sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

Um serviço pastoral, a muito tempo esquecido Visita aos Membros

Minha primeira visita pastoral foi a primeira que fiz quando era um jovem pastor.

Meu caso não era único na época e nem o é hoje. Estou certo de que muitos de vocês irão se identificar com a minha experiência. De fato, muitos leitores não reconhecerão que estavam sendo privados de algo que era uma parte essencial da experiência da igreja. Em nossos dias, o trabalho pastoral é absurdamente negligenciado. Muitos pretensos pastores enchem suas vidas de assuntos administrativos ou acadêmicos de forma que eles possuem pouco tempo para as pessoas do rebanho. Outros têm igrejas tão grandes que não conseguem sequer começar a pastorar os membros de suas congregações.  Cada vez mais, esses homens abordam a supervisão congregacional como se fossem o Chefe do Poder Executivo. Mas, mesmo em nossas pequenas igrejas reformadas, o ministro frequentemente negligencia o importante trabalho de pastorear.  Muitos membros de igreja somente recebem visita quando estão doentes (e olhe lá). Não podemos saber a condição de nosso rebanho ou ministrar efetivamente a ele sem fazer cuidadosamente o trabalho de visitação às famílias. Além disso, esse trabalho é necessário para a cimentação da verdade e de seus resultados na vida das pessoas.

Historicamente, a visitação pastoral é parte do trabalho esperado de um pastor de verdade. Nossos pais na fé levaram essa parte do trabalho ministerial muito a sério. Certo pregador por nome de Packer a muitos anos atrás escreveu: Sabendo as maneiras pelas quais o Espírito traz pecadores à fé e à nova vida em Cristo, e pelas quais guia os santos, por um lado, a crescerem à imagem de seu Salvador e, por outro, a aprenderem a serem totalmente dependentes da graça, os Cristãos se tornaram esplêndidos pastores. A profundidade e unção de suas exposições “práticas e experimentais” no púlpito não eram mais marcantes que a habilidade do estudo da aplicação do remédio espiritual para as almas doentes. Por meio da Escritura, eles mapearam o frequente confuso terreno da vida de fé e comunhão com Deus com grande profundidade (veja ‘O Peregrino’ como um dicionário ilustrado), e a agudeza e sabedoria deles em diagnosticar algum mal estar espiritual e em utilizar o remédio bíblico apropriado era excepcional.

Desde meu inicio ministerial há mais de 25 anos atrás sempre aprendi, e hoje ensino que: É dever do ministro não apenas corrigir as pessoas confiadas a seu cuidado em público, mas, também, em particular; especialmente admoestar, exortar, repreender e confortá-las em todas as ocasiões, enquanto seu tempo, sua força e sua segurança pessoal o permitirem. Ele deve admoestá-las em tempo de saúde, para prepará-las para morte. E. para esse propósito, elas frequentemente vão conferir com seus ministros como está o estado de suas almas. E, no tempo de doença, para ouvirem seus conselhos e pedir ajuda, oportuna e periodicamente, antes que suas forças e compreensão falhem com eles.

 Um pastor moderno recentemente falou sobre a visitação pastoral: “Há quatro maneiras em que os seres humanos aprendem: ouvindo, discutindo, assistindo e descobrindo. Alguém pode chamá-las também de audição, conversação, observação e participação. O primeiro é mais direto, da boca para o ouvido, do orador para o ouvinte, e, claro, inclui a pregação. Mas nem sempre é, de forma alguma, o mais efetivo. ‘A maioria das pessoas acha difícil entender conceitos de forma puramente verbal…'” 3. Em um livro mais recente, ele afirmou que a visitação pastoral é uma maneira de o ministro preencher a lacuna entre sua congregação e a segurança das verdades que ela ouviu no púlpito: “E temos de deixar as pessoas falarem conosco. Não há uma maneira mais rápida de preencher o abismo entre o pregador e as pessoas do que encontrá-las em suas casas e em nossas casas. O pregador eficiente é sempre um pastor diligente. Somente se ele achar tempo toda semana para tanto visitar as pessoas como entrevistá-las, ele será capaz de estar em contato com elas enquanto prega”.

O principal texto que exige o cuidado pastoral é Atos 20.28. Paulo, no contexto do seu exemplo de ensinar privativamente de casa em casa, encarregou os presbíteros: “Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue” (Atos 20.28).

A igreja tem interpretado tradicionalmente que esse mandamento inclui a visita familiar. Richard Baxter nos deu a clássica aplicação desse texto em seu trabalho de visitação familiar, O Pastor Reformado. Baxter (1615-1691) foi um pastor por excelência, cujo ministério Deus abençoou grandemente. Ele pastoreou a Igreja de Kidderminster, em 1641-42 e depois, de novo, após a Guerra Civil Inglesa, em 1647-61. Kindderminster era uma cidade com cerca de 800 lares e 2000 pessoas. Por quase todas as partes, as pessoas eram espiritualmente desamparadas. Packer descreve o efeito de seu ministério no meio deles:

“Eles eram um povo ignorante, rude e beberrão quando Baxter chegou, mas isso mudou drasticamente. ‘Quando iniciei meus trabalhos, observei todos aqueles que eram humildes, reformados ou convertidos. Mas com o desenvolver do trabalho, aprouve a Deus converter tanta gente, que eu não conseguia ter tempo para tais observações… famílias e um número considerável de uma só vez… chegavam e cresciam e eu sequer sabia como’. ‘A congregação estava sempre cheia [a igreja comportava 1000], então tivemos de construir cinco galerias… Nos dias do Senhor… você conseguia ouvir centenas de famílias cantando salmos e repetindo os sermões enquanto  passava pelas ruas… quando cheguei lá pela primeira vez, havia apenas uma família por rua que adorava a Deus e o chamava pelo nome, quando fui embora, havia algumas ruas onde não havia sequer uma família que não fazia isso’. ‘Mais tarde, Baxter escreveu: ‘entretanto, estou a cerca de seis anos longe deles e eles têm sido atacados com calúnias vindas do púlpito e difamações, ameaças e prisões, com palavras aliciadoras e raciocínios sedutores, mas eles rapidamente se opuseram e mantiveram sua integridade. Muitos foram para Deus, outros foram removidos, outros estão na prisão, e, a maioria, ainda está em casa. Mas nenhum sobre os quais eu ouço caíram ou abandonaram a retidão (Baxter está descrevendo o que aconteceu durante a Grande Expulsão)’. Quando, em dezembro de 1743, George Whitefield visitou Kidderminster, ele escreveu a um amigo: ‘eu fui grandemente revigorado em encontrar o doce aroma da doutrina, trabalho e disciplina do senhor Braxter, os quais permanecem até hoje’. 

Em meio a outros deveres, duas vezes por semana, Baxter fazia a visitação familiar. Ele também ensinava e encorajava seu povo a vir a ele com seus problemas. E Baxter começou a inspirar outros ministros com a sua visão.

Os membros da Worcentershire Ministerial Association convidaram Baxter a falar a eles sobre catequese paroquial e visitação. Por problema de saúde, ele não pôde falar no dia combinado, então ele expandiu a mensagem e a publicou no livro The Reformed Pastor. Ele usa a palavra “reformado” não para se referir à doutrina, mas ao arrependimento ministerial e renovação. Ele escreveu, “Se Deus ao menos reformasse o ministério e os colocasse em suas obrigações zelosamente e fielmente, as pessoas certamente seriam reformadas”.O tratado é baseado em Atos 28.26. Sua doutrina era: “os pastores ou bispos da igreja de Cristo devem ter grande cuidado consigo mesmos, com todos dos seus rebanhos, em todas as áreas do trabalho pastoral”.

 Na Dedicatória do seu livro, ele expõe os motivos do dever do cuidado pastoral:

  • Que as pessoas devem ser ensinadas sobre os princípios da fé. As questões da grande necessidade de salvação são dúvidas passadas em nosso meio.
  • Que elas devem ser ensinadas da forma mais edificante e vantajosa possível. Espero que concordemos com isso. 
  • Que a conferência pessoal, e o exame, e a instrução possuem muitas vantagens excelentes para o bem deles, isso não é mais motivo de discussão.
  • Que a instrução pessoal nos é recomendada pela Escritura, e pela prática dos servos de Cristo, e aprovada pelos piedosos de todos os tempos, é, até onde eu sei, sem contradição.
  • Não há mais dúvida que devemos exercer esse grandioso dever a todas as pessoas ou a tantas quanto pudermos fazê-lo, para que nosso amor e cuidado por suas almas possam ser estendidos a todos. Se há quinhentas ou mil pessoas ignorantes em sua Igreja ou congregação, então você está fazendo um pobre exercício do seu dever ao conversar de vez em quando com algumas poucas pessoas, deixando as demais sozinhas em sua ignorância, enquanto você podia ajudá-las.
  • Não é com menos certeza que um trabalho tão grandioso como esse deva tomar uma parte considerável do seu tempo. Por último, é igualmente certo que todos os deveres devem ser feitos com ordem, o quanto for possível, e, por isso, devem ter hora marcada.  

Se você não leu o livro, eu o encorajo a fazê-lo. Como mencionei, Baxter separava dois dias por semana, terças e quartas, para realizar esse trabalho. Dessa forma, Baxter visitava por volta de 15 famílias por semana.

Com a abordagem de Baxter, nós aprendemos uma particular quantidade de lições sobre cuidado pastoral.

Primeiro, temos de organizar nossa igreja para esse trabalho. Essa organização consiste tanto em instrução como em divisão da congregação. A congregação precisa ser instruída do benefício desse trabalho. Baxter aponta que nós temos de treinar “as pessoas a se submeterem a esse curso particular de catequese e instrução; se elas não vierem a você ou permitirem você ir a elas, o que de bom elas recebem?”.8 Esse treinamento começa com o ministro agindo de uma maneira com que as pessoas de sua congregação saibam que ele as ama e que faça com que elas o amem. Quando essa afeição mútua for estabelecida, pregue sobre a necessidade e os benefícios da visitação pastoral.

O ministro precisa alistar e treinar os obreiros nesse trabalho. A falha do método de Baxter foi não envolver os obreiros. Ele não se utilizava deles, mas eles também eram líderes do rebanho que deveriam responder a Deus sobre sua administração. Um obreiro bíblico é muito mais do que um tomador de decisões; ele é um Pastor quer seja consagrado, ou não, na nossa Igreja temos a seguinte frase, NO ESPAÇO PENTECOSTAL, CADA CASA É UMA IGREJA E CADA MEMBRO É UM LIDER. Nós precisamos motivá-los e treiná-los para esse trabalho.  Esse treino deve consistir em explicar os deveres e princípios bíblicos de como se deve conduzir uma visita. Ministros devem levar os Obreiros consigo com o fim de eles aprenderem a lidar com uma visita pastoral.

Com respeito a visita em si, tenha em mente que ela é pastoral. O pastor deve visitar as casas da pessoas socialmente, mas a visita pastoral é para inquirir sobre o bem estar espiritual da família. Comece a visita com uma oração e leitura da Escritura. Se houver criança na casa, vá a cada uma delas primeiro e pergunte se elas estão confiando em Cristo e procurando obedecê-lo. Elas leem a Bíblia e oram? Elas estão lutando contra seus pecados particulares? Como elas estão indo na escola? Os pais estão catequizando suas crianças? Quais livros os pais leram recentemente? Eles estão tirando proveito dos sermões? Como eles estão se utilizando dia do Senhor? Quais são suas principais lutas e tentações? Como eles se relacionam com a família (marido e esposa; pais e filhos)? Eles possuem alguma preocupação ou dúvida sobre a igreja? Conclua a visita com uma breve exortação bíblica e com uma oração.

Lembre-se de tomar notas a cada visita. Elas irão ajudá-lo a orar mais especificamente por cada um e refrescarão sua memória na próxima vez que você os visitar.

Uma palavra aos ministros. Nós ouvimos muito, e ainda bem que sim, sobre igrejas comprometidas com os meios de graça. Pois eu digo que se em seu ministério não há espaço para uma sistemática visitação pastoral, então você está negligenciando um importante meio de graça.  Eu desafio você a repensar sua filosofia ministerial. Se você não tem feito regulares visitapastorais, eu encorajo você a se arrepender e a buscar pela graça de Deus para começar imediatamente. Deus alertou em Ezequiel 34.1-10 que ele irá cobrar os pastores que falham em pastorear o rebanho. (cf. Jer. 23.1-2, 1 Pedro 5.1-4). Além disso, treine seus Obreiros a se juntarem a você nesse importante trabalho. Alguns contestam dizendo que a visita aos lares não é aceitável em nossa cultura. A questão que devemos responder é “isso é uma exigência bíblica”? Se sim, então treine a si, a seus Obreiros e a sua congregação.

Se você é membro de uma congregação e não recebe visitapastorais, eu encorajo você a requisitar uma. Que Deus restaure hoje esse ministério perdido em nossas igrejas.

Agradeço minha Oportunidade

 

Wagner Teruel

 


quarta-feira, 6 de abril de 2022

No Vale ou voce é um profeta ou você é um cadáver

 



No Vale ou voce é um profeta ou você é um cadáver

 

“...A mão do Senhor estava sobre mim, e por seu Espírito ele me levou a um vale cheio de ossos. Ele me levou de um lado para outro, e pude ver que era enorme o número de ossos no vale, e que os ossos estavam muito secos. Ele me perguntou: “Filho do homem, estes ossos poderão tornar a viver?” Eu respondi: “Ó Soberano Senhor, só tu o sabes”...” (Ez.37:1-3 NVI)

Na visão de Ezequiel temos alguns elementos em destaque:

1 – O Local (vale): substantivo masculino [Geografia] Depressão ou planície entre montes ou no sopé de um monte. Várzea ou planície à beira de um rio. Depressão alongada, mais ou menos larga, cavada por um rio ou geleira., normalmente no deserto, ficava entre duas montanhas, nas montanhas o s marginais, ficavam escondidos para assaltar e fazer mal as pessoas. O Salmista se refere ao vale ressaltando duas montanhas quando disse: “...Ainda que eu andasse por um vale de Sombra e de Morte...” (Sl.23:4)

 

2 – Cadaveres por todos os lados: substantivo masculino: o corpo morto, inteiro (ou quase inteiro), e não decomposto, de um animal e esp. de um ser humano; FIGURADO (SENTIDO)•FIGURADAMENTE indivíduo muito doente ou enfraquecido, ou apresentando aspecto pouco saudável (palidez, magreza etc.); pessoa cujo corpo parece já sem vida ou prestes a morrer. Um retrato absolutamente correto do que vemos hoje em dia no movimento cristão, Igrejas tem se tornado verdadeiros ossuários, depósitos de zumbis.

 

3 – Profeta: substantivo masculino RELIGIÃO pessoa que anuncia os desígnios divinos, que prediz acontecimentos por inspiração de Deus. "Deus falava aos hebreus através dos seus p."

 

Uma vez tendo os termos definidos é hora de irmos para a historia.

A profecia diretamente voltada para a nação de Israel, o profeta Ezequiel viveu seis séculos antes de Cristo, o texto literalmente se refere a situação critica e vergonhosa que se encontrava Israel, homens pecadores haviam se desvirtuado da Palavra e agora andavam segundo suas próprias concupiscência, além do mais havia a ordem do SHABATH, que eles não preservaram e desta forma, foram levados cativos para devolver o que era de Deus. Só neste caso, já nos cabe entender que ninguém consegue ficar devendo para Deus, Ele sempre cobra, seja seu tempo, seja suas finanças, seja sua saúde, tudo é dEle.

 

Mas quero ousar a utilizar este texto, para nossos dias de hoje.

Vivemos momentos em que o grande boom religioso está ai, todos já ouviram falar de Jesus, todos cantam canções evangélicas, parece que o inimigo está verdadeiramente derrotado, pois o que mais se ve, são crentes para todos os lados.

 

Mas a verdade é que ao abrirmos os olhos espirituais encontramos com pessoas dentro da Igreja, cantando, rodando, pregando, mas vivem mortos, havidos pelo sangue do próximo, desesperados pelo próximo pecado, vivendo a sombra da cruz para simplesmente pecarem. Pastores correndo atras dos seus próprios interesses econômicos, lideres querendo os holofotes para sí, profetizas que não passam de fofoqueiras gospel.

 

Podemos afirmar que vivemos literalmente em um vale de ossos secos.

 

Na historia recente nunca o inimigo das nossas almas descansou tanto, como descansa agora, as pessoas chamadas cristãs estão tão polarizadas, a favor de um politico ou outro, a favor do mendigo ou da mulher, a favor de will smith ou do cris que se esqueceram que a verdadeira polarização que interessa para o cristão é CEU ou INFERNO, nada mais que isto

 

No vale da sombra e da morte: dentro deste vale há duas montanhas de nome SOMBRA e MORTE. A dor e o desespero acompanham esta caminhada, com razão o Senhor disse que teríamos aflições, mas ao caminharmos olhamos a montanha da SOMBRA: sombras do passado, sombras do terror religioso, sombras da inflexibilidade, quanta incoerência há nos dias de hoje para nós cristãos, uma oxigenada no cérebro e olhamos para o outro lado a montanha da MORTE: a espreita estão os nossos inimigos, prontos para devorar as nossas carnes conforme diz o Salmo 27, pode se ver nas frestas das penhas os olhos de morte querendo nos destruir, mas devemos seguir adiante.

 

Esta é a cena do evangelho atual, de um lado sombras, do outro morte, mas olhe a frente, o que você ve? Ossos, totalmente sem vida, crânios, fêmur, membros superiores, costelas, vertebras, escapular, carpo, metacarpo, tudo ali esparramado, um grande quebra cabeças simplesmente impossível de ser montado.

 

Agora olhe se no espelho imaginário da sua alma: o que você vê? Um esqueleto? Um zumbi? Uma farsa? Ou você ve um profeta? É que no vale ou você é um profeta ou simplesmente um cadáver.

 

Parece duro falar assim não é mesmo? Mas Deus precisa de você, e de alguma forma você precisa reagir.

 

Não se engane Ezequiel não estava cheio de “fogo” ou cheio de “poder”, ele estava abatido, ele não foi considerado um sábio para ir ao palácio, não era velho para ficar na destruída Israel, era um homem de trabalho pesado, assim que chegou nas margens do rio Qebar, ficou olhando a situação vergonhosa, um estado depressivo crônico o atacou, desespero, sentimento de derrota, ele realmente estava entre as montanhas da SOMBRA e da MORTE.

 

Quando Deus pergunta para ele se os ossos poderiam reviver sua resposta foi: SENHOR TÚ O SABES, ou seja, já não é mais um problema meu, agora é contigo, não havia forças naquele homem, não havia grandeza naquele homem, apenas um caminhante no vale entre duas montanhas SOMBRA e MORTE, e agora diante dele ossos.

 

O cheiro fétido, as hienas e chacais, os assaltantes tudo, conspirava contra o profeta. Mas de repente veio a ordem: PROFETIZA.

PROFETIZA, um transitivo direto, não havia espaço para discussão ou transferência de responsabilidade, apenas PROFETIZA, eu não sei como você ve as coisas de Deus, mas eu as vejo muito direta, logica e inflexível.

 

Deus precisa de você, mas você precisa se reconhecer hoje.

     1 – não são suas forças que farão os ossos reviverem, apenas profetiza

     2 – é necessário se reconhecer, não são os ossos quem profetizará para esta nação, é você, apenas profetiza

     3 – as montanhas sempre estarão ali, apenas profetiza

     4 – os ossos precisam reviver, apenas profetiza

 

Na próxima semana falarei: O QUE ESTÁ ACONTECENDO CONTIGO PROFETA?

 

 

 

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Religião linear ou cíclica?


Religião linear ou cíclica?

Religião, no sentido estrito da palavra deveria ser um substantivo feminino positivo, pois significa RE-LIGARE, ou tornar a ligar, conectar aquilo que em algum momento foi desconectado, mas para que isto seja positivo, a religião deve ser LINEAR, apenas ligar o homem a Deus. 

Mas, lamentavelmente a religião deixou de ser linear para ser CICLICA, cilíndrica, e desta forma, o homem não se conecta a Deus, pois retorna ao mesmo ponto de partida.

Vejamos:

Deixamos a idolatria, do passado e nos ligamos a idolatrias disfarçadas, pastores adoram posição, músicos adoram seus instrumentos, porteiros adoram seus cargos, no campo geral, os carros, filhos, mulheres e maridos são adorados e reverenciados.

Deixamos a feitiçaria do passado e nos ligamos a macumba gospel, tão em moda nos últimos 50 anos no mínimo, as pessoas não tem vidas transformadas, mas, tem a revelação do momento para poder sobreviver o caos emocional que a vida lhe trouxe.

Deixamos os Alcoolatras Anonimos, Marcoticos Anonimos e Neuroticos Anonimos e nos ligamos ao C.A – CRISTÃOS ANONIMOS, sim exatamente, isto que as Igrejas tem se tornado apenas um centro de SÓ POR HOJE, as mensagens de auto-ajuda, o que você veio buscar, e todo este lixo de mensagens que não salva o pecador

Tornamos desta forma a religião que deveria ser linear em um substantivo cíclico, que não transforma, não salva.

A moda atual no facebook é ver como o estrangeirismo tem se tornado latente, parece que os chamados cristãos descobriram agora as semíticas, e querem mudar o nome de Deus, dos apóstolos, dos membros pelo simples fato de que descobriram o hebraico.

Tornamos desta forma a religião que deveria ser linear em um substantivo cíclico, que não transforma, não salva.

Worships a moda musical, apegam-se na tradução do termo e com isto acham que estão adorando de verdade a Deus. O Senhor diz que está a ponto de nos vomitar e ainda assim insistimos, com uma religião cíclica.

Se você quer fugir disto, esta é a hora, mas se quiser continuar insistindo nesta Babel religiosa apenas não diga que não foi avisado.

Jesus está voltando


Agradeço minha oportunidade

Pr.Dr. Wagner Teruel

www.itsteologia.com.br

Pais não são eternos



 País não são eternos


Hoje estava preparando o almoço, sabe nunca fui de cozinhar... mas ultimamente tenho cozinhado e confesso que tenho mandado bem kkkk


Mas meu pai nunca provou uma vida minha, porque pais não são eternos, o câncer o levou antes....


Ele não viu eu escrevendo.

Ele não viu eu assando ou sequer eu fazendo um café pra ele... imagina isto??? Eu que tomo muito café, e tomei tanto café que ele fez... e nunca fiz um café para ele.... 


Tantas oportunidades perdidas só porque ele não era eterno... Pais não são eternos... 


E mais, eles morrem antes do prazo de validade ...


Queria muito que ele tomasse meu caldo de mandioca com calabresa e depois dissesse: hummm isto aqui nem cachorro come, porque não sobra.....


Mas pais não são eternos 


Você tem pai?

Valorize o tempo com ele, não deixe ninguém envenenar seu relacionamento contra seu pai, ele em breve vai partir e sabe o que sobrará? Apenas remorso... e sabe por que? Porque pais não são eternos


Por Pr.Dr. Wagner Teruel 

itsteologia.com.br

No Céu não entra Pastor

No céu não entra pastor


Na vida já recebi muitos adjetivos, negativos e adjetivos positivos...


Os negativos: anti Cristo, falso profeta, demônio, e por aí vai...


Mas também recebi adjetivos positivos.. como amigo, pastor e companheiro


Nos, não podemos nos deixar levar pelos adjetivos que recebemos, quer sejam negativos, quer sejam positivos....pois eles são passageiros... 


 A tendência natural das pessoas em.nos depreciar, não pode jamais ser o combustível que nos move... 


Num mundo secular onde o egoísmo a miserabilidade e o individualismo imperam, não  pode jamais ser o combustível que nós move

...


Você e  eu somos seres individuais e não seres  institucionais 


As instituições nos  rotulam como pastores, diáconos, evangelistas etc.... mas a verdade…

[15:57, 14/01/2022] Wagner  Teruel: Você já foi rotulado?


Eu já, fui rotulado por gente de exatas que me chama incoerentemente de DEPRESSIVO, fui rotulado por comerciantes como sendo uma pessoa má e desprezível, imagine como estes rotulos doem??? 


Mas o pior de todos rotulos que alguém pode receber, é o rotulo do pecado, ele marca você, socialmente, marca você espiritualmente, marca você emocionalmente 


Não se deixe rotular e se o mundo te rotular, simplesmente despreze Jesus já riscou a cédula cédula nos era contraria... eu não você somos livres


Agradeço minha oportunidade 


Pr.Dr. Wagner Teruel

www.itsteologia.com.br



quarta-feira, 5 de janeiro de 2022

Os apóstolos e os dons

 

O século XX foi testemunha de um crescimento generalizado do que muitos consideram dons milagrosos do Espirito Santo. Depois de um silencio de aproximadamente 1800 anos no cristianismo bíblico, os dons apostolicos aparentemente estão voltando a se manifestar. Este fenômeno foi introduzido de tal maneira na corrente principal do pensamento religioso atual, que até surpreende a muitos quando é questionada a sua validade.

Quero convidar a todos os cristãos comprometidos com a palavra a questionar e refletir novamente sobre estes temas a luz das Escrituras e se perguntar com toda a honestidade: “ESTÁ REALMENTE ACONTECENDO A MANIFESTAÇÃO DOS DONS MIRACULOSOS QUE OS APOSTOLOS REALIZARAM NO INICIO DA IGREJA?

Para obtermos uma resposta, deveremos olhar as Escrituras, porque Ela tem a última palavra, e como sempre digo nas minhas aulas: NINGUEM PODE SABER MAIS DO QUE O QUE A BÍBLIA ENSINA.

Em primeiro lugar, nós encontramos três relações de dons no Novo Testamento


Rm.12:6-8

1Co.12:28-30

Ef.4:11

Profecia

apóstolos

apóstolos

Serviço

profetas

profetas

ensino

mestres

evangelistas

exortação

milagres

pastores- mestres

doações

curas

 

presidir

ajuda

 

Ter misericordia

administração

 

 

dons de linguas

 

 

Interpretação

 

De acordo com esta lista, encontramos que alguns dons podem ser classificados como milagrosos ou extraordinários, e outros não milagrosos ou extraordinário. Neste capitulo quero dedicar tempo para falarmos sobre os dons miraculosos desta forma quero dividi-los em quatro partes.

1 – Apostolos: Quem eral eles? Como já estudamos nos capítulos anteriores, o termo significa, mensageiros, enviados ou ainda delegados. Desta forma a simples interpretação do que significa o termo já nos indica que não era qualquer um que poderia ser um apostolo, não era uma decisão de “travesseiro” ou de “monte”, não era porque há uma vontade de titularidade ou modismo, teria que ser convidado pelo Senhor Jesus pessoalmente, eleitos para este trabalho pelo Senhor Jesus, e não poderia ser uma visão pessoal, uma revelação de um “bajulador” qualquer. “...Ao amanhecer, chamou seus discípulos e escolheu doze deles, a quem também designou como apóstolos...” (Lc.6:13 NVI)

De acordo com o livro de Atos 1:21-22, um apostolo teria que ser testemunha ocular de Cristo durante todo o seu ministério público, incluindo a etapa posterior da ressurreição.
ainda no Novo Testamento nós podemos encontrar que a mesma palavra grega para apostolo é utilizada para descrever a homens eleitos pelas Igrejas para levar informações ou ajudas de uma para a outra Igreja (2Co.8:23; Fp.2:25; At.4:14). Porem, não devemos confundor estes últimos com os doze que foram eleitos pessoalmente por Cristo como sendo seus apóstolos.

Paulo desfrutou de um ministério apostólico único, e talvez o mais verdadeiro de todos, uma vez que realmente foi enviado e cumpriu cabalmente e literalmente o significado do termo APOSTOLO.

Cristo chamou ao Apostolo Paulo ainda quando o momento de se nomear os apóstolos não estava concluído. Note que Paulo foi o ultimo de todos sobre a terra que viu ao Senhor de maneira visível como testemunha ocular da sua ressurreição. Ninguém viu a Cristo da mesma maneira que Paulo, ninguém teve a mesma experiencia que Paulo.

Desta forma sem medo de errar, nenhum destes apóstolos de hoje, tiveram o mesmo caminho de Paulo, logo, não cumpre os quesitos bíblicos.

A – Seu proposito: Segundo Efesios 2:20, foi correspondido aos apóstolos desempenhar um papel especifico, fundamental e especial no desenvolvimento inicial da Igreja Neotestamentaria: “...edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, tendo Jesus Cristo como pedra angular...” (Ef.2:20 NVI). Este papel incluía pelo menos três funções:

1 – Estes homens eram testemunhas indiscutives da ressurreição de Cristo, j´que todos eles haviam visto pessoalmente ao Senhor Jesus em seu corpo ressurreto.

2 – A eles foi revelado o mistério da economia do Novo Pacto, agora a Igreja era composta tanto de Judeus como de Gentios (Ef.3:1-10).

3 – Eles receberam a inspiração para escrever as Santas Escrituras de forma infalível, que pudesser ser lida por todas as gerações vindouras. Cada livro do Novo Testamento foi escrito seja por um apostolo, ou seja, por alguém diretamente ligado a um apostolo. Um pouco antes de sua morte, nos disse que o aspecto do seu trabalho havia sido completo de uma vez por todas e para sempre (Ap.22:18-19). A partir de então não houve mais revelações inspiradoras ou genuínas para que constinuasse por escrever a Bíblia.

 

B – Sua duração: O ministério apostólico foi de duração limitada devido o trabalho que estava acontecendo na fundamentação da Igreja. Os fundamentos são colocados em uma obra uma única vez, e em cima dele constrói-se as demais estruturas, nós não colocamos fundamentos repetidas vezes, antes, seguimos para o termino da obra. Não há espaço para apóstolos nos dias de hoje, porque já a obra está quase terminada. Os apóstolos colocaram o fundamento e nós estamos terminando a obra, estamos no acabamento. Já o Senhor virá que não estejamos ainda cavando brocas para alicerce, terminemos o telhado. O cristianismo bíblico foi construído sobre estes fundamentos há aproximadamente 2000 anos. É um modismo infundado um homem querer se comparar com Pedro ou com Paulo e adotar o titulo de apostolo hoje em dia. A não ser que queira passar pelo mesmo que Paulo passou. “... Espero que vocês suportem um pouco da minha insensatez. Sim, por favor, sejam pacientes comigo; O zelo que tenho por vocês é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi a um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a ele como uma virgem pura; O que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo; Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram ou um evangelho diferente do que aceitaram, vocês o suportam facilmente; Todavia, não me julgo nem um pouco inferior a esses "super-apóstolos"; Eu posso não ser um orador eloqüente; contudo tenho conhecimento. De fato, já manifestamos isso a vocês em todo tipo de situação; Será que cometi algum pecado ao humilhar-me a fim de elevá-los, pregando-lhes gratuitamente o evangelho de Deus?; Despojei outras igrejas, recebendo delas sustento, a fim de servi-los; Quando estive entre vocês e passei por alguma necessidade, não fui um peso para ninguém; pois os irmãos, quando vieram da Macedônia, supriram aquilo de que eu necessitava. Fiz tudo para não ser pesado a vocês, e continuarei a agir assim; Tão certo como a verdade de Cristo está em mim, ninguém na região da Acaia poderá privar-me deste orgulho; Por quê? Por que não os amo? Deus sabe que os amo! E continuarei fazendo o que faço, a fim de não dar oportunidade àqueles que desejam encontrar ocasião de serem considerados iguais a nós nas coisas de que se orgulham; Pois tais homens são falsos apóstolos, obreiros enganosos, fingindo-se apóstolos de Cristo; Isto não é de admirar, pois o próprio Satanás se disfarça de anjo de luz; Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam que são servos da justiça. O fim deles será o que as suas ações merecem; Faço questão de repetir: ninguém me considere insensato. Mas se vocês assim me consideram, recebam-me como receberiam um insensato, a fim de que eu me orgulhe um pouco; Ao ostentar este orgulho, não estou falando segundo o Senhor, mas como insensato; Visto que muitos estão se vangloriando de modo bem humano, eu também me orgulharei; Vocês, por serem tão sábios, suportam de boa vontade os insensatos! De fato, vocês suportam até quem os escraviza ou os explora, ou quem se exalta ou lhes fere a face; Para minha vergonha, admito que fomos fracos demais para isso! Naquilo em que todos os outros se atrevem a gloriar-se — falo como insensato — eu também me atrevo; São eles hebreus? Eu também. São israelitas? Eu também. São descendentes de Abraão? Eu também; São eles servos de Cristo? — estou fora de mim para falar desta forma — eu ainda mais: trabalhei muito mais, fui encarcerado mais vezes, fui açoitado mais severamente e exposto à morte repetidas vezes; Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites; Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar; Estive continuamente viajando de uma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios; perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, e perigos dos falsos irmãos; Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez; Além disso, enfrento diariamente uma pressão interior, a saber, a minha preocupação com todas as igrejas; Quem está fraco, que eu não me sinta fraco? Quem não se escandaliza, que eu não me queime por dentro? Se devo me orgulhar, que seja nas coisas que mostram a minha fraqueza...” (2Co.11:1-30 NVI)

2 – Profetas:

A – Quem eram os profetas? O Novo Testamento não declara especificamente quais eram os requisitos para este ministério, porem os profetas eram mencionados varias vezes com relação aos apóstolos (Lc.11:49; Ef.2:20; Ef.3:5).

B – Seu proposito: os textos que vimos nos mostram que os profetas participavam da estrutura fundamental da igreja conjuntamente com os apóstolos, ou seja, um apostolo era um profeta. Eles ensinaram a verdade recebida por revelação divina, porem, eles não escreveram as Sagrdas Escrituras, sem que houvesse a supervisão direta.

C – Sua duração: Ora, uma vez que é um fundamento igual que o apostólico, seu ministério cessou juntamente com o ministério dos apóstolos. Quase todas as seitas fundadas na época moderna foram iniciadas por um apostolo, ou por um profeta que se auto-intitulou assim. Se crermos que as profecias que ouvimos hoje é da parte de Deus, logo, não teremos crivos para combater nenhuma heresia que surja, pois nos veremos incapazes de refutar aos profetas atuais. Portanto, é de suma importância entendermos que os profetas de hoje, profetizam mentiras, e tem visões mentirosas, pois as mesmas na maioria das vezes,  vai contraria as Sagradas Letras. Como combater o falso profeta do apocalipse se cada um dos que profetizam as mesmas sandices de hoje as pessoas os seguem como sendo verdade? Percebe você o quanto o inimigo engana, a ideia é simples, enganar agora que o Espirito Santo está na terra, para quando aquEle que restringe o pecado for retirado, os homens não entendam a diferença e aceite a tudo e a todos. É hora da Igreja se posicionar. Nós tratamos com profundidade no livro EU, UM PROFETA? Já disponivel

3 – As línguas e sua interpretação:

A – O que significaram: O dom bíblico das línguas consiste em habilidades milagrosas de falar em outras línguas quer seja através da GLOSSOLALIA, ou atraves da XENOGLOSSIA, tema abordado profundamente no meu livro CONTRA FATOS NÃO HÁ ARGUMENTOS VL.06, aconselho que leiam. Alguns teólogos acreditam que o que fala em línguas desconhece o que esta falando e para que está falando. É importante destacarmos que o que se vê e se ouve hoje em dia na sua grande maioria não são novas línguas, ou vulgarmente chamado de línguas estranhas, porque o dom de línguas tem um sentido direto: ou edificar a alma de quem está falando (quando não há interpretação) ou edificar a toda a Igreja. Não são aceitos os “papagaios de pirata” que em todas as manifestações das suas línguas repetem sempre a mesma palavra, por outro lado, também não são aceitas as manifestação deste dom tão importante caso não haja mudança de metanoia ou de paradigma. De acordo com o Novo Testamento todas as vezes que houveram manifestação do Espirito Santo com novas línguas,  jamais, haviam falas incoerentes, falas de castigo, de vergonha publica, sempre de exaltação ao Nome de Deus, a tal ponto que os homens no dia de pentecostes disseram: “...Chegando o dia de Pentecoste, estavam todos reunidos num só lugar; De repente veio do céu um som, como de um vento muito forte, e encheu toda a casa na qual estavam assentados; E viram o que parecia línguas de fogo, que se separaram e pousaram sobre cada um deles; Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito os capacitava; Havia em Jerusalém judeus, tementes a Deus, vindos de todas as nações do mundo; Ouvindo-se este som, ajuntou-se uma multidão que ficou perplexa, pois cada um os ouvia falar em sua própria língua; Atônitos e maravilhados, eles perguntavam: "Acaso não são galileus todos estes homens que estão falando? Então, como os ouvimos, cada um de nós, em nossa própria língua materna? Partos, medos e elamitas; habitantes da Mesopotâmia, Judéia e Capadócia, Ponto e da província da Ásia, Frígia e Panfília, Egito e das partes da Líbia próximas a Cirene; visitantes vindos de Roma, tanto judeus como convertidos ao judaísmo; cretenses e árabes. Nós os ouvimos declarar as maravilhas de Deus em nossa própria língua! " Atônitos e perplexos, todos perguntavam uns aos outros: "Que significa isto?...” (At.2:1-12 NVI)

O que falavam? Em quais idiomas falavam? Ao ponto de chamar a atenção de no mínimo 16 idiomas, isto nos deixa claro que o que se ve hoje em dia não passa de um espirito religioso.

Pedro explica este milagre a multidão ao equiparar o dom de línguas com o de profecia citando o profeta Joel: “...E, depois disso, derramarei do meu Espírito sobre todos os povos. Os seus filhos e as suas filhas profetizarão, os velhos terão sonhos, os jovens terão visões; Até sobre os servos e as servas derramarei do meu Espírito naqueles dias; Mostrarei maravilhas no céu e na terra, sangue, fogo e nuvens de fumaça; O sol se tornará em trevas, e a lua em sangue; antes que venha o grande e terrível dia do Senhor; E todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo, pois, conforme prometeu o Senhor, no monte Sião e em Jerusalém haverá livramento para os sobreviventes, para aqueles a quem o Senhor chamar...” (Jl.2:28-32 NVI)

Da mesma forma, em 1 Corintios 14:5 considera iguais os dons de profecia e de língua quando estas ultimas são interpretadas: “...porque maior é o que profetiza do que o que fala em línguas, a não ser que interprete para que a Igreja recebe edificação...”

Em 1 Corintios 12:30, o apostolo Paulo refuta a noção popular de que cada crente falava em línguas. Ainda aos Corintios, Paulo pergunta: “...todos falam em línguas? Todos interpretam?...”

A ideia moderna de que há outro tipo de dons de língua, a chamada: “LINGUAGEM CELESTIAL”, ou “LINGUA DOS ANJOS”, não se encontra nas Escrituras e deve ser rechaçada. A pratica incoerente deste presente século, é a maior prova de que o verdadeiro dom de línguas está escasso.

2 – Seu proposito: Um proposito das línguas era como sinal do juízo de Deus para os judeus, sinal de que um  único juízo virá sobre aquele homem ou mulher que não invocar o Nome do Senhor: “...assim que as línguas são para sinal, não aos cristãos, mas sim aos incrédulos...” (1Co.14:22). Desde Abraão, Deus lhe havia falado no idioma hebraico, porem, agora, após a primeira vinda de Cristo, estava falando através da língua dos gentios para mostrar aos judeus que seus privilégios nacionais estavam chegando ao fim, os gentios também iriam participar do pacto da graça. O fim da nação judia se completou plenamente com a destruição de Jerusalem no ano 70 A.D.  neste momento o sinal de juízo nacional, ou seja, as línguas deixam de ser relevantes e necessária, notem, que elas não se acabam, elas são dons do Espirito Santo, porem, perde sua proeminência.

Outro proposito das línguas, quando foram acompanhadas de dom de interpretação, era para edificar os cristãos na assembleia local. As línguas devidamente interpretadas, igualmente que as  profecias, serviam como um meio direto para receber uma parte da verdade: “...porque em parte conhecemos e em parte profetizamos...” (1Co.13:9).

Deus deu estas medidas temporais como formula de alimento infantil GERBER gerber para a vida inicial da Igreja. Posteriormente quase se extinguiu para dar a revelação perfeita de toda a verdade uma vez que os livros do Novo Testamento agora estavam terminados, o crivo estabelecido: “...mas quando venha o perfeito (literalmente maduro e desenvolvido) então o que é em parte se acabará...” (v.10)

A Palavra escrita de Deus é a dieta perfeita e balanceada para os cristãos hoje em dia. Será que é por isto que as pessoas não suportam mais a sã doutrina? Será que é por isto que as pessoas não ouve mais as pregações como antigamente? Será que é por isto que a musica e as revelações e as coreografias tomaram parte do culto a Deus? Isto é culto racional? A verdade é que, na grande maioria dos casos o falar em línguas hoje em dia tem reduzido o cristão do século XXI a uma infância perpetua, e vergonhosa.

C – Sua duração: Uma vez que as línguas fossem devidamente interpretadas, elas funcionariam da mesma maneira que a profecia, e se a profecia como vista no período Vetero-testamentário e na fundação da Igreja no Novo Testamento, desta mesma forma o dom de língua tem que ter diminuído sistematicamente, não abolida, não esgotada, mas reconhecer o Espirito Santo com novas línguas tem sido algo muito difícil. Paulo afirma isto, em 1 Corintios 13:8: “...O amor nunca perece; mas as profecias desaparecerão, as línguas cessarão, o conhecimento passará...”

Linguas são portanto, base posta pelos apóstolos. Utilizando a analogia do Apostolo Paulo, estes dons milagrosos pertenceram ao período de inicio da Igreja, porem, Deus nunca pretendeu nos manter numa condição infantil, Paulo disse para que cresçamos até alcançarmos a estatura de um varão perfeito (Ef.4:13-15), o Apostolo Paulo também afirma que quando era criança, falava como criança, pensava como uma criança, mas quando se tornou um homem deixou as coisas de criança (v.11)

4 – Milagres e Curas:

A – Quem realizava: Uma leitura cuidadosa do Novo Testamento nos revela que usualmente os apóstolos exerciam estes dons especiis. Por exemplo o que podemos ler em Atos 2:43; Atos 5:12; 2 Corintios 12:12. Se todos os cristãos pudessem operar os sinais, então o argumento de Paulo neste texto não teria significado. É necessário compreender que os dons sempre serão da Igreja e jamais do individuo. Para maiores esclarecimentos aconselho que leiam o meu livro: O MINISTERIO DO ESPIRITO SANTO.

B – Seu proposito: O proposito primordial dos milagres era validar a autoridade dos apóstolos como verdadeiros enviados de Deus. Em Hebreus 2:3-4 lemos que a verdade da salvação ensinada por Cristo nos foi confirmada (a salvação) por aqueles que ouviram, testificando Deus juntamente com eles, com sinais e prodígios e diversos milagres pelo Espirito Santo segundo a Sua vontade. Igualmente que nos tempos de Moises, assim foi nos dias de Cristo e dos apóstolos, os judeus pedem sinais (1Co.1:22) como prova de autenticidade, e Deus assinalou esta prova.

C – Sua duração: Em Atos 8 temos o ensino que somente os apóstolos tinham o poder de transmitir um dom milagroso a outra pessoa, e esta outra pessoa não poderia transmitir para outro. Felipe o evangelista poderia fazer milagres em Samaria (At.8:6-7) mas não o fez até que vieram os apóstolos de Jerusalem e impartiram dons aos novos crentes de Samaria (At.8:14-19). Os dons de operar milagres não cessaram com os apóstolos, porem, igualmente que o ministério profético e também os dons de línguas, diminuíram sensivelmente, por que? Simples, porque estamos vendo um espirito de sedução, de mentira e de religião, habitando nas Igrejas o que impede do verdadeiro poder de Deus se manifestar. Com razão o profeta Isaias profetizou dizendo: “...O JUGO SERÁ DESPEDAÇADO POR CAUSA DA UNÇÃO...” (Is.10:27), enquanto o jugo da religião for mais pesado, enquando as subidas aos montes forem mais importantes, enquanto o falar em línguas e profetizar forem mais importantes que a verdadeira unção, não haverá milagres na casa de Deus.

Também é importante lembrar que milagres não convencem, da mesma forma que a musica não convence, a coreografia não convence, a revelação não convence. O que convence o pecador é o poder da Palavra.

Por isto temos tido tanta musica que não convence, porem, anima.

Temos tido tanta coreografia que não convence, mas seduz.

Temos tido tanta revelação que não convence, porem, amedronta.

Só a Palavra, somente a Poderosa Palavra de Deus é capaz de convencer o pecador.

Observações adicionais: Fazer milagres em si não é nenhuma garantia de saúde espiritual. Os magos de Faraó copiavam os milagres que Moises fazia. “...A vinda desse perverso é segundo a ação de Satanás, com todo o poder, com sinais e com maravilhas enganadoras; Ele fará uso de todas as formas de engano da injustiça para os que estão perecendo, porquanto rejeitaram o amor à verdade que os poderia salvar...” (2Ts.2:9-10 NVI).

Nosso Senhor ensinou que muitos que afirmam ser profetas de Cristo, e que são verdadeiros exorcistas, no dia do juízo não lhes será permitido entrar nos céus, pelo simples fato de serem feitores de iniquidade (Mt.7:22-23).

É digno de notarmos que os que afirmam possuir (serem donos) de um dom apostólico hoje em dia, falam de certos milagres que podem apresentar risgos como tomar nas mãos serpentes venenosas ou tomarem alguma coisa mortífera, eu iria ainda um pouco mais além, os apóstolos do século XXI, sequer visitaram seus membros com COVID-19, nesta pandemia, ao contrario, fecharam suas Igrejas e esconderam-se debaixo das suas camas com medo, tudo isto simplesmente por não terem o Esprito Santo. O silencio destes pseudo-apostolos sobre estes temas que acabo de apontar aqui é ensurdecedor.

Talvez sua pergunta neste exato momento é: mas pastor Teruel, você está dizendo que não há mais manifestação de dons? Não eu não disse isto, eu disse que a escassez destes dons tidos como apostólicos, tornou-se praticamente inexistente, pois o espirito religioso impera nas Igrejas. Além do mais, a autoridade apostólica neste caso torna-se questionável. Tornaram a graça em uma verdadeira desgraça cristã.

Você mesmo deve estar lembrando de algum caso de pessoas que puderam experimentar os milagres, a manifestação de falar em línguas e até mesmo o ministério profético, a isto apenas posso afirmar que é a misericórdia do Senhor, sobre os seus filhos santos.


Capitulo extraido do livro: EU, UM APOSTOLO? por Pr.Dr. Wagner Teruel