sábado, 8 de dezembro de 2012

Discurso para os formandos 2012

Discurso para os formandos 2012 Ilustríssimo Srs. Docentes do ITS – INSTITUTO TEOLÓGICO SHAMMAH, Senhor Pastor e Professor Ariovaldo, Senhor Pastor e Professor Diogo Marcelo, Senhor Professor Erick Muniz, aos Companheiros de trabalho de ministério, aos Dicentes e a todos presentes em geral. boa noite; na Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo. “Este é um dia que ficará marcado em nossas lembranças pelo resto de nossas vidas. Sentimentos de diversos matizes afloram agora em nosso ser. Eis que alegria e tristeza, sonhos e projetos, expectativas e incertezas, risos e lágrimas nunca estiveram tão ativos em um único momento. É preciso agora ter coragem e aceitar que se findou uma etapa da suas vidas e que já iniciaram outra. Conseguiram! Galgaram aquilo que um dia partiram em busca. São vencedores! São vencedores? O que é vencer na vida? Para vocês formandos, o momento de agora assume as mais diversas definições. O MOMENTO DE AGORA é diferente para cada um de voces... Para um significa ter chegado onde queria... para outro é apenas um pequeno passo na caminhada. É a consagração de uma carreira estudantil ainda que com tenra idade e juventude como no caso do Leozinho... mas é também poder estar diante dos netos provando que nunca é tarde para conhecer. Entre nós teve aquele que foi um estudante profissional... e teve o profissional que acreditou que ainda podia ser estudante. É o momento da conquista do primeiro canudo... ou mesmo do terceiro. É ter se preenchido com o conhecimento das coisas de Deus... é ter entendido que Deus nos limita no conhecimento. Padre Maurílio Penido, grande teólogo brasileiro do século passado, no seu livro “O Mistério da Igreja” já disse: “Sem fé sobrenatural não há Teologia cristã”. De fato, pois que já tínhamos fé, por isso militamos expor aquilo que acreditamos traduzido em expressões de certa intelecção. Decerto, por ofício de pesquisador, chegamos a tocar aquilo que é mistério, questionamos, ponderamos e por fim aceitamos. Pela fé. Não pela ciência teológica. Mas pela ciência teológica provamos a realidade da fé. E a necessidade da fé. É bom se ter alguma explicação possível das coisas de fé, e a teologia vai à busca disso. Mas, a fé já basta e mesmo dispensa qualquer mera pedagogia humana. Prova disso é que para que se tenha uma frutífera participação no maior dos Mistérios - a nossa celebração aos domingos em nossas Igrejas, independe se seja um grande sábio doutor, ou uma humilde senhora iletrada. Entre tantas e tantas ciências nas quais o homem pode formar-se, preferimos aquela ciência que tem o sublime objetivo de potencializar e contribuir para a saúde, o bem estar e o desenvolvimento, não essencialmente da vida humana, mas de algo superior: da alma do ser humano. Sim, embora o mundo erradamente enalteça a vida humana como maior bem que se pode ter, nós devemos sustentar que maior que a vida na terra é a vida eterna no céu. Imitando Domingos Sávio, buscamos força para repetir: “Antes morrer do que pecar”. Nossa vivência sob os valores cristãos também faz com que percebamos à nossa volta um incomensurável número de irmãos e irmãs que vivem à margem da dignidade humana. [...] Mas, se nós aprendemos mesmo o que de mais sublime nos ensina a Teologia, então retorno com a pergunta: Podemos hoje dizer que VENCEMOS NA VIDA? Quem dentre os que estão aqui – concludentes, professores e demais pessoas – poderá ousar afirmar convicto: 'EU VENCI NA VIDA'? Ora, um sensato técnico de futebol jamais ousaria dizer que seu time venceu uma disputadíssima partida, sem antes ouvir o estridar do apito final do juiz. Como ousaríamos, então, dizer que vencemos nesta atribulada vida se ainda militamos nesta terra? Parece-nos que o que falta estar bem claro é, de fato, saber que troféu é esse reservado aos homens VENCEDORES. Pois vencedor, não é aquele que galgou qualquer título, honra, ou qualquer êxito temporal como o que logrão hoje, mas aquele que superar o seu pecado e for justamente coroado após a morte com o indescritível prêmio da visão beatífica de Deus: o viver no céu! Colegas, ainda não vencemos. Mas convém buscarmos caminhar com esperança inigualável rumo à vitória. Certos de estarmos certos. O ITS – INSTITUTO TEOLÓGICO SHAMMAH, nasceu com este intuito de gerar líderes, estudantes, teólogos, que transforme o membro comum, o homem mais poderoso da terra, ou o mais simples de todos os desfavorecidos, em vencedores, como faremos isto? Ensinando o caminho ao céu, teologia se resume então nisto: “CAPACITARMO-NOS COM ARMAS LETAIS DO CONHECIMENTO E ASSIM SAQUEARMOS O INFERNO RESGATANDO ALMAS PARA O REINO DO SANTÍSSIMO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO, NOSSO ÚNICO SOBERANO E VERDADEIRO DEUS”. Diante deste quadro temos em nossas vidas alguns desafios a vencer, tornarmo-nos vencedor e recebermos nossa coroação nos céus, e também no dia de hoje, acredito que um dos maiores desafios que temos é o de ser grato. Gratidão, uma palavra ingrata, ela exige de nós reverencia, humildade e acima de tudo paz na alma. Quantos dos nossos companheiros não continuaram seus esforços acadêmicos, alguns por saúde, outros por trabalho etc... Mais os que alcançam hoje esta titularidade devem sobre tudo aprenderem a ser gratos, pois a ingratidão é uma das piores paixões humanas. Jesus Cristo experimentou isto quando, ao curar os dez leprosos, apenas um voltou para agradecer a ele a cura efetuada. A nossa tendência pecaminosa é a de não sermos gratos. Mas, meus irmãos saiam daqui hoje com os corações radiantes de gratidão. Foram muitos os momentos preciosos pelos quais passamos. Hoje as nossas famílias estão aqui para vivenciar conosco esta solenidade. Muitos membros de nossas igrejas estão aqui para nos abraçar. Alguns deles nem imaginam a dificuldades pelas quais vocês passaram. Poucos vão poder compreender a razão de sofrerem ao longo destes anos. Porém, ao olhar nos olhos de cada um, podemos ler em suas próprias retinas, aclaradas pelo licor de suas lágrimas, a difícil trajetória até este dia. Mas as dificuldades não foram tudo. Elas trouxeram consigo as imensas e, talvez, mais significativas alegrias de toda nossa vida. É que a maneira como Deus nos molda é singular. O sofrimento, para muitas pessoas, é penalidade por pecados ou merecimento por conseqüência de ser. Entretanto, para nós, crentes no Senhor Jesus Cristo, o sofrimento é, antes de tudo, uma tipologia rica e instrutiva do significado do aperfeiçoamento que Deus deseja de cada um de nós. Passar por privações, como muitos de vocês passaram, é poder experimentar o treinamento para a obra que é, antes de mais nada, o início das privações. É a maneira pela qual Deus nos diz, constantemente, que somos apenas servos. Não somos donos de nossas vidas, mas administradores, ou para usar um termo bíblico-teológico, despenseiros dos mistérios de Deus. Somos mordomos de nossa vida, o que significa que tudo o que passamos é para a glória de Deus e não nossa. Portanto, devemos ser gratos, porque Deus nos forjou nestes anos. Devemos ser gratos, porque ele usou os seus servos, nossos professores e os funcionários do ITS – INSTITUTO TEOLÓGICO SHAMMAH, os pastores, presbíteros, diáconos com quem vocês trabalham nas diversas igrejas; Deus usou os membros de suas igrejas para os moldar; Deus usou também os vossos familiares, alguns bem distantes geograficamente, outros mais próximos, mas muitos sempre presentes. Deus usou vossos tutores eclesiásticos. Alguns foram mais do que tutores, foram pais, pastores e amigos. Eles não precisavam ser amigos, bastava ser tutores. Mas o verdadeiro tutor é um mestre que ensina o seu discípulo. Muitos de vocês aprenderam com eles. Por fim, meus irmãos, Deus usou cada um de nós para sermos bênção para os nossos pares. As discussões em sala de aula, com os debates acirrados, as brincadeiras, as imitações, os sorrisos, as lágrimas, os abraços apertados, os pedidos de perdão, os cafés, o futebol, o companheirismo. Tudo isso e muito mais foram marcas que serão indelevelmente gravadas em nossas memórias. Nossas memórias hoje registram este instante único e inesquecível. O presente que se constitui pelo passado e pela projeção do futuro. Um futuro que nos separa. Um futuro que leva cada um de nós para o seu espaço próprio e, quem sabe, solitário. Ao sairmos, talvez demoraremos muito para nos vermos outra vez. Talvez nem nos veremos mais. Porém, meus irmãos, algo extraordinário nos une, nos aproxima e garante que estaremos juntos, apesar de distantes: somos servos de um único Senhor, chamados para o mesmo propósito, e um dia nos encontraremos com ele e o veremos face a face e daremos conta de nossas obras. Este é o maior de todos os desafios. Com estes dois conselhos, ai sim, podemos nos despedir e sairmos daqui com a certeza alcançamos nossos objetivos, mais ainda não vencemos, o que aprendemos, ninguém há de tirar de nós, o que conquistamos, é específico, exclusivo e inclusivo. E assim seremos cada dia vencedores... não da batalha final, pois como sempre digo, o homem morre quando deixa de aprender algo, e para os alunos e professores aqui, aprender deve ser nosso alimento diário. O homem morre quando deixa de aprender. Meu convite, não morram. Até que o Supremo Comandante da Vida venha nos buscar aprendam, aprendam e aprendam... Eu poderia encerrar dizendo: “nos vemos no FaceBook”. Mas isso seria muito superficial. Poderia dizer o tradicional adeus. Porém direi apenas até breve! Pois, se por acaso, não nos vermos mais, em meu coração vocês sempre estarão. E há uma esperança de nos vermos outra vez. Acredite, o nosso último encontro vai ser diferente, pois vai ser pra sempre! Deus os abençoe. Muito obrigado! Atte. Pr.Dr. Wagner Teruel www.itsteologia.net

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