terça-feira, 4 de março de 2014

PEGANDO A TOALHA 1



Pegando a Toalha!

Em uma famosa passagem em João 13, Jesus tomou uma toalha, uma bacia e lavou os pés de Seus discípulos. Ele lhes disse:
“Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós devíeis lavar os pés uns dos outros” (João 13:14).
Alguns devotados cristãos vivem, literalmente, este versículo. É costume haver cerimônias de “lava pés”, o que é meritório - mas, se permanecer somente como um rito, o verdadeiro significado da lavagem dos pés se perde.
Depois que Jesus lavou os pés dos discípulos, colocou novamente Suas vestes, se sentou, e lhes perguntou: “Sabeis o que lhes fiz?” Em outras palavras: “Entenderam o significado espiritual da lavagem dos pés?”
Creio que esta pergunta do Senhor é dirigida, hoje em dia, a nós também. Certamente, algo muito poderoso e profundo estava acontecendo; Cristo estava ensinando a Sua igreja uma das mais importantes lições. Mas será que nós entendemos a profundidade do que Jesus fez ao lavar os pés dos discípulos?
Jesus não estava instituindo um ritual para ser exercido ao longo dos séculos da igreja, tais como a Santa Ceia ou o batismo nas águas. Se fosse assim, Ele o teria instituído no início do treinamento dos discípulos. E Ele mesmo teria se submetido à lavagem de Seus próprios pés, como fez com o batismo nas águas.
Li minuciosamente os comentários bíblicos de que disponho para verificar o que os pais da igreja disseram sobre esta cena. Quase sem exceção, escreveram que seu significado está no exemplo de humildade dado por Jesus. Ele assumiu uma posição inferior para mostrar como sermos humildes. Contudo, acredito que esta interpretação omite totalmente o significado da passagem. Afinal Jesus já havia dado um exemplo de humildade ao tomar a forma humana - colocando de lado Sua glória e vindo ao mundo como servo.
Não, esta passagem nos diz muito mais do que isto! Creio que Jesus estava dando um exemplo do tipo de manifestação física que Ele mais deseja: a de “pegar a toalha”.
Hoje, quando falamos de manifestações, pensamos nas pessoas que nas reuniões da igreja caem no chão. Para muitos, este tipo de manifestação parece estranho. No entanto, quando se estuda a palavra de Deus, aprende-se que Jesus falou bastante de inusitadas manifestações físicas.
Jesus não falou sobre cair no chão. Mas falou de cair no solo e morrer - para dar frutos! Ele falou da manifestação de tomar a cruz, de cortar uma mão ofensiva, de arrancar um olho ofensivo, e de andar a segunda milha.
Mas de todas as manifestações, uma das mais inusitadas que Cristo falou é a do seu chamado para pegar a toalha. Durante meus anos de ministério, muitas pessoas me perguntaram: “Por que não lavamos os pés uns dos outros na igreja, como Jesus nos chamou a fazê-lo? Ele disse: ‘Se Eu o fiz, vocês também deveriam fazê-lo.”’
Eu geralmente respondia: “O que Jesus está dizendo é primordialmente uma coisa espiritual, e não meramente física”. Mas ao dizer isso, eu não tinha um conceito do significado espiritual da lavagem dos pés.
Nós encobrimos certas verdades da Bíblia porque não compreendemos seus significados - e por muitos anos temos perdido o poder destas passagens. Por exemplo, a escritura nos diz:
“...sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor” (Gálatas 5:13).
E:
“(Sujeitando-vos) uns aos outros no temor de Cristo” (Efésios 5:21).
Quantos de nós realmente sabem o que significa servir uns aos outros em amor? E como devemos nos sujeitar uns aos outros no temor de Cristo? É fácil compreender como uma esposa deve submeter-se à autoridade espiritual de um esposo santificado. E o mesmo é verdade para os filhos de submeterem-se aos pais santificados. Mas de que formas práticas servimos e nos submetemos uns aos outros na casa de Deus?
Creio que se entendermos o que Jesus fez quando lavou os pés de Seus discípulos, entenderemos os conceitos de serviço e submissão. Veja que servir uns aos outros com amor, e submeter-se uns aos outros no temor santo, significa muito mais que receber ordens ou subordinar-se à uma autoridade superior. Antes, estas verdades gloriosas são reveladas unicamente dentro do contexto de “pegar a toalha”.
Recentemente, enquanto orava, o Espírito Santo me deu três palavras para abrir meu entendimento sobre o que significa “pegar a toalha”. As três palavras são sujeira, consolação e unidade. Espero que ao examinar estas palavras, o Espírito Santo nos revele Sua verdade:

1. Comecemos Com o Tema
da Sujeira que Gruda em
um Irmão ou Irmã em Cristo!

Os doze discípulos eram homens amados de Deus, preciosos aos Seus olhos, cheios de amor por Seu Filho, de coração puro, em completa comunhão com Jesus. Mas tinham os pés sujos!
Jesus, em essência, estava dizendo a estes homens: “Seus corações e mãos estão limpos, mas seus pés não estão. Eles ficaram sujos em seu caminhar diário comigo. Não é necessário lavar o corpo inteiro, somente os pés.”
A sujeira mencionada aqui por Jesus não tem nada a ver com a sujeira natural. Diz respeito ao pecado - nossas falhas e fracassos, nosso cair em tentação. E não importa quão empoeirados e sujos eram os caminhos na antiga Jerusalém, nenhuma época foi tão imunda como a nossa!
Me pergunto quantas serão as pessoas, que agora mesmo lendo esta mensagem, têm alguma sujeira grudada nelas. Quem sabe na semana passada caiu em tentação ou desagradou a Deus de alguma forma. Não é que tenha dado as costas ao Senhor. Ao contrário, ama o Salvador com mais paixão do que antes. Mas caiu, e agora está aflito, porque seus pés estão sujos!
A escritura nos diz:
“Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrige-o com espírito de brandura; e guarda-te para que não sejas também tentado” (Gálatas 6:1).
A palavra grega para “falta” significa aqui: “deslize, pecado, transgressão.” Temos que que corrigir, restaurar, todo cristão que cai em pecado, se houver um coração arrependido.
E a lavagem dos pés, em seu mais profundo significado espiritual, tem a ver com nossa atitude acerca da sujeira que vemos em nosso irmão ou irmã. Então eu lhe pergunto: “O que é que você faz quando está cara a cara com alguém que pecou ou transgrediu?”
O que você faz com a sujeira que está no seu irmão ou irmã, tem a ver com o ministério que Jesus descreve como “pegar a toalha.” Está totalmente relacionado com o servir aos outros com amor e com o submeter-se aos outros em temor de Deus.
Deixe-me dizer claramente: os cristãos podem ser muito cruéis! De fato, os crentes freqüentemente são mais perversos e destrutivos que os depravados da rua. E Jesus sabia disso. Ele sabia como reagiríamos ao ver sinais de sujeira em alguém - como nos colocamos em atitude de mais santidade que os outros, julgando, criticando e difamando. De fato, os cristãos carnais se deleitam ao depararem-se com a sujeira dos outros. Mas o divulgar a sujeira é o pecado mais sujo de todos!
Recentemente, tenho tentado encorajar um jovem pastor que demitiu-se de sua igreja depois de confessar uma transgressão moral. Este querido homem, ama o Senhor. É dedicado às pessoas e apaixonado pela palavra de Deus. Mas seus pés se sujaram! Contudo, está totalmente arrependido.
Tão logo ouvi acerca de sua queda e demissão, o Espírito Santo me instruiu a entrar imediatamente em contato com ele. Eu sabia que este jovem pastor continuava sendo um homem bom. Ele não virou ímpio de repente. Seu coração não se encontrava endurecido pelo pecado.
Contudo seus melhores amigos o desampararam. Aqueles que declaravam amá-lo mais, agora o ignoravam, como se tivesse uma doença infecciosa. Para completar, os líderes de sua denominação lhe pediram que fizesse um vídeo da confissão - dando cada vívido detalhe de sua transgressão.
Liguei para este querido irmão - e peguei uma toalha comigo. Deixei uma mensagem em sua secretária eletrônica, dizendo: “Irmão, quero que saibas que te amo. Deus não terminou Sua obra em ti. Se tens um coração arrependido, o Senhor te restaurará. E vou estar contigo!”
Amado, tomar uma toalha é uma atitude, um compromisso. Significa fazer tudo o que está ao nosso alcance para limpar a sujeira dos pés de nosso irmão. Significa dizer: “Me comprometo a te ajudar a limpar a sujeira - para restaurar tua reputação, tua família - fazer de tudo para manter-te vivo em Cristo!”
Um amigo deste pastor me ligou mais tarde e disse: “David, não sabes o que tua ligação significou para o meu amigo - o quanto ele foi abençoado, encorajado e consolado. Ninguém havia se aproximado dele. Tuas palavras lhe deram nova esperança.”
A escritura claramente afirma que toda vez que um irmão ou uma irmã for surpreendido em pecado, devemos restaurá-lo - tratando-o com amor, submetendo-se a ele no temor de Deus. Não obstante, resta a pergunta: como faremos isto? Temos que pegar a toalha da misericórdia de Deus e ir até aquele que está caído. No amor especial de Jesus, temos que renunciar à todas as nossas inclinações humanas de ignorá-lo, julgá-lo, expô-lo, admoestá-lo e de encontrar falhas nele - e, em vez disto, devemos nos comprometer a ser seu amigo. Temos de ajudá-lo a lavar seus pecados, compartilhando a corretiva, curativa, purificadora e consoladora palavra de Deus.
Isto não significa deixar passar ou fazer vista grossa ao pecado. Nem chamar o mal de bem. Estamos falando de santos caídos com corações arrependidos, mas que estão sem esperança. Sabem que ofenderam o Senhor - e vivem em temor, culpa e em rejeição.
É uma questão inteiramente diferente daqueles que foram advertidos duas ou três vezes e que ainda persistem em pecado. A Bíblia diz que devemos repreender severa e publicamente tais crentes, de modo que outros temam a Deus. Muitas vezes devem ser, temporariamente afastados, até demonstrarem arrependimento santo. Mas aqueles que reconhecem seu pecado - que o confessam e abandonam - precisam de alguém que lhes traga a toalha da misericórdia, para purificá-lo e curá-lo.
Poucos anos atrás, um pastor ajudante de uma imensa igreja me telefonou aos prantos. Me disse: “Irmão David, não consigo manter minha cabeça erguida, estou destruído.” Descreveu-me a dor que experimentara quando sua filha adolescente engravidou fora do matrimônio. O pastor principal da igreja exigiu que este pastor ajudante fosse diante da congregação contar o que sua filha havia feito.
Este querido homem fez exatamente isto - e isto arruinou a vida da filha. Partiu o coração da família. Mas a congregação se deleitou com todos os detalhes do pecado da pobre adolescente.
Então, um ano depois, a filha adolescente do pastor principal engravidou. Mas desta vez, ele fez tudo quanto estava ao seu alcance para encobrir o fato.
Deus, tenha misericórdia de nós - pois destruímos pessoas que estão com os pés sujos! Quando aprenderemos a pegar a toalha da misericórdia, aprenderemos a nos comprometer a limpar e restaurar, em vez de atirar sujeira ao vento e destruir almas preciosas?

2. Estes Que Pegam a Toalha São
os Verdadeiros Consoladores Que
o Espírito Santo Usa!

Você sabe o que é estar descalço e ter de andar no barro? A sujeira que gruda em seus pés pode realmente ser terrível. Você sente-se muito melhor quando os pés estão lavados e limpos.
Quando Jesus lavou a sujeira dos pés de Seus discípulos, eles foram consolados. Mas espiritualmente falando, Jesus estava ensinando o consolo de se ter as transgressões removidas!
Em I Coríntios 5 lemos sobre um homem da igreja que cometera o terrível pecado de incesto. Evidentemente o homem não havia se arrependido, e Paulo orientou a igreja a entregá-lo a Satanás para a morte da carne (isto é, para a salvação de seu espírito). Paulo não estava dizendo que o homem estava perdido e que iria para o inferno. Não - ele somente queria afastá-lo da comunidade e entregá-lo aos ataques de Satanás, para que chegasse ao seu limite, e fosse levado ao arrependimento.
Posteriormente, em 2 Coríntios 2, Paulo descobriu que o mesmo homem havia se arrependido, e que a igreja o havia perdoado. Satanás o havia levado ao desespero, e a concupiscência de sua carne havia sido destruída. O homem se arrependera. E aí Paulo escreve aos coríntios:
“De modo que deveis, pelo contrário, perdoar-lhe e confortá-lo, para que não seja o mesmo consumido por excessiva tristeza. Pelo que vos rogo que confirmeis para com ele o vosso amor” (2 Coríntios 2:7-8).
Paulo sabia que este homem estava totalmente esmagado pelo sofrimento e pela dor. Os membros da igreja viram seu quebrantamento e humildade, e foram tomados por um espírito de misericórdia. Encorajaram-no, foram compassivos com ele, e lavaram seus pés. Agora ele estava limpo - e estava sendo reintegrado ao corpo de Jesus Cristo. Que cena maravilhosa!
Existem muitos cristãos hoje em dia que estão na mesma condição deste homem, depois de terem sido surpreendidos por um pecado. Dizem a si mesmo: “Desacreditei meu Salvador. Envergonhei o Seu nome!” No entanto, o que eles experimentam não é nada comparado ao que 2 Coríntios descreve.
Quero mostrar-lhe uma passagem de um livro que recebi recentemente. Foi escrito pela filha de um pastor surpreendido em pecado há vários anos atrás. E por todos estes anos a família tem suportado um inferno de pesadelos. Ela diz:
“...(A imprensa) invadiu nossos lares. Recebemos telefonemas de famosos jornais sensacionalistas, oferecendo-nos vultuosas quantias pela história. Finalmente conseguimos tirar papai de casa e o levamos até um restaurante, e até ali constatamos que éramos tema das conversas. Foi horrível.”
“Mas o Reverendo__________nunca sentiu-se envergonhado em se identificar conosco. Papai literalmente sentava-se perto do telefone esperando sua ligação; estava mergulhado na culpa e na vergonha...entrou em depressão profunda. Pessoas para quem tanto se deu, eram as que duramente se voltaram contra ele.”
“Novos rumores eram espalhados diariamente. Ministros se correspondiam, espalhando notícias. Somente uns poucos se revelaram leais, mostrando amor e restauração cristãos, ligando para a gente e se lembrando de nós nas orações.”
Conheço este homem que a filha está descrevendo. É um homem de Deus dedicado, um bom pai e pastor cuidadoso. Seu coração ainda está ardentemente enamorado de Jesus. De fato, ele foi restaurado e está pastoreando uma igreja em crescimento.
Mesmo assim, você pode imaginar como ele se sentiu por todos estes anos? Todos a quem ministrou se voltaram contra ele - incluindo aqueles que ele ganhou para Cristo! Ele estava arrasado, dominado pela dor. A tal ponto de sua filha propor ao marido que tirasse da casa do pai a arma que ali havia, temendo que na crise depressiva ele fosse tomado por pensamentos suicidas.
Este homem desesperado e só, ficava aguardando ao lado do telefone por uma chamada de seu fiel e amigo pastor. O compassivo amigo foi a única pessoa disposta a trazer uma toalha para o amigo - um pequeno consolo, uma palavra de alento, um breve momento de descontração.
Pode você condenar um pastor arruinado e abatido, por querer, simplesmente, um pouco de alívio depois de tantos anos de dor infligida pelo povo de Deus e por outros ministros?

O Mundo Fora da Igreja se Tornou
Endemoniado Com o Espírito de Ódio -
Assassinato de Caráteres, Difamação,
Destruição de Reputações e de Famílias

Tão logo um político declara concorrer a um cargo, logo a imprensa o transforma em alimento para abutres, pesquisando arduamente sua vida passada, de forma a encontrar alguma sujeira. E quando encontram algo, estampam isso nas manchetes, para que o país todo chafurde nelas.
Nosso país enlouqueceu com tanta difamação! A TV está cheia de programas exibindo mexericos, a intimidade das pessoas e zombarias. O perverso usa as emoções para destruir pessoas, famílias e boas reputações. E quanto mais sombria a sujeira, mais as pessoas gostam.
Mas este tipo de coisa não cabe na casa de Deus. A igreja deve ser diferente. Deve ser uma casa de purificação!
Os gentios em Éfeso honravam o povo de Deus chamando-o “Chrestians”, que significa “bom coração”. Eles tinham visto quanto estes crentes tinham de bom coração pelos outros.
“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou” (Efésios 4:32).
Se deseja ser de bom coração, tome a toalha para restaurar um irmão ou uma irmã - não é necessário saber os detalhes de como esta pessoa se sujou. Jesus não perguntou aos discípulos “Como foi que vocês ficaram com os pés tão sujos?” Ele quis simplesmente limpá-los - retirar a sujeira deles. Seu amor por eles era incondicional.
Do mesmo modo, aqueles que caminham na plenitude de Jesus Cristo devem também ter esta atitude de amor com os que têm os pés sujos. Não devemos perguntar detalhes. Antes, devemos dizer: “Vamos dar um jeito nesta sujeira!”
Mas, freqüentemente, não é o que acontece. Muitos cristãos querem se aprofundar em todos os detalhes sangrentos. Aproximam-se de um crente que tem os pés sujos, dizendo “Eu quero lavar seus pés. Mas, diga-me - o que aconteceu? como ficou assim tão sujo?”
Então, em algum ponto da história de fracasso, o curioso consolador compreende: “Oh! isto é pior do que eu pensava. Não vou me envolver nisso. Não dá para eu controlar.” E depois de dois minutos de detalhes, ele atinge o fim de sua débil compaixão humana. Ele julga a pessoa tão pecadora, sem salvação - e prefere ignorá-la. Deixa cair a toalha e segue seu caminho.
Amado, você não pode lavar os pés com vestes de juiz! É preciso despir sua roupa farisaica - sua atitude de ser mais santo que os outros - antes de fazer qualquer limpeza. Como Jesus, você tem que abandonar seus trajes exteriores e cingir-se em amor. Tire toda hipocrisia - todo orgulho, toda impressão de que jamais chegaria assim tão baixo! Você deve ter uma atitude que diga: “Não interessa o que fizestes. Se estás arrependido e queres ouvir a palavra de Deus, serei bondoso e compassivo contigo!”
Não obstante, você pergunta, o que fazer se a pessoa suja diante de você é um Judas - alguém que o traiu? Minha resposta para você é: Judas estava na sala com os outros discípulos, e Jesus também lavou seus pés. Cristo se abaixou para limpar a sujeira de Judas, apesar de Satanás já ter posto a traição em seu coração.
Na verdade, os Judas modernos de nossos dias podem ser salvos por causa da cruz. Muitas vezes pensamos em certos pecadores, tal como os homossexuais ou lésbicas, como estando irremediavelmente perdidos. Achamos que nunca poderão ser libertos. Contudo, Paulo diz sobre eles:
“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus.”
“Tal fostes alguns de vós, mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus” (I Coríntios 6: 9-11).
Assim éramos alguns de nós - mas nossos pés foram lavados por Jesus! Eu lhes pergunto: se Jesus está desejoso de justificar todos os pecadores, por que não estaremos dispostos a lavar os pés destes pecadores? Paulo diz que devemos ser amáveis e pacientes com todas as pessoas:
“Ora, é necessário que o servo do Senhor não viva a contender e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente; disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez, livrando-se eles dos laços do diabo, tendo sido feito cativos por ele, para cumprirem a sua vontade” (2 Timóteo 2: 24-26).
Paulo está dizendo: “Tu tens que ter um coração amável para com todos, estar disposto a lavar seus pés. Deus ainda pode ter misericórdia deles - e os libertar do pecado!”
Nossa igreja já despendeu cerca de trinta semanas orando por avivamento da cidade de Nova York. Contudo, não importa a quantidade de oração da igreja. Deus não plantará novos crentes, se neste lugar tiverem de lutar no meio de um monte de cristãos críticos e egocêntricos.
Veja, cada novo crente vai sujar os pés antes de se firmar na fé. E ele necessitará de pessoas dispostas a dirigir-se até ele, rapidamente, para lavar seus pés e restaurá-lo. O reavivamento verdadeiro reflete este espírito de bondade - um espírito que esteja disposto a tomar a toalha para limpar e restaurar crentes sujos!

3. Finalmente, Chegamos à Palavra Unidade!

Creio que quando Jesus lavou os pés dos discípulos, Ele estava ensinando uma profunda lição sobre como obter unidade de participação no corpo de Cristo.
Quando Jesus aproximou-se de Pedro para lavar seus pés, o discípulo recuou.
“...e Pedro lhe disse: Senhor, tu me lavas os pés a mim?” (João 13:6).
Pedro perguntou espantado: “ O Senhor não vai lavar os meus pés, vai? Nunca, nunca!”
Jesus contestou:
“...Se eu não te lavar, não tens parte comigo” (verso 8).
Jesus estava basicamente dizendo: “Pedro, se lavo os teus pés, teremos uma base preciosa para o companheirismo, uma base para a verdadeira unidade.” Igualmente, nenhum pastor pode trazer unidade à uma igreja simplesmente implementando programas, ou através de sua pregação inflamada. Não - a unidade vem de pegar a toalha!
Depois que Jesus lavou os pés dos discípulos, lhes perguntou: “Compreendem vocês o que lhes fiz?” Se tivessem entendido a importância espiritual do que Ele acabara de fazer - de tirar a mancha e a culpabilidade de seu pecado - isto produziria neles gratidão.
Eu lhe pergunto: o que Jesus fez por você quando o limpou? Ele lavou todas as suas faltas e toda a sua culpa - Ele limpou os últimos remanescentes do pecado - e lhe deixou completamente limpo. Ele colocou em sua alma gratidão, ações de graças e alegria. Ele o encheu de tanto amor para com Ele, que você O seguiria a qualquer lugar, e faria tudo por Ele. Tudo que você queria, era ter comunhão com Ele, por causa do que fez por você.
Amado, este é o segredo da unidade! Quando você pega a toalha da misericórdia, para um irmão ferido que caiu, você o encoraja ao abraçá-lo em sua dor - submetendo-se em temor santo, lavando seus sentimentos de falta de valor, angústia e desespero, dando-lhe amor e cuidado.
Não obstante, o que você fez por aquela pessoa lavando seus pés? Você construiu um alicerce firme para a verdadeira unidade e para gloriosa comunhão. Vocês são um, devido à uma experiência em comum - ou seja, a lavagem pela água da palavra!
Falando em gratidão: esse cristão será seu amigo por toda a vida! Ele o defenderá, o amará, fará qualquer coisa por você. Lhe dirá: “Você esteve comigo em meus maus momentos - agora não deixarei que nada lhe cause dano!”
Você pode imaginar uma igreja cheia de pessoas com tanto interesse e cuidados assim? Que se negam a escutar uma só palavra da sujeira dos outros; que sofrem quando o outro sofre; que reanimam cada irmã ou irmão desesperado, carregado de culpa, com uma palavra de amor e de esperança? É por isso que transferimos nosso ministério para Nova York - para levantar um remanescente santo, disposto a criar uma base de unidade forte de consoladores - pessoas que levem a toalha nas mãos!
Você pode perguntar: “Mas como encontrarei pessoas cujos pés necessitem ser lavados?” Minha resposta é: “Da mesma forma como as encontrou quando fofocava sobre elas!”
Agora, quando escutar alguma coisa negativa sobre alguém, pergunte somente: “De quem está falando? Só o nome, por favor!” Então vá rapidamente à esta pessoa ferida, com a sua toalha de misericórdia - e comece a lavar seus pés! Diga ao caído: “Eu me preocupo contigo. E quero orar por ti - mas não preciso saber detalhe algum. Quero simplesmente que saibas que ainda te amo - e vou estar do teu lado!”
Esta mensagem é para mim, como é para qualquer outra pessoa. Só recentemente cheguei ao conhecimento do que realmente significa a lavagem dos pés. E, pela graça de Deus, pegarei a toalha da misericórdia juntamente com os outros e buscarei aqueles que estão feridos, cujos pés precisem ser limpos.
Jesus disse:
“Ora, se eu sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros... Ora, se sabeis estas cousas, bem-aventurados sois, se a praticardes” (João 13: 14,17).
Agora que “sabemos estas coisas”, como Jesus disse, podemos praticá-las. Eu lhes pergunto: você está disposto a praticá-las? está preparado para pegar a toalha em amor?
Aleluia!

Por Pr.Dr.Wagner Teruel
Phd.D.b.Dee.Thb.Lic

PEGANDO A TOALHA



Pegando a Toalha!

“...Disse-lhe Pedro: Nunca me lavarás os pés. Respondeu-lhe Jesus: Se eu te não lavar, não tens parte comigo...” (Jô.13:8ARC)

Um tema importante e polemico ao mesmo tempo, é necessário entendermos porem alguns pontos para que possamos decidir o que fazermos.

Primeiro ponto é uma questão regional: a questão do lava-pés era uma questão regional, ou seja, devido ao clima, amabilidade, hospitalidade, entre outras coisas, é necessário entendermos se o assunto do lava-pés não é um assunto de salvação e sim de rituais, isto quer dizer que até podemos participar de santa ceia, com lava-pés, se tomarmos por base de que o lava–pés é para que o homem seja salvo a partir daí temos um problema, pois a Bíblia não nos ensina que o homem tem que lavar os pés para sermos salvos. Pois neste ponto, é onde ocorre os maiores problemas, pois ninguém se salva por lavar os pés, mais o homem se condena se levar este tema como tema de salvação. Falando um pouco mais da regionalização, devemos ter em conta que as viagens eram realizadas a pé e não de carro com ar condicionado como hoje, não existia sapatos fechados como hoje e sim alpargatas mesmo por causa do calor, os pés ficavam imundos e daí a necessidade da cultura,o que para nos é como o cafezinho quando a visita chega em casa, assim era o uso do lava pés
   
Segundo ponto eram escravos os ministros do lava-pés: devemos saber que os que ministravam o lava-pés eram os escravos, e não os senhores donos da casa. E isto nos da uma conotação, de que precisamos entender que o evangelho é para libertação e não para a escravidão (Jô.8:32). Neste caso, devemos então pensar que os que praticam o lava-pés (os ministros) eram escravos, a conduta de lavadores de pés era conduta de escravos, isto nos diz, que Jesus tornou-se escravo para que eu fosse livre.

Terceiro ponto é uma doutrina católica: o catolicismo é o berço do cristianismo (apesar de muitos não concordarem), foi do catolicismo que se propagou a doutrina da transubstanciação que indica que no momento da oração e santificação o pão se transforma em carne e o vinho em sangue (o que isto não é verdade) pão é pão e vinho é vinho fazemos isto em memória (lembrança) e não como transformação, muitas igrejas adotam esta doutrina católica como tal. Veja este texto católico:
Uso civil
O lava-pés era muito usado no tempo de Jesus e até mesmo antes do seu nascimento. Era um trabalho humilde, feito por escravos, que consistia em lavar os pés dos patrões da casa e daqueles que chegavam de viagem. Não raro, esse trabalho era considerado humilhante a ponto de ser designado como castigo a algumas pessoas que cometiam algum delito legal. 
Jesus, ao realizar este gesto, coloca-se como escravo, o que fez Pedro reagir diante de Jesus não querendo admitir, de modo algum, que o Mestre se rebaixasse como escravo diante dele. Olhando o conceito que as pessoas, do tempo de Jesus, tinham desse gesto do lava-pés,  compreendemos o alcance e o significado do gesto de Jesus. 
Nome antigo
O antigo nome do rito do lava-pés era "mandatum", tirada da palavra inicial da antífona que acompanhava o rito, cantada em latim: "mandatum novum do vobis..." ("Dou-vos um novo mandamento), quase que como decorrência do gesto que Jesus acabara de realizar. 

Notícias históricas
O rito do lava-pés, na liturgia, é conhecido desde a mais remota antiguidade e foi pratica por Papas, bispos e sacerdotes de todas as épocas. Também imperadores e reis praticaram o lava-pés como sinal de serviço aos seus súditos. Os monges, que recebiam peregrinos em seus mosteiros, acolhiam-lhes  com ósculo da paz e lavando-lhes os pés, para demonstrar que estavam a serviço do hóspede. Desde o século IV conhece-se o rito do lava-pés no Ocidente, com exceção de Roma. 
O 17º Concílio de Toledo, na Espanha, no ano de 694, prescreveu que o lava-pés deveria ser realizado em todas as igrejas do mundo inteiro, na quinta-feira santa para imitar o gesto de Jesus. Para aqueles padres que se recusavam realizar o rito haviam severas penas eclesiásticas. Contudo, o rito estava reservado para as catedrais e basílicas e, mais tarde é que foi permitido ser realizado em todas as igrejas. 
Em Roma, o gesto do lava-pés na quinta-feira santa generalizou-se a partir do Século XI. O Missal de Pio V (1563) coloca o lava-pés no final da missa. A rubrica assim orientava: "Post desnudationem altarium, hora competenti facto signo cum tabula, conveniunt clerici ad faciendum mandatum (...)" Foi em 1955, com a reforma da Semana Santa, que o rito do lava-pés passou ser feito depois da homilia, como é feito atualmente. 
Uma curiosidade diz respeito daqueles que teriam seus pés lavados, na Idade Média e até recentemente. Deveriam ser pobres. Em alguns países eram 12 homens que representavam os 12 apóstolos de Jesus Cristo. Em outros países eram 13, como acontecia em Roma, e como perdurou até a Reforma da Semana Santa, em 1955. O número de 13 pessoas tinha duas explicações: antigamente, realizavam-se dois lava-pés; um em comemoração do lava-pés que fez Madalena, quando lavou os pés de Jesus com suas lágrimas e o outro, recordando o gesto de Jesus, ao lavar os pés dos seus apóstolos. Como o primeiro gesto foi suprimido, aquele que representava Jesus passou a tomar parte do lava-pés dos apóstolos, totalizando 13 pessoas. A segunda explicação é atribuída ao Papa Bento XIV que contava que um dia o Papa Gregório Magno, ao lavar os pés de 12 pobres, ao chegar no 12º notou que tinha mais um; era um anjo e, para recordar este fato, desde então conservou-se o número 13 até o século XX.
Celebração em nossos dias
Atualmente, o rito do lava-pés, como é chamado, é muito simples e até mesmo facultativo. Não existe mais a obrigatoriedade, que havia antigamente, de que somente homens representem a comunidade ou os apóstolos. Também mulheres e crianças, hoje, tomam parte desse rito. Outra característica, as vezes descuidada, é que este rito não é uma encenação dentro da missa, mas um gesto litúrgico que repete o mesmo gesto de Jesus. O bispo ou padre que lava os pés de algumas pessoas da comunidade está imitando Jesus no gesto, mas não como teatro; ao contrário, como compromisso de estar a serviço da comunidade, para que todos tenham a salvação, como fez Jesus. Não há necessidade, pois, que as pessoas venham vestidos de apóstolos, mesmo porque, o missal não determina quantas pessoas deverão ter os pés lavados ao dizer: "viri selecti deducuntur..." ("os homens escolhidos são levados..."). 
O rito atual acontece depois da homilia quando o sacerdote, retirando a casula, cinge-se com um avental e lava os pés daqueles representantes da comunidade

Quarto ponto o que Jesus disse a Pedro: é interessante notarmos que existem ai dois pontos de pensamento um que trata de comunhão o outro aquele que trata de salvação

1 – a comunhão: está expressada no fato de que Jesus disse a Pedro se eu não lavar os seus pés você não pode ter parte comigo (ARC) na NTLH diz você não pode ser meu discipulo, isto quer dizer que para andarmos juntos devemos, pensar e agir igual, atuarmos como se fossemos um. Quando o homem age por sua conta própria, não pode ser discípulo de Cristo, o Evangelho que Cristo anunciava implicava em escravidão para Cristo e libertação para os discípulos, esta era a comunhão que Cristo estava ensinando, esta era a forma que Cristo estava mostrando para os discípulos, não era salvação, não era libertação de mente e sim COMUNHAO. A comunhão que Cristo pretende com o cristianismo era que pudéssemos entrar diante dEle com ousadia, vemos isto no momento da crucificação, que rasga-se o véu para termos livre acesso ao santo dos santos. Isto é comunhão, qualquer outra visão da celebração do lava-pés é apenas incoerente, pois veremos agora dentro do mesmo contexto a salvação.

2 – a salvação: Pedro entendia que o ritual de lavar os pés era uma humilhação para Cristo, e, portanto diz não me lavaras, outro pensamento que teve Pedro, era a questão da salvação, a mesma questão que o povo vive hoje pensando também que a celebração é para a salvação. No momento em que Cristo afirma que se eu não lavar os pés você não terá parte comigo, isto apresenta que seria para a salvação, mais Jesus estava tratando de comunhão, quando Pedro entende isto diz, não me lavaras apenas as mãos mais todo meu corpo (salvação) Jesus afirma que “...Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos...” (Jô.13:8ARC) isto tratava apenas de salvação, quando disse vos estais limpo.

A questão do lava-pés é uma situação que tem que ser vista de pontos teológicos e não apenas de ponto de vista pessoal e isto nos levara a entendermos melhor o assunto.

Na vontade de ter servido aos santos.



Pr.Wagner Teruel
Phd.Db.Dee.Thb.Lic 
         

Efesios 5:26; Tito 3:5