assim mais vulneráveis e ficamos expostos para que o outro possa nos ferir. Se nos conectamos com outras pessoas (qualquer que seja o lugar que essa pessoa ocupe), deve ser de igual para igual, porque se colocar acima de, é um ato de soberba, e debaixo de habilita a que os outros possam nos humilhar. Devemos recordar que todos viemos do mesmo tronco, e, portanto, merecemos as mesmas oportunidades.

3.2 Não reagir mal diante das palavras das pessoas: há palavras que chegarão para ferir-nos e provocar uma reação a essa mensagem que transmitem. As pessoas que pronunciam estas palavras se chamam em psicologia, tóxicas.

Concluindo: as vezes o não é um sim, e um sim é um não, você precisa saber o que dizer, se sim ou se não.

Por isto meu filho seu nome é o que representa O não de Deus, mais agora é hora de descansar logo mais teremos culto e o dia será cheio amanhã, novos leões e ursos para destruirmos, e sei que posso contar com vocês não é mesmo?



Terceiro capitilo do livro OSEIAS MAIS QUE UM PADEIRO


Jezreel, Lo Ruama e Lo Ami, os filhos de Oséias

“...ela engravidou e lhe deu um filho. Então o Senhor disse a Oseias: "Dê-lhe o nome de Jezreel, porque logo castigarei a dinastia de Jeú por causa do massacre ocorrido em Jezreel, e darei fim ao reino de Israel. Naquele dia, quebrarei o arco de Israel no vale de Jezreel". Gômer engravidou novamente e deu à luz uma filha.  Então o Senhor disse a Oseias: " Dê-lhe o nome de Lo-Ruama, pois não mais mostrarei amor para com a nação de Israel, não ao ponto de perdoá-la. Contudo, tratarei com amor a nação de Judá; e eu lhe concederei vitória, não pelo arco, pela espada ou por combate, nem por cavalos e cavaleiros, mas pelo Senhor, o seu Deus". Depois de desmamar Lo-Ruama, Gômer teve outro filho. Então o Senhor disse: "Dê-lhe o nome de Lo-Ami, pois vocês não são meu povo, e eu não sou seu Deus..." (Os.1:3-9)
Você sabe o significado do seu nome?
Na Bíblia nenhum nome seria dado a um infante se não houvesse sentido neste nome, poderíamos falar de Jacó que significa AQUELE QUE AGARRA O CALCANHAR, Mara que significa AMARGA, entre outros, mais no caso do nosso texto, quero falar um pouco sobre o nome das três crianças, filhos de Oséias e Gômer, há uma guerra teológica deflagrada sobre a paternidade das crianças, muitos acreditam que tenha sido dos amantes de Gomer, outros acham que era de Oseias, não vou seguir gerando esta polemica neste capitulo, pois na verdade quero tratar sobre os nomes dos filhos.
Quando você escolhe o nome de seu filho, qual sua motivação?
Por que você escolheu o nome A ou B?
Em muitos casos a motivação é familiar, nome de pai, mãe, avós, tios etc.
Lamentavelmente, alguns também escolhem através de novelas, seriados de TV, etc... ou seja, no Brasil e em algumas partes do mundo o nome da criança não tem nenhum sentido, alguns importam nomes de outros países, é comum o cristão tirar nomes da Bíblia, os da era da tropicália colocavam nomes que representavam a natureza, mais no caso de Oséias a ordem dos nomes era mais profunda, havia uma necessidade, lembrar a Israel o que eles estavam fazendo, mais também trazer claramente transtorno e vergonha para aquela família.
Enquanto o profeta padeiro, na cozinha se dedicava na fabricação dos pães, sua esposa saia para a prostituição, e vez após outra, seus filhos comentavam com ele, junto a mesa da amassadeira: Papai, onde está a mamãe? O silencio ensurdecedor da sala gerava milhares de gritantes respostas.
Novamente quebra-se o silencio e a menina Lo-Ruama, já uma pequena adolescente de cabelos cacheados, olhos castanhos escuros, muito bonita, inteligente, entra rápido na padaria e pergunta: onde está o meu pai? Ao que apontam para a parte da cozinha junto a amassadeira, ela se dirige para a cozinha, e bate os cadernos na mesa. Olhos arregalados, Jezreel pergunta que aconteceu? O pai pergunta, tudo bem minha filha, os olhos dela inchados de tanto chorar, meio que gaguejando responde: Não papai, nada está bem, por que o senhor colocou este nome em mim?
Minha filha Deus me deu esta ordem, eu sou um profeta, ministro de Deus, cumpro o que Ele me ordenar.
Mais pai, Lo-Ruama? Desfavorecida, aquela de quem não se teve compaixão? Aquela que não recebeu graça, compaixão ou misericórdia? Pai você acabou com minha vida. Que será de mim?
Ao que Jezrrel um ajudante de padeiro, filho de Oseias, pergunta pai conte-nos a historia dos nossos nomes.
Oséias calmamente, pega uma cadeira e fala pra seus filhos se sentarem, limpa os olhos da menina Lo-Ruama, com um carinho especial lhe da um pedaço do pão que acaba de sair do forno, e ela diz: papai este pão eu não resisto, e ele sorrindo pergunta: e é pra resistir?

Sentem-se vou lhes contar esta historia. E você leitor, não quer se sentar também?.

Segundo Capitulo do Livro OSEIAS MAIS QUE UM CARPINTEIRO


Contextualizando o contextual
Deus abençoe meus queridos amigos, leitores, alunos e irmãos em geral, tem sido dias difíceis, mais pior realmente deve ter sido para Oséias, enfrentar as crises, econômicas, sociais, espirituais, e agora emocional, sua esposa tornaria-se uma meretriz, seus filhos seriam ilegítimos tudo por causa do seu ministério profético, Deus quer através da vida de Oséias, criar um paralelo com a nação de Israel e o amor que Deus tinha com ela, por outro lado a nação mostrando-se infiel com Deus, assim como a mulher de Oseias mostrasse infiel com ele. Que complexo serviço a Deus, quantos ministros hoje estariam dispostos a servir a Deus mesmo sabendo dos riscos de sua integridade moral?
Neste capítulo quero retratar aqui uma das maiores historias de amor de todos os tempos. É a historia da tragédia da vida familiar do profeta Oseias, tragédia essa que se tornou a razão do sucesso do seu ministério.
Como todos os amantes de Bíblia que somos a historia de Oseias é a historia de um homem que arriscou tudo para não deixar de viver com dignidade, humanidade e radical esperança em Deus.
É uma historia real que em si mesma ainda nutre um sabor escondido no mais profundo poço de amor, que retrata o amor de Deus por seu povo.
1 – Deus e Oséias uma única tragédia: para compreendermos o conteúdo do livro de Oseias, precisamos estar a par dos contextos que cercam o mesmo, ou seja, o contexto histórico, contexto político, contexto econômico e o contexto religioso.
Sem uma introdução histórica, política, econômica e religiosa é praticamente impossível compreender a profundidade do drama pessoal de Oseias e a profundidade do drama pessoal de Deus. Isto porque veremos que na tragédia de Oséias, temos também uma figura retórica chamada de alegoria para a dor de um outro ser machucado e traído nesta historia, Deus.
1.1       Contexto histórico: Nossa historia aconteceu no reino dividido Oséias foi profeta em meados do século VIII AC. E seu ministério começou pouco depois do ministério de Amós, profetizou contra a nação de Israel por volta de 38 anos, pode-se fazer esta conta pelos reis que estiveram no poder durante seu ministério profético. O momento político e econômico, as tragédias com os Assirios é minuciosamente relatada neste livro de Oséias. Alguns problemas históricos demonstram a habilidade do escritor em descrever situações como a de Gômer. Embora alguns interpretes tenham pensado que a historia fosse mera alegoria do relacionamento entre Deus e Israel, outros afirmam, de modo mais plausível, que a historia deve sim ser interpretada no cunho da veracidade. Entre estes últimos, alguns insistem em que Gômer era fiel no inicio e tornou-se infiel, e outros afirmam que ela sempre havia sido infiel. Eu particularmente acredito na veracidade historiográfica, e que ela era fiel e tornou-se infiel. O mais impressionante é que Oséias recebe a ordem de Deus para receber Gômer de volta em sua casa mesmo depois da prova da infidelidade.
1.2       Contexto Político: Nos dias de Oséias a nação de Israel estava sendo vitimas de golpes de estado um atrás do outro. Oséias como já dissemos foi o único profeta do Reino do Norte, uma vez que o Reino do Sul havia ficado com Salomão, o Reino do Norte com Jeroboão I, seu engenheiro de obras, dividindo-se assim o País em duas partes, que Israel praticamente só conhecera os sucessores políticos resultantes de golpes de estado. Alem do mais, Israel não tinha uma política externa definida, vacilando entre a Assíria e o Egito. É em razão disto que no capitulo sete verso 11 se diz que Israel parecia uma pomba louca e afoita, sem saber se voava para a Assíria ou para o Egito, irresoluta diante do que fazer. No ano 745 aC. Tiglate Pilezer deu um golpe de estado na Assíria, subindo assim ao poder, estabeleceu uma política expansionista a qual acabou sendo prejudicial a Israel. Tal mudança no quadro político internacional criou um sentimento de profunda insegurança política em Israel. A prova disso foi o que aconteceu ao País como conseqüência de tal insegurança política: O filho do Rei Jeroboão, Zacarias foi assassinado por Salum; e Salum foi assassinado por Manaem. Foi em razão de tais mudanças internas que Israel acabou sendo invadido pela Assíria, que deixou de lhe prestar qualquer apoio, implantando uma política expansionista e imperialista.
1.3       Contexto econômico: posso afirmar sem nenhum equivoco que aqueles dias foram imensamente ambíguos. Isso porque desde os dias de Jeroboão a prosperidade se instaurara e se tornara densa nas mãos de uma pequena população de Israel, ao passo que a miséria fora socializada com a grande maioria. É o que nos diz o capitulo oito no versículo quatorze quando nos deixa ver que numa situação de grande fome haviam os que possuíam palácios, mansões e tudo quanto a riqueza lhes podia proporcionar. Poderiamos assim dizer que os tempos de Oséias eram muito semelhantes aos nossos. Isto porque após uma sucessão de arbitrariedades políticas, o dinheiro está nas mãos de apenas 15% da população enquanto que 70% tem direito a bolsa família.

1.4       Contexto Religioso: do ponto de vista religioso havia um sincretismo litúrgico e uma confusão teológica: uma teologia monoteísta que afirmava que Jheováh era o único Deus verdadeiro de Israel, mais se fazia este culto ao único Deus com perspectivas religiosas pagãs de cultos a Baal. Havia um grande mercenarismo sacerdotal. Os sacerdotes permitiam o pecado para que o sentimento de culpa brotasse na cabeça dos crentes, o que lhes favorecia na hora de receber as ofertas. Pois as pessoas dão muito ou quando tem o coração generoso, ou tem o coração culpado. Isso me leva a crer que no nosso meio a grande maioria contribui muito mais por culpa do que por generosidade. Levados pela culpa o povo trazia mais ofertas, mais holocaustos, mais contribuições e dízimos, como um fenômeno psicológico de compensação dessa culpa.